O Pastor e historiador Roberts
Liardon, em seu livro “Os Generais de Deus”, já começa a falar de Smith
Wigglesworth chamando-o de O Apóstolo da Fé. E abre o capítulo referente a
esta importante figura religiosa britânica reportando um acontecimento digno
de ser relatado:
Quando meu amigo
disse: ela está morta, ele estava apavorado. Eu nunca tinha visto um homem
tão assustado em toda a minha vida...o que devo fazer, perguntou ele. Você
pode até achar que o que eu fiz em seguida tenha sido algo absurdo, mas corri
até a cama e a arranquei de lá. Carregando-a nos ombros, levei-a até a parede
e a ergui, firmando o seu corpo contra aquela parede, já que ela estava
realmente morta.
Olhei firmemente para o seu rosto e disse: Em nome de Jesus
eu repreendo este espírito de morte...Repentinamente, todo o seu corpo
começou a tremer, desde o alto da cabeça até a sola do pé...e continuei: Em
nome de Jesus, eu te ordeno que andes, disse a ela...tornei a repetir:
Em nome de Jesus...Em nome de Jesus, ande!
E ela andou.
A ressurreição de mortos era apenas uma das facetas extraordinárias do
ministério de Wigglesworth.
Smith Wigglesworth nasceu em
Menston, Yorkshire, na Inglaterra aos 8 de junho de 1859 e faleceu em
Wakefield o dia 12 de março de 1947. Ele se constituiu em uma importante
figura religiosa britânica do fim século 19, além
de ser por demais
importante na história do início do pentecostalismo.
Este inglês, ungido e escolhido por Deus, nasceu em uma família pobre. Aos
seis anos já trabalhava duro, ajudando o pai, colhendo nabos em uma
plantação. Aos sete acompanhou o pai no trabalho em uma fábrica de tecidos de
lã que havia em sua cidade. Nas horas de folga, capturava pássaros cantadores
e os vendia no mercado da cidade, para ajudar ainda mais no sustento da
família.
Os pais de Wigglessworth nunca se preocuparam em ensinar o menino a orar. Mas
sua avó era cristã e fazia questão de levá-lo à igreja. Ele ia e ficava
observando os adultos baterem palmas e cantarem hinos ao Senhor. Assim, aos
oito anos, ele já tinha uma boa noção do louvor e começou a participar mais
ativamente nos cânticos e passou a entender
o que Jesus havia feito por ele,
por intermédio de sua morte
e ressurreição.
Aos treze anos a família do menino se mudou para Bradford, onde ele começou a
participar ativamente da Igreja Metodista Wesleyana. Sua vida espiritual
ganhou um novo significado ele, que nunca tinha ido à escola, tendo aprendido
a arranhar a leitura em uma velha bíblia, nunca saia de casa sem levar
consigo, no bolso o seu Novo Testamento.
Alguns jovens foram convidados pela
igreja para participarem de uma reunião especial de pregação, entre eles,
Smith Wiglessworth. No seu momento, depois de muito orar e pedir ajuda a
Deus, ele subiu ao púlpito e pregou durante quinze minutos. Terminada a
pregação ele não tinha a menor idéia do que falara, porém surpreendeu-se com
os aplausos e gritos de entusiasmo
das pessoas.
Quando tinha dezessete anos, um homem que trabalhava junto com ele resolveu
ensinar-lhe a profissão de encanador Esta parte foi fundamental na vida de
nosso missionário, porém o que marcou mesmo foi o amigo ensinar e explicar a
ele o significado e a importância do batismo nas águas.
O casamento de Wigglesworth teve papel mais do que fundamental em sua vida.
Ele conheceu e se apaixonou por Mary Jane Featherstone, conhecida por Polly.
Ela vinha de família metodista, de posses e tinha deixado o luxo da sociedade
para pregar junto com o pessoal do Exercito de Salvação, onde ficou por pouco
tempo em razão de seu envolvimento com Smith. Em 1882 eles se casaram. Sua
esposa, Polly, o ensinou a ler, e ele nunca leu outro livro senão a Bíblia.
Assim como no caso de outras pessoas que experimentaram milagres de cura, uma
cura pessoal, de um caso de peritonite, voltou a sua atenção à cura divina.
Até que recebeu o batismo com o Espírito Santo, em 1907, ele tinha um negócio
secular, com hidráulica, e ajudava sua esposa em uma missão. Ela era uma
pregadora, e estava constantemente dando testemunho a outras pessoas, ganhando
almas para o reino.
Durante seus cultos, Polly Wigglesworth pedia seu esposo para pregar, mas ele
se desconcertava e desconcertava também aos que assistiam por seu medo de
falar. Uma vez, os homens da congregação sentiram de impor as mãos sobre ele
e orar. Apesar de seus melhores esforços e dos esforços que outros faziam,
continuou sendo um fracassado orador. Finalmente, declarou que nunca falaria
em público outra vez.
Entretanto, quando recebeu o
batismo no Espírito Santo, sua vida foi transformada. Naquela época, sua
esposa não acreditava na história de falar em línguas, e ela o desafiou a
pregar no domingo seguinte, conhecendo a sua falta de habilidade linguística.
A unção caiu e ele falou com grande clareza e coragem. Polly estava tão
surpreendida, que repetia gritando: Esse não é o meu Smith… O que aconteceu
com esse homem? Rapidamente um simples trabalhador sem instrução foi
transformado em um impressionante pregador de fé.
