17 de agosto de 2011

Francis e Edith Schaeffer

Francis Schaeffer foi um dos responsáveis pelo reavivamento da palavra no final do século passado, onde os liberais evangélicos estavam destruindo tudo o que era de mais precioso na fé cristã. Nessa época ele se levantou e não calou a sua voz profética para defender a bíblia e o evangelho. É
creditado como responsável pelo retorno ao ativismo político entre os protestantes evangélicos e fundamentalistas no final dos anos 1970 e início dos 1980, especialmente na questão do aborto. Schaeffer chamou ao desafio do que ele via como uma crescente influência do humanismo secular. A visão de Schaeffer foi apresentada em dois trabalhos: seu livro “A Christian Manifesto” (Manifesto Cristão) e uma série de filmes, “Whatever Happened to the Human Race?” (O que houve com a Raça Humana)?
Manifesto Cristão O Manifesto Cristão, de Schaeffer, foi publicado em 1981. O nome do livro pretende posicionar suas teses como uma resposta cristã ao Manifesto Comunista, de 1848 e aos ducumentos do Manifesto Humanista, de 1933 e 1973. O diagnóstico de Schaeffer dizia que o declínio da civilização ocidental se deve à sociedade ter se tornado cada vez mais pluralista, resultando em um desvio "para longe de uma cosmovisão que era pelo menos vaamente cristã na memória das pessoas…em direção a algo totalmente diferente". Schaeffer argumenta que há um combate filosófico entre o povo de Deus e os humanistas seculares. Em um sermão também intitulado “Manifesto Cristão”, Schaeffer define o humanismo secular como a visão de mundo onde “o homem é a medida de todas as coisas”, e no livro ele afirma que as críticas da Direita cristã erram o alvo ao confundir a “religião humanista” como humanitarismo, humanidades ou amor pelos humanos. Ele descreve o conflito com o humanismo secular como uma batalha em que "estas duas religiões, Cristianismo e Humanismo, se colocam frente a frente como totalidades". Ele escreve que o declínio do compromisso com a verdade objetiva que ele percebe nas várias instituições da sociedade é "não por causa de uma conspiração, mas porque a igreja tem esquecido sua responsabilidade de ser sal da cultura". Schaeffer explica: "Um cristão verdadeiro na Alemanha de Hitler e nos países ocupados deveria ter desafiado o estado falso e fraudulento e escondido seus vizinhos judeus das tropas da SS germânica. O governo abdicou de sua autoridade e deixou de ter o direito de fazer qualquer exigência."
Da mesma forma, ele sugere táticas similares para combater o aborto. Mas Schaeffer afirma que não está falando de uma teocracia: "As autoridades devem saber que falamos sério sobre barrar o aborto…Primeiro, devemos deixar claro que não estamos falando de nenhum tipo de teocracia. Permita-me dizer isso com grande ênfase. Witherspoon, Jefferson, os fundadores da americanos, não pensavam em uma teocracia. Isso é deixado claro pela Primeira Emenda, e nós devemos continuamente enfatizar o fato de que não estamos falando de algum tipo, ou qualquer tipo de teocracia." Gary North and David Chilton, dos "Cristãos Reconstrucionistas", fizeram duras críticas ao Manifesto Cristão e a Schaeffer. Suas críticas, eles escrevem, foram disparadas pela popularidade do livro de Schaeffer. Eles sugerem que Schaeffer defende o pluralismo porque ele vê a Primeira Emenda como liberdade de religião para todos, enquanto eles próprios rejeitam o pluralismo. Apontando declarações negativas que Schaeffer faz a teocracia, North e Chilton explicam porquê eles defendem isso, e estendem sua crítica a Schaeffer: "O fato permanece que o manifesto do Dr. Schaeffer não oferece uma direção para uma sociedade cristã. Mencionamos isso que meramente para efeitos de clareza, porque não estamos certos que todos tenham notado isso agora. O mesmo se aplica a todos os comentários do Dr. Schaeffer: ele não declara a alternativa cristã." FONTE wikipedia
Francis shaefer A Reforma e o Homem Francis Schaeffer Conhecemos, pois, algo deslumbrante a respeito do homem. Entre outras coisas, conhecemos a sua origem e quem ele é – criado à imagem de Deus. O homem é maravilhoso não apenas quando é “nascido de novo” como um cristão, é também maravilhoso como Deus o fez, à Sua própria imagem. Tem o homem valor e dignidade em função daquilo que foi originalmente, antes da Queda. Estava, há pouco, fazendo uma série de preleções em Santa Bárbara, quando me foi apresentado um rapaz viciado em entorpecentes. Era um jovem de semblante delicado e expressivo, cabelos longos e encaracolados, os pés calçados com sandálias, e trajava calça rancheira. Assistiu a uma das preleções e confessou: “Isto é completa novidade para mim; nunca ouvi coisa alguma igual a isto.” Voltou na tarde seguinte e eu o saudei. Olhou-me firmemente nos olhos e disse: “O senhor me cumprimentou de maneira tocante. Por que me tratou assim?” Respondi-lhe: “É porque eu sei quem você é – sem que você foi criado à imagem de Deus.”