Se há uma maneira mais acertada
de medir o valor de um homem, para além de pelos seus actos, com certeza que
é pelo que ele dá aos outros. - Robert South
Nunca existiu um evangelista
cristão mais enérgico do que Billy Sunday, o ex-jogador de basebol de classe
média que começou a pregar no início do século XX e que incitava grandes
multidões aonde quer que fosse. Até hoje são muitas as histórias sobre a sua
maneira animadíssima e nada convencional de conduzir as pessoas ao Senhor.
Há muitos anos atrás Wallace Byrd, vice-presidente de um banco na
Pensilvânia, relatou-me uma delas.
Naquela altura ele
era chefe dos caixas e Billy Sunday foi à sua cidade conduzir uma cruzada
evangelística. Grandes multidões reuniram-se para ouvi-lo pregar, mas Byrd
não foi ao evento. Ele não queria nada com religião, principalmente a
relacionada com evangelistas itinerantes.
Mas, por ironia do destino, Billy Sunday pediu que
abrissem uma conta no banco onde Byrd trabalhava. Este observou, dia após
dia, a conta engordar. E à medida que isso acontecia, a sua antipatia pelo
evangelista também aumentava.
Na segunda-feira,
com a cruzada já encerrada, Billy Sunday foi ao banco cuidar da conta. Entre
os cheques do ofertório da noite anterior havia um de cinco dólares que deu a
Byrd a oportunidade de dar vazão a um pouco do seu ressentimento.
- Sinto muito,
senhor, não podemos descontar este cheque. - informou-lhe o bancário.
- Por que não? -
perguntou Sunday.
- Este cliente tem menos de cinco dólares na sua
conta. Trata-se de uma viúva que é muito pobre.
Sunday olhou para o cheque com uma expressão séria,
e Byrd viu nisso a oportunidade de mais uma alfinetada.
- Na verdade, meu
senhor, nós temos a hipoteca da casa dela no valor de 1.500 dólares, a qual
em breve teremos que executar.
Ah-ah, ele pensou. Isto vai acertar em cheio neste
interesseiro!
Sunday reagiu rasgando o cheque da viúva e
apresentando logo depois um outro cheque.
- E este, pode descontar? - perguntou ao bancário.
Era um cheque da sua
própria conta, no valor de 1.500 dólares.
- É para liquidar a hipoteca da viúva. - declarou
Sunday.
- Porque é que o senhor está a fazer isso?
- Caro amigo, nunca leu no Livro dos livros o que se
deve fazer com órfãos e viúvas? - perguntou-lhe o evangelista.
Billy Sunday foi
embora e Byrd ficou ali, impressionado, remoendo o acontecido. Começou a
rever a sua opinião sobre evangelistas. Pensou também na viúva. Será que ela
fora recompensada com esta doação porque deu, por fé, do pouquíssimo que
tinha?
Aquilo foi um marco na vida de Wallace Byrd e depois
disso ele tornou-se Cristão. Segundo me contou, nunca ouviu Billy Sunday pregar no púlpito. O único sermão que
o evangelista lhe pregou foi assinar um cheque pessoal para ajudar alguém.
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