Wigglesworth entendia que a enfermidade e as doenças eram do diabo, de modo
que foi conhecido pela maneira com que tratava as pessoas enfermas, em
demonstrações físicas surpreendentes e emocionantes. Por volta de 1890, Smith
viajou pra Leds, para comprar material para a sua loja de hidráulica. Estando
na cidade resolveu ir a uma igreja onde estavam sendo realizados cultos de
cura divina e ficou bastante impressionado com o que viu. A sua primeira
experiência com cura divina aconteceu em 1900. Ele, que desde a infância,
sofria com problemas de hemorróidas. Um ministro do evangelho que o visitava
soube de seu sofrimento, orou por ele e declarou em fé que ele seria curado
dessa enfermidade. Smith, que tinha que fazer banhos de assento diários, com
sais medicinais, ficou convencido de que era a vontade de Deus curá-lo e
parou com os banhos. Descobriu, então, que estava completamente curado e
nunca mais sofre com o problema.
O
evangelista Lester Sumrall lembra a primeira vez que foi testemunha de
Wigglesworth em ação. Certa vez ele conduzia um culto de cura na Califórnia,
quando lhe trouxeram um homem com câncer, em estado terminal. Ele estava tão
perto da morte que o médico que o ajudava foi com ele para monitorar seus
sinais vitais. Smith, com sua natureza rude, disse ao médico: O que está
acontecendo? O doutor lhe respondeu: ele está morrendo de câncer. Sem dar
tempo de nada, Smith bateu no estômago do homem com tal força que ele
desmaiou. O médico rapidamente o atendeu e gritou: “Ele está morto! Você o
matou! A família exigirá explicações! Wigglesworth não se moveu. Ele
simplesmente respondeu: Ele está curado. E sem preocupar-se, seguiu orando
por outras pessoas no culto. Dez minutos mais tarde, o homem, com sua roupa
de hospital, chegou pelo corredor, procurando por Wigglesworth, totalmente
curado. Isto não impressionou nem um pouco ao apóstolo, pois era, exatamente,
o que ele esperava. E continuou orando pelos outros que necessitavam.
Em outra ocasião, no Colégio Sião, uma mulher paralítica, frágil, chegou para
que orassem por ela. Smith Wigglesworth orou, quase com impaciência. Como era
habitual, imediatamente, ordenou que caminhasse. Ela, duvidando, começou a
olhar ao redor. Sem nenhum tipo de aviso, Wigglesworth foi por detrás dela e
a empurrou. Quando ela, tropeçando, começou a correr, ele a seguia pelo
corredor gritando: Corra, senhora, corra... ela correu o bastante para sair
do alcance dele. Eventualmente, conseguiu alcançar a saída e correu pelas
ruas, aparentemente tão assustada quanto curada.
Para Albert Hibbert, o amigo mais próximo de Smith Wigglesworth, o
evangelista dizia: Eu não maltrato as pessoas, eu maltrato o diabo. E se as
pessoas se põem no caminho, não posso fazer nada…não se pode tratar
gentilmente com o diabo, nem dar a ele conforto; porque ele gosta muito da
comodidade. Smith Wigglesworth também passou por tempos de sofrimento: perdeu
sua amada esposa seis anos depois de sua transformação em um grande homem de
fé, com uma unção especial. Em 1913, sua esposa Polly morreu sem nenhuma
razão aparente, quando estava a caminho de uma reunião em que ela iria
pregar.
Quando voltou a sua casa, Wigglesworth foi ao quarto onde se encontrava, na
cama, o corpo de sua esposa morta. Ele repreendeu o espírito de morte e
ordenou à vida, que regressasse. Polly abriu os seus olhos e disse: Por que
você fez isso, Smith? Eu não desejava voltar à terra. E depois de uma
conversa carinhosa, ele a deixou ir para o céu.
Catorze pessoas foram documentadas como ressuscitadas, voltando à vida de
entre os mortos, através do ministério de Wigglesworth. Ainda que, de forma
não oficial, esse registro poderia chegar a vinte e três pessoas. Não existia
nada tão grande para a sua fé. Desde ressuscitar mortos, dores de cabeça a
cânceres, era tudo o mesmo para ele. Há algo demasiadamente difícil para
Deus?
Smith Wigglesworth, anos depois, se
tornou um homem de tal magnitude, que o evangelista de cura Oral Roberts,
disse uma vez diante de outros companheiros evangelistas: devemos a este
homem uma dívida impossível de calcular.
No dia 12 de março de 1947, Smith estava indo ao funeral de um ministro amigo
seu. Durante o caminho ele tinha comentado com amigos que estava se sentindo
maravilhosamente bem. Com alegria, visitou alguns lugares que ele tinha
visitado com sua querida Polly e falou sobre milagres que tinham ocorrido
quando pregavam na cidade. Ao chegar à igreja, encontrou o pai de uma menina
pela qual ele havia orado quatro dias antes. A família já tinha aceitado que
a menina iria morrer, mas Smith tinha grande fé na sua cura. Tão logo viu o
homem perguntou se a filha estava bem. Esperava uma resposta positiva, mas a
resposta veio meio relutante, dizendo que ela estava um pouco melhor.
Bastante desapontado, Smith Wigglesworth suspirou profundamente, inclinou a
cabeça e morreu.
Sua
vida foi um exemplo de fé, de determinação, de vontade de servir a Deus e
amar o próximo. Nunca, em sua casa, entrou um só remédio. E só leu, durante
toda a sua vida, um único livro. A Bíblia sagrada.
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Muito edificante esse testemunho muito bom 🙏
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