. Em seguida tivemos uma demorada e notável conversa. Não podemos tratar as pessoas como seres humanos, não podemos vê-las no alto nível da verdadeira humanidade, a menos que conheçamos realmente a sua origem – quem são. Deus diz ao homem quem ele é. Deus declara-nos que Ele criou o homem à Sua própria imagem. Portanto, o ser humano é algo maravilhoso. Deus, entretanto, diz-nos algo mais a respeito do homem – fala-nos acerca da Queda. Isto introduz o outro elemento que precisamos conhecer a fim de entendermos o ser humano. Por que é ele, a um tempo, criatura tão maravilhosa e tão degradada? Quem é o homem? Quem sou eu? Por que pode o homem realizar estas coisas que o fazem único, no entanto, porque é ele tão horrível? Por quê? Diz a Bíblia que você é maravilhoso porque é criado à imagem de Deus e degradado porque, em determinado ponto espácio-temporal na história, o ser humano caiu. O homem da Reforma sabia que a criatura marcha rumo ao Inferno em razão da revolta contra Deus. Todavia o homem da Reforma e aqueles que após a Reforma forjaram a cultura do Norte Europeu sabiam que, enquanto o homem é moralmente culpado diante do Deus que existe, ele não é o nada. O homem moderno tende a julgar-se ser nada. Aqueles, entretanto, sabiam que eram exatamente o oposto do nada porque conheciam o sentido de serem feitos à imagem de Deus. Embora decaídos, e, à parte da solução não-humanista de Cristo e da Sua morte substituinte, iriam para o Inferno, isto não significava, contudo que eram nada. Quando a Palavra de Deus, a Bíblia, veio a ser ouvida, a Reforma teve resultados tremendos, tanto nas pessoas individualmente, que se tornavam genuínos cristãos, como na cultura em geral. O que a Reforma nos diz, pois, é que Deus falou nas Escrituras tanto cerca do “andar de cima” como do “andar de baixo.” Falou a verdadeira revelação acerca de Si mesmo – as coisas celestiais – e falou a verdadeira revelação a respeito da própria natureza – o cosmos e o homem. Portanto, tinham os Reformadores uma real unidade de conhecimento. Eles simplesmente não tinham o problema renascentista de graça e natureza! Obtinham real unidade, não que fossem mais sagazes, mas porque alcançavam uma unidade cuja base se achava no que Deus revelara em ambas as áreas. A Reforma teve não poucos resultados de tremendo alcance e tornou possível a cultura que tantos dentre nós admiramos afetuosamente – ainda que a nossa geração a esteja agora lançando fora. Confronta-nos a Reforma um Adão que era, usando a terminologia característica da forma de pensamento do século vinte, um homem não-programado – não arranjado como um cartão perfurado de um sistema de computação. Uma característica que marca o homem do século vinte é que ele não pode visualizar isto, uma vez que é de todo infiltrado por um conceito de determinismo. A perspectiva bíblica, entretanto, é clara – o homem não pode ser explicado como totalmente determinado e condicionado – posição que forjou o conceito da dignidade do homem. Há pessoas que buscam hoje apegar-se à dignidade do homem, entretanto não têm base conveniente em que se fundamentar pois que perderam a verdade de que o homem foi feito à imagem de Deus. Ele era um homem não programado, um homem revestido de significado numa história de alto sentido, capaz de alterar a história. Temos, pois, no pensamento da Reforma um homem que é alguém. Vemo-lo, porém, envolvido numa condição de revolta e a rebeldia é real – jamais uma “peça de teatro”. Uma vez que ele é um ser não programado e que de facto se revolta, ele incide em genuína culpabilidade moral. À vista disto, os Reformadores compreenderam algo mais. Tiveram uma compreensão bíblica da obra de Cristo. Compreenderam que Jesus morreu na cruz em função substitutiva e em ação propiciatória a fim de salvar o homem da verdadeira culpa que sobre ele pesa. Necessitamos reconhecer que, no instante em que nos pomos a alterar a noção bíblica da verdadeira culpa moral, seja falsificação psicológica, seja a falsificação teológica ou seja de qualquer outra forma, nosso conceito da obra de Jesus não mais será bíblico. Cristo morreu pelo homem que tinha uma culpa moral verdadeira por ele próprio ter feito essa real e verdadeira escolha. Francis Schaeffer in “A MORTE DA RAZÃO” Título do original em inglês: “ESCAPE FROM REASON”

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