7 de outubro de 2013

Robert Mcalister Evangelista

Robert  Mcalister

Como tudo começou

"O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito" (João 3.8)
Acostumado a realizar cruzadas pelo mundo inteiro, o Bispo Roberto foi convidado por Lester Summeral para participar de uma campanha evangelística no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, em 1958. Ele só havia estado no Brasil uma única vez, em sua lua-de-mel. Quando a campanha terminasse, ele continuaria a correr o mundo pregando a Palavra de Deus. Foi neste dia que Roberto ouviu uma voz: "Este é o lugar para o qual Eu o chamei para pregar a Minha Palavra". Era a voz de Deus e sua rota não foi mudada por um simples vento, como a do navegador, e sim por Aquele que é mais poderoso do que qualquer furacão: o vento do Espírito Santo. Ao final da campanha, teve que voltar correndo para o Canadá, pois sua filha tinha acabado de nascer. Decidido a cumprir o chamado de Deus, poucos meses depois, em 1959, Robert McAlister veio morar no país acompanhado da esposa, Glória, e de seus filhos, Walter, com dois anos e meio, e Heather Ann, de apenas seis meses.
Primeiro foi para São Paulo, mas todas as portas se fecharam. Era a mão de Deus, pois ele estava sendo chamado para o Rio de Janeiro, por isso, foram morar em Santa Teresa e foi assim que tudo começou.


A Igreja que começou no rádio

A Igreja de Nova Vida nasceu de um programa de rádio, a “VOZ DA NOVA VIDA”, que foi transmitida pela primeira vez no dia 1º de agosto de 1960, às 6h30, através da Rádio Copacabana"É tempo de ouvir uma mensagem de Nova Vida". Foi assim que começou a primeira transmissão do início da Igreja Nova Vida. Através deste programa, o missionário Roberto fundou a pioneira de muitas igrejas evangélicas renovadas no Brasil: a Cruzada de Nova Vida.
O Bispo Roberto McAlister teve que fazer um curso intensivo da língua portuguesa (oito horas por dia em um período de três meses), para poder fazer a locução do programa de 15 minutos.
Tudo tinha que ser escrito, até a oração. "Tudo era lido, mas com unção, como se estivesse sendo só falado", diz o Pr. Walmir Cohen, que trabalhou com o bispo nos programas de rádio por vários anos. A gravação dos primeiros programas foi realizada na casa do Bispo Roberto, tendo como estúdio um quarto com cobertores pendurados nas janelas, para abafar os ruídos dos carros.
O grande impacto causado pelas mensagens de salvação do bispo levou-o a fazer dois programas diários, um às 06h30 e outro às 18h30. Em 1963, ele sentiu a necessidade de alcançar todo o Brasil com as Boas Novas.

BISPO ROBERTO MCALISTER DIZ: A TV EVANGÉLICA FABRICA MONSTROS

Por Alan Capriles
O Bispo Robert McAlister, fundador da Igreja Pentecostal de Nova Vida, foi pioneiro em transmitir o Evangelho pela televisão brasileira. Em 1978, se tornou um dos primeiros televangelistas com o programa “Coisas da Vida”, que apresentou por um bom tempo na TV Tupi.
Apesar de já não estar mais conosco desde 1993, somente agora se tornou pública a razão pela qual o bispo Roberto deixara de fazer programas na televisão, abrindo espaço para R.R. Soares, Silas Malafaia, entre outros.
A revelação vem por meio de seu filho, Walter McAlister, bispo primaz da Aliança das Igrejas Cristãs de Nova Vida, que lançou recentemente “O Fim de Uma Era”, livro em que traça uma radiografia da Igreja evangélica brasileira desde o início do século XXI.
Numa época de tantos programas evangélicos na TV e de tantas celebridades no mundo gospel, esta revelação soa como um grave alerta, que deveria ser amplamente difundida. Levando em conta que o bispo Roberto McAlister foi pioneiro no televangelismo, aqueles que hoje fazem de tudo para continuar aparecendo na TV deveriam considerar as razões de suas palavras, e a impressionante conclusão de seu filho.
Segue, portanto, o trecho do livro de Walter McAlister, no qual não apenas revela porque seu pai preferiu se afastar da televisão, como também explica porque as programações evangélicas deveriam ser extintas da TV:
Meu pai fez um programa de televisão durante um tempo. Ele me disse: “Televisão cria monstros”. Eu vi o quanto ele lutava contra a vaidade gerada pelo fato de ser conhecido na rua. Ele mesmo me confessou como a vaidade dele era um problema para ele, por causa de sua fama. Televisão evangélica apenas cria celebridades, não avança a causa de Cristo. Por quê? Porque não se assiste a televisão para ouvir a verdade. É como levar a mensagem do Evangelho para o circo e pregar entre o show dos macados amestrados e o dos palhaços. Pessoas não vão ao circo para ouvir o Evangelho, e sim para se divertir com os macacos, os palhaços, os acrobatas. Então, de repente, o Evangelho se insere num contexto completamente contrário àquele que tem a estrutura necessária para transmiti-lo. E o que acontece? Leva-se a Arca para fora do Santo dos Santos, para o campo de batalha. No popular: a Igreja vira circo. Com isso, a Igreja perde a batalha, pois, em vez de se concentrar naquilo que é sagrado, construir comunidade, ensinar a verdade e formar bons discípulos, está numa guerra voltada para determinar quem grita mais alto no meio do circo chamado “televisão”.

***

nota do blog- É claro que este ponto de vista diz respeito a muitos dos televangelistas, mas não a todos. Existem pessoas e emissoras cristãs que foram levantadas pelo Senhor  Deus, como a rede Super de Belo Horizonte e a rede TBN nos EUA, que são verdadeiros Oásis, no deserto do televangelismo  e existem programas como os de sábado de manhã na rede TV da Assembléia de Deus, da Batista, da Presbiteriana e de algumas comunidades que são uma bênção para o povo brasileiro. 

MCALISTER; Walter. O fim de uma Era, Editora Anno Domini, p. 40. Postado no Púlpito Cristao e no blog do Alan Capriles

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