Jorge Müller nasceu em 1805,
de pais que não conheciam a Deus. Com a idade de dez anos, foi enviado a uma
universidade, a fim de preparar-se para pregar o Evangelho, não, porém, com o
alvo de servir a Deus, mas para ter uma vida cômoda. Gastou esses primeiros
anos de estudo nos mais desenfreados vícios, chegando, certa vez, a ser preso
por vinte e quatro dias. Jorge, uma vez solto, esforçava-se nos estudos,
levantando-se às quatro da manhã e estudando o dia inteiro até as dez da noite.
Tudo isso, porém, ele fazia para alcançar uma vida descansada de pregador.
Foi
nesses dias, depois de sentir-se chamado para ser missionário, que passou dois
meses hospedado no famoso orfanato de A. H. Frank. Apesar de esse fervoroso
servo de Deus, o senhor Frank, ter morrido quase cem anos antes (em 1727), o seu orfanato continuava a funcionar com
as mesmas regras de confiar inteiramente em Deus para todo o sustento. Mais ou menos ao mesmo tempo em que
Jorge Müller hospedou-se no orfanato, um certo dentista, o senhor Graves,
abandonou as Suas atividades que lhe davam um salário de 7.500 dólares por ano,
a fim de ser missionário na Pérsia, confiando só nas promessas de Deus para suprir todo o seu
sustento. Foi
assim que Jorge Müller, o novo pregador, recebeu nessa visita a inspiração que
o levou mais tarde a fundar seu orfanato sobre os mesmos princípios.
Logo depois de abandonar sua vida de vícios, para andar com
Deus, chegou a reconhecer o erro, mais ou menos universal, de ler muito acerca
da Bíblia e quase nada da Bíblia.
Esse livro tornou-se a fonte de toda a sua inspiração e o segredo do seu
maravilhoso crescimento espiritual. Ele mesmo escreveu: “O Senhor me ajudou a
abandonar os comentários e a usar a simples leitura da Palavra de Deus como
meditação. O
resultado foi que, quando, a primeira noite, fechei a porta do meu quarto para
orar e meditar sobre as Escrituras, aprendi mais em poucas horas do que antes
durante alguns meses.” E
acrescentou: “A maior diferença, porém, foi que recebi, assim, força
verdadeira para a minha alma”. Conta-se
que antes de George Mueller morrer, ele havia lido a Bíblia inteira cerca de
duzentas vezes; cem vezes o fez estando de joelhos.
Certo
pregador, pouco tempo antes da morte de Jorge Müller, perguntou-lhe se orava
muito. A resposta foi esta: “Algumas horas todos os dias. E ainda, vivo no
espírito de oração; oro enquanto ando, enquanto deitado e quando me levanto.
Estou constantemente recebendo respostas. Uma vez persuadido de que certa coisa
é justa, continuo a orar até a receber. O grande ponto é nunca deixar de orar até receber a resposta.
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