Catherine Booth
1829 - 1890
by Toni Gonzales
Todo mês de dezembro, nos EUA e em outras partes do mundo, nós vemos as pessoas do Exército da Salvação trabalhando com os seus sinos na frente das grandes lojas para arrecadar dinheiro para as sopas e cobertores para os pobres da cidade. Esta obra começou a 100 anos atráz pelas mãos de dois servos de Deus; William e Catherine Booth. Quando eles fundaram o Exército da Salvação ao perceber que as igrejas locais não davam a atenção necessária aos pobres e desabrigados. E eles foram bem longe, levando assistência a várias nações da terra. Catherine um dia falou a igreja: “ Nós fomos feitos para grandes coisas. Portanto vamos cumprir nosso glorioso destino”. Catherine nasceu na Inglaterra em um lar metódico e conservador. Sua família a educou dentro de casa e ela foi ensinada aler a bíblia sozinha e assim fêz várias vezes em sua mocidade. Ainda moça foi ver um jovem pregador. Sua mensagem era muito dura para a congregação ignorar e seu jeito era muito carismático para Catherine esquecer. Seu nome era William Booth. Eles casaram e foram para Londres, onde juntou com voluntários começaram a dar assistência aos pobres da cidade. Catherine logo percebeu a grandeza da obra em que estavam envolvidos. Eles saim pelas ruas convidando a todos para seus cultos nas tendas armadas na rua e muitas vezes, William chegava em casa todo molhado de bebida e ovos podres que eram jogados nele durante as cruzadas. Quase todos os seus oito filhos trabalhavam com eles na missão e em pouco tempo eles já estavam indo aos EUA para estabelecer o mesmo trabalho no novo mundo. Hoje o Exército da Salvação atende pessoas em 94 países, verdadeiramente um final grande para uma mulher doente, com educação caseira e oito filhos para cuidar.
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“A Mãe do
Exército da Salvação”
Catherine
Booth nascida neste dia, 17 de janeiro de 1829, foi a esposa do fundador do
Exército da Salvação, William Booth. Por causa de sua
influência na formação do Exército de Salvação ela era conhecida como a “Mãe do
Exército.”
Nasceu como Catherine Mumford em Ashbourne, no
condado do Derbyshire, Inglaterra, na família formada por John Mumford e Sarah
Milward, que tiveram outros quatro filhos. O seu pai era um modesto construtor
de carroças e a sua mãe uma cristã muito devota. A sua família mudou-se, sendo
ela ainda muito pequena, para Boston, Lincolnshire, e mais tarde para Brixton,
Londres.
Desde tenra idade, Catherine mostrou-se como uma
menina séria, religiosa e sensível. Teve uma rigorosa educação cristã,
aos 5 anos já lia em voz alta a Bíblia para a sua mãe e antes de cumprir os 12
anos já a tinha lido completamente oito vezes. Aos 14
anos, uma enfermidade na coluna obrigou-a a deixar a escola e a passar muitos
meses prostrada. Era uma criança de saúde frágil, que tendo deixada escola
formal aos 14 anos como já foi dito, ainda assim foi uma brilhante aluna, a
quem a sua enfermidade não impediu de estudar teologia, história, geografia, e
filosofia.
Mais tarde as suas inquietações religiosas
levaram-na a experimentar um renascer espiritual, e filiou-se numa Igreja
Metodista. As suas inquietações sociais
fizeram-na comprometer-se também com a “Band of Hope”, uma sociedade de
temperança para meninos e adolescentes da classe operária fundada em 1847, em
os membros faziam votos de abstinência total (alcoólica) e faziam também
propaganda contra as bebidas alcoólicas. Por esse
tempo Catherine também foi ativista do “Temperance Movement”, escrevendo cartas
sobre este problema a numerosos jornais e autoridades.
Ela conheceu William Booth quando este veio pregar
à sua Igreja (Ela estava aprendendo a ser pregador do Novo Círculo Metodista)
em 1852, fizeram-se muito amigos e simpatizaram imediatamente um com o outro.
Depois de três anos de amizade, nos quais Catherine
apoiou o trabalho de pregador itinerante de William com um nutrido epistolário,
(6 volumes publicados em 1988: Writings of Catherine Booth) contraíram
matrimónio em 16 de junho de 1855, na Igreja Congregacional de Stockwell Green,
no sul de Londres. Tiveram uma numerosa família, toda ela dedicada, desde a
infância, ao trabalho evangelístico: William Bramwell Booth (1856), Ballington
Booth (1857), Catherine ou Kate Booth (1858), Emma Booth (1860), Herbert Booth
(1862), Enjoe Booth (1864), Evangeline (1865) e Lucy (1868).
Catherine teve ainda tempo para começar a ser mais
ativa no trabalho da Igreja enquanto William era pastor em Brighouse.
Ela sentiu uma chamada
irresistível para convidar as pessoas comuns à Igreja, iniciou para isso um ativo
ministério de visitação casa a casa, especialmente entre as famílias com
problemas de alcoolismo. Também
participou activamente em reuniões para crianças e adolescentes. Contudo, ela
era muito tímida para falar ao público adulto, além disso, naquela época, era
muito incomum que uma mulher tivesse oportunidade de falar em serviços
religiosos.
Entretanto, Catherine estava convencida de que as
mulheres cristãs não só tinham o direito de pregar, mas também tinham essa
obrigação. Quando chegou às suas mãos um periódico com um artigo em que se
argumentava contra o direito das mulheres utilizarem o púlpito, ela decidiu-se
a publicar o “Female Ministry: Or, Woman”s Right to Preach the Gospel”
(Ministério Feminino: ou O direito das mulheres a pregar o Evangelho) em 1859,
um artigo que foi publicado no mesmo periódico como uma separata.
William e Catherine decidiram começar um trabalho
diferente do pastorado de uma igreja ao iniciarem a sua Missão Cristã em 1865. William pregava aos pobres e deserdados e Catherine (em
certo sentido) aos ricos, ganhando a sua ajuda para financiar esta tamanha
iniciativa, foi por isso que ela
começou a levar a cabo as suas próprias campanhas de coletas de recursos e de
voluntariado. Quando este trabalho diferente tomou o nome de “Exército de
Salvação” em 1878, e William Booth começou a ser conhecido como “O General”, Catherine
passou definitivamente para segundo plano, sendo reconhecida como “Mother of
the Army”, e ela certamente estava por detrás de muitas das mudanças da nova
organização.
Como esposa de William Booth, Catarina contribuiu
fortemente com muitas das suas ideias para as crenças e regulamentos do
Exército de Salvação.
Foi a
“designer” da bandeira e do famoso poke bonnet (chapéu de senhora com pala,
sobretudo os usados pelas senhoras no Exército de Salvação).
Mas, mais importante ainda, ela deve receber o
mérito da igualdade que as mulheres desfrutam no Exército da Salvação.
Quando ela tinha 59 anos, Catarina foi informada
que ela estava sofrendo de cancer, que só tinha mais dois anos para viver.
Ela pregou o seu
último sermão em 21 de junho de 1888, e então retirou-se para a sua casa em
Hadley Wood, próximo a Londres, onde, apesar das dores excessivas, ela
continuou a discutir os negócios do Exército da Salvação e a encorajar as suas
muitas visitas.
Catherine Booth morreu aos 61 anos de idade em
Clacton-on-Sea, Essex, em 4 de outubro de 1890. Faleceu nos braços de William e
rodeada pelos seus filhos e família. Ela está enterrada junto ao seu marido no
Cemitério do Abney Park, Londres.
Carlos António da
Rocha
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