18 de julho de 2016

A VERDADEIRA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL Jonathan Edwards

A VERDADEIRA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL Jonathan Edwards (1703-1758
Jonathan Edwards (1703-1758), o maior teólogo da América, escreveu seu Tratado sobre Afeições Religiosas tendo como pano de fundo o Grande Despertamento, o equivalente americano do que os britânicos chamam de O Avivamento Evangélico. O próprio Edwards teve um papel de destaque no Despertamento, como pastor de uma igreja Congregacional em Northampton, Massachussetts.
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O anseio de Edwards em diferenciar a experiência religiosa verdadeira da falsa resultou de sua preocupação pastoral no contexto de avivamento. Pregou uma série de sermões sobre I Ped. 1:8 tratando do assunto, em 1742-1743. O Tratado resultou da revisão do texto desses sermões para publicação em 1746.
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A questão mais crucial para a raça humana e para todo o indivíduo é: quais as características que distinguem as pessoas que gozam o favor de Deus - aquelas que estão de caminho para o céu ? Ou, de outra forma: qual a natureza da religião verdadeira ? Que tipo de religião pessoal é aprovado por Deus?

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Essa mistura da religião falsa com a verdadeira tem sido a maior arma de satanás contra a causa de Cristo. É por isso que devemos aprender a distinguir entre a religião verdadeira e a falsa - entre emoções e experiências que realmente advêm da salvação e as imitações que são exteriormente atraentes e plausíveis, porém falsas.
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Deixar de distinguir entre religião verdadeira e falsa, tem conseqüências terríveis. Por exemplo: (i) Muitos oferecem adoração falsa a Deus, pensando ser aceitável a Ele, mas que Ele rejeita. (i) Satanás engana a muitos sobre o estado de suas almas; desse modo arruína-os eternamente. Em alguns casos, satanás leva as pessoas a pensar que são extraordinariamente santas, quando na realidade são o pior tipo de hipócritas. (i) Satanás estraga a fé dos verdadeiros crentes; mistura deformações e corrupções à religião, causando os verdadeiros crentes a se tornarem frios em suas emoções espirituais. Ele confunde também a outros com grandes dificuldades e tentações. (iv) Os inimigos explícitos do cristianismo se animam quando vêem a Igreja tão corrompida e desviada. (v) Os homens pecam na ilusão de estarem servindo a Deus; portanto, pecam sem restrições. (vi) Falso ensinamento ilude até os amigos do cristianismo a fazerem, sem perceber, o trabalho de seus inimigos. Destroem o cristianismo com muito mais eficiência que os inimigos declarados podem fazer, na ilusão de o estarem fazendo progredir. (vii) Satanás divide o povo de Cristo e coloca-os uns contra os outros; os cristãos disputam acaloradamente, como que com zelo espiritual. O cristianismo degenera em disputas vazias; as partes em disputa correm para lados opostos, até que o caminho correto, ao meio, fica totalmente negligenciado.
Resultado de imagem para NEW ENGLANDQuando os cristãos vêem as terríveis conseqüências da falsa religião passar por religião verdadeira, suas mentes ficam perturbadas. Não sabem para onde se voltar nem o que pensar. Muitos duvidam da existência de qualquer realidade no cristianismo. Heresia, incredulidade e ateísmo
O EVANGELHO E AS EMOÇÕES
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O apóstolo Pedro diz, sobre a relação entre cristãos e Cristo: "a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória." (1Ped. 1:8).Como os versículos anteriores deixam claro, os crentes a quem Pedro escreveu sofriam perseguição. Aqui, ele observa como seu cristianismo os afetou durante essas perseguições. Ele menciona dois sinais claros da autenticidade de seu cristianismo. (i) - Amor por Cristo. "A quem, não havendo visto, amais." Os que não eram cristãos maravilhavam-se da prontidão dos cristãos em se expor a tais sofrimentos, renunciando às alegrias e confortos deste mundo. Para seus vizinhos incrédulos, estes cristãos pareciam loucos; pareciam agir como se detestassem a si mesmos. Os incrédulos não viam nenhuma fonte de inspiração para tal sofrimento. De fato, os cristãos não viam coisa alguma com seus olhos físicos. Amavam alguém a quem não podiam ver! Amavam a Jesus Cristo, pois viam-nO espiritualmente, mesmo sem poder vê-lO fisicamente. (i) - Alegria em Cristo. Embora seu sofrimento exterior fosse terrível, suas alegrias espirituais internas eram maiores que seus sofrimentos. Essas alegrias os fortaleciam, possibilitando que sofressem alegremente.
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Pedro nota duas coisas sobre essa alegria. Primeiro, ele nos fala da origem dela. Ela resultou da fé. "Não vendo agora, mas crendo, exultais."
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Segundo, ele descreve a natureza dessa alegria: "alegria indizível e cheia de glória." Era alegria indizível, por ser tão diferente das alegrias do mundo. Era pura e celeste; não havia palavras para descrever sua excelência e doçura. Era também inexprimível quanto à sua extensão, pois Deus havia derramado tão livremente essa alegria sobre Seu povo sofredor.
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Depois, Pedro descreve essa alegria como sendo "cheia de glória."
Essa alegria enchia as mentes dos cristãos, ao que parecia, com um brilho glorioso. Não corrompia a mente, como fazem muitas alegrias mundanas; pelo contrário, deu-lhe glória e dignidade. Os cristãos sofredores partilhavam das alegrias celestes. Essa alegria enchia suas mentes com a luz da glória de Deus, fazendo-os brilhar com aquela glória.
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A doutrina que Pedro nos está ensinando é a seguinte: A RELIGIÃO VERDADEIRA CONSISTE PRINCIPALMENTE EM EMOÇÕES SANTAS


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