Father Taylor de Boston – O santo lobo do mar
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Edward Thompson Taylor, foi um pregador metodista que depois passou a
ser um pregador independente, um dos primeiros da América que teve seu
ministério junto com os marinheiros do porto de Boston, Massachussets.
Apesar de ser um vulto esquecido fora de Boston, ele foi um grande pregador,
nunca foi a um seminário, mas seu talento raro na pregação foi amplamente
reconhecido em seu tempo. Ele foi um
pregador de doutrinas tradicionais mas estilo pitoresco, sempre com muito
humor, tal qual um autêntico lobo do mar.
Pregou aos marujos Iankes em uma antiga igreja perto das docas de
Boston no final do século XIX. Ele veio da Virgínia, mas foi um homem do mar
durante grande parte de sua vida e morreu 06 de abril de 1871 " assim
como a maré que volta ao mar, no seu tempo, voltou para o oceano"
Seu nome é relativamente desconhecido, fora
de Boston apesar de Dickens, Mr. Jameson, Dr. Bartol e Bispo Haven e outros
escritores da Nova Inglaterra terem mencionado Father Taylor em suas obras.
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Em sua igreja, tinha um púlpito alto, tal qual a tribuna do capitão
dos barcos antigos e atrás do púlpito, estava pintada a figura de um navio
antigo, singrando os mares através de tempestuosas ondas.
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Seus sermões não tinham a retórica dos grandes pregadores, mas eram
cheios de vida e de poder de Deus. Ele não usava notas e fazia muitas alusões
a navios, sobre o oceano e a vida dos marinheiros.
Argumentos, sempre breves e simples, mas com muita ação em seu bojo,
pois ele sabia que para cativar a mente dos marinheiros a descrição de uma
cena vívida seria indispensável.
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Quem ia a seus cultos sentia a mais profunda impressão das orações desse
velho marujo, que invariavelmente eram seguidas de lágrimas, pois sua
pregação conseguia vasculhar os segredos da alma e as profundezas da consciência humana. Todos os
ouvintes sentiam essa influência maravilhosa e terrível. Um jovem marinheiro,
de Rhode Island, (que assistia o culto a cada domingo, disse: " Isso
deve ser o Espírito Santo, que fala no
Novo Testamento ".
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Ele tinha uma grande vantagem
sobre os outros pregadores...Ele tinha a experiência de conhecer a vida no mar,
como ele mesmo dizia: “ Eu vivia alojado com todos os outros marujos dentro do
navio, mas vocês nunca me viram com um linguajar profano ou uma vida obscena.
Deus fez de mim uma prova que a vida de um
marinheiro não precisa ser movida a run e a víicios! ”
Rev EH Sears disse dele "Sua eloquência era maravilhosa
e seu controle sobre a audiência era quase absoluto. Lágrimas e risos se
misturavam na platéia como chuva e sol em um dia de abril”
Ele tinha uma fertilíssima
imaginação, que cativava os marinheiros , e seus sermões eram cheios de poesias
apesar desta linguagem poética vir ao público como labaredas de fogo.
Um dos segredos para captar a
atenção do povo era sua grande simpatia e a naturalidade com que pregava,
chegando muitas vezes a conversar com as pessoas no meio do culto com a mesma
liberdade com que conversava na rua.
Seu longo sucesso teria sido impossível sem o seu impagável senso de
humor. Marinheiros da época eram praticamente alérgicos a todo tipo de culto
tradicional e seus comportamentos e senso de humor eram quase bárbaros.
Spurgeon disse, "O humor pode e deve ser consagrado. Nós
achamos que é um poder difícil de controlar, mas quando é própriamente usado,
pode dar mais retorno do que podemos imaginar.Senhor Taylor fez muitos homens
rirem e também chorarem”
Ele as vezes brincava com seus ouvintes que não
queriam prestar atenção chamando-os de
“ asnos de Balaão” e provocando grandes risos na platéia.
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