25 de dezembro é o dia em que Cristo nasceu? É claro que não. Mas é certo que o “Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a sua glória” (Jo 1.1). Jesus nasceu em Belém, para que se cumprisse a profecia bíblica. No século IV, os cristãos resolveram comemorar o nascimento do Messias. Era uma oportunidade de semear a esperança num ambiente pagão. Não briguemos pela data, aproveitemos para proclamar a mensagem do evangelho: Deus se encarnou. “Emanuel, Deus conosco” (Mt 1.23). Ele, o “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). “Ressuscitou” (Lc 24.6). Seu sacrifício na cruz é suficiente para perdoar e salvar todo aquele que crê. Ele voltará para buscar sua Igreja, estabelecerá novos céus e nova terra e reinará pelos séculos dos séculos.
Natal e Papai Noel. Papai Noel existe? A lenda do bom velhinho foi inspirada na vida de Nicolau, um sacerdote cristão do século IV. Relatos afirmam que era muito generoso e que usava uma roupa marrom. A imagem de roupa vermelha, como se vê hoje, remonta a 1863, publicado no Harper’s Weekly Newspaper por obra de Thomas Nast. Em 1930, uma propaganda de refrigerante destacou a figura do Papai Noel. A ênfase no comércio tenta roubar o centro da mensagem do evangelho da mente de muitos. A figura do antigo Nicolau pode ser lembrada para trazer mais contentamento a uma família e necessitados, porém, o centro do Natal cristão é Jesus.
Natal e presentes. Tendo herdado uma fortuna, Nicolau, anonimamente, distribuía presentes para os necessitados. Deixava um saco de dinheiro na porta da pessoa ou jogava pela chaminé, no Natal e em outras ocasiões. Não há, necessariamente, pecado em dar e receber presentes no Natal. Pecado é consumismo e ganância. Pais cristãos devem enfatizar que o maior presente no Natal foi dado por Deus, que nos amou e deu seu Filho em nosso favor e em nosso lugar.
Natal e família. Em tempos de Natal, há, em muitas famílias, uma mobilização para estar juntos, trocar presentes, ter uma refeição especial, contar as bênçãos e matar saudades. Nem todos gostam de celebrar em família. Famílias se reunirem é sempre louvável e devemos encorajar tais acontecimentos. Não devemos focar em comer, beber e presentear. Devemos orar juntos, celebrar, abençoar, perdoar uns aos outros e reconhecer o quanto o Senhor tem sido bom, fiel e generoso.
Com Jesus Cristo, o verdadeiro Natal. Natal sem Cristo não é verdadeiro Natal. Ora, o Senhor Jesus é Eterno, logo não é o aniversário dele. Natal é celebrar o Emanuel, Deus conosco. É dar glória à Verdadeira luz. É glorificar ao Cristo que se deu para nos dar vida eterna. Ele é o reconciliador, libertador, transformador e o nosso verdadeiro Pastor. Natal é renovar nossa consagração a Cristo. É uma oportunidade para cada família se entregar ao Cristo Vivo, receber o perdão de Deus e poder para perdoar. É uma oportunidade para testemunhar o evangelho. A todos os membros e famílias da igreja, um feliz e verdadeiro Natal.
Pr. Jeremias Pereira ∙ Oitava igreja Presbiteriana de Belo Horizonte
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