David Livingstone
Célebre missionário e explorador
(1813-1873)
Certo comerciante, ao visitar a abadia de Westminster, em Londres, onde se acham sepultados os vultos eminentes da Inglaterra, inquiriu qual o túmulo, que é mais visitado. O porteiro respondeu que era o de David Livingstone. São poucos os humildes e fiéis servos de Deus que o mundo distingue e honra assim.
(1813-1873)
Certo comerciante, ao visitar a abadia de Westminster, em Londres, onde se acham sepultados os vultos eminentes da Inglaterra, inquiriu qual o túmulo, que é mais visitado. O porteiro respondeu que era o de David Livingstone. São poucos os humildes e fiéis servos de Deus que o mundo distingue e honra assim.
Davi Livingstone nasceu na Escócia. Seu pai, Neil Livingstone criou seus filhos no temor do Senhor. O lar era sempre alegre e o domingo era esperado e honrado como o dia de descanso e adoração a Deus. Com a idade de nove anos, Davi ganhou um prêmio oferecido ao repetir de cor o Salmo 119.
Aos vinte anos, "A bênção divina inundou-lhe o ser como inundara o coração do apóstolo Paulo e o levou a ajoelhar-se, a orar e a se voltar de todo coração ao seu Deus e Salvador.
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Seu professor da sua classe na Escola Dominical, o aconselhava: "Ora, moço, procure conhecer o Senhor em todos os seus caminhos e faça disso o motivo principal da sua vida cotidiana e não uma coisa inconstante, se quer vencer as tentações e outras coisas que o querem derribar". E Davi assentou no seu coração dirigir sua vida por essa norma.
Seu professor da sua classe na Escola Dominical, o aconselhava: "Ora, moço, procure conhecer o Senhor em todos os seus caminhos e faça disso o motivo principal da sua vida cotidiana e não uma coisa inconstante, se quer vencer as tentações e outras coisas que o querem derribar". E Davi assentou no seu coração dirigir sua vida por essa norma.
Conseguiu completar seus estudos de Médico e Cirurgião, sem ter recebido um tostão de auxílio de alguém. Certa vez, numa reunião, ouviu o discurso de um missionário que servia a Deus na África, chamado Roberto Moffat, que disse a Davi Livingstone: "Há uma vasta planície ao norte, onde tenho visto, nas manhãs ensolaradas, a fumaça de milhares de aldeias, onde nenhum missionário ainda chegou".
Comovido, ao ouvir falar em tantas aldeias sem o Evangelho e desafiado pela seu curiosíssimo espírito de explorador, Livingstone respondeu: "Irei imediatamente para a África". Davi embarcou no navio para não mais ver, aqui na terra, o rosto nobre de seu pai, Neil Livingstone.
A viagem de Glasgow ao Rio de Janeiro e, por fim, à cidade do Cabo, na África, durou três meses. até chegar em Curumã, onde devia esperar o regresso de Roberto Moffatt.
Nosso herói passava o
tempo viajando e vivendo entre os indígenas e assentava-se com eles ao redor do fogo,
ouvindo as lendas dos seus heróis. Livingstone, por sua vez, contava-lhes as
preciosas e verdadeiras histórias de Belém, da Galiléia e da Cruz.
Foi em Mabotsa que teve o
histórico encontro com um leão. Acerca disso escreveu Davi: "Ele saltou e
me alcançou o ombro; ambos fomos ao chão. Rosnando horrivelmente perto do meu
ouvido, sacudiu-me como um cão faz a um gato. Atacou-me uma espécie de
adormecimento, Contudo, antes de a fera ter tempo de o matar, deixou-o para
atacar outro homem que, de lança na mão, entrara na luta.
Era o costume de
Livingstone começar o dia com culto doméstico e não é de admirar que seus
discípulos fizessem o mesmo.
Acerca do trabalho nesse lugar, assim se expressou: "Aqui temos um campo muitíssimo difícil de cultivar... Se não confiássemos que o Espírito Santo opera em nós, desistiríamos em desespero".
Acerca do trabalho nesse lugar, assim se expressou: "Aqui temos um campo muitíssimo difícil de cultivar... Se não confiássemos que o Espírito Santo opera em nós, desistiríamos em desespero".
Foi em uma viagem, em junho de 1851, que descobriu o
maior rio da África Oriental, o Zambeze, rio do qual o mundo de então nunca
ouvira falar.
Livingstone enviou crentes fiéis para evangelizar os povos em redor, mas os boêres holandeses, caçadores de escravos, acabaram com essa obra matando muitos dos indígenas.
Livingstone enviou crentes fiéis para evangelizar os povos em redor, mas os boêres holandeses, caçadores de escravos, acabaram com essa obra matando muitos dos indígenas.
Em outra viagem, Livingstone descobriu as magníficas cataratas de Vitória, nome que ele deu às grandes quedas em honra da rainha da Inglaterra. Nesse lugar, o rio Zambeze tem a largura de mais de um quilômetro; ali as águas desse grande rio se precipitam espetacularmente de uma altura de cem metros.
Livingstone continuou a pregar o Evangelho constantemente, às vezes a auditórios de mais de mil indígenas. Antes de tudo, esforçava-se para ganhar a estima das tribos hostis, por onde passava, por sua conduta cristã, em grande contraste com a dos mercadores de escravos.
Caiu trinta e uma vezes de febre nos matagais, durante um período de sete meses. Mas não era tanto o sofrimento físico. Suas cartas revelam a sua angústia de espírito ao ver os horrores do povo africano massacrado e arrebatado dos seus lares, conduzido como gado para ser vendido no mercado. De um lugar alto onde subiu, contou dezessete aldeias em chamas, incendiadas por esses nefandos mercadores de seres humanos.
Por fim, depois de 17 anos longe da pátria, regressou à Inglaterra. Voltou à civilização e à sua família como quem volta da morte. Antes de desembarcar, soube que seu querido pai falecera. Em toda a história de Livingstone, não se conta um acontecimento mais comovente do que o seu encontro com a esposa e filhos. Na Inglaterra, foi aclamado e honrado como heróico descobridor e grande benfeitor da humanidade. Os diários publicavam os seus atos de bravura. As multidões afluíam para ouvi-lo contar a sua história.
Em 1862 a esposa reuniu-se a ele novamente, e acompanhava-o nas viagens, mas três meses depois faleceu, vítima da febre e foi enterrada em uma encosta verdejante na margem do rio Zambeze. No seu diário, Livingstone assim escreveu: "Chorei-a porque merece as minhas lágrimas. Amei-a ao nos casarmos, e quanto mais tempo vivíamos juntos, tanto mais a amava. Que Deus tenha piedade dos filhos..."
Na solidão achou grande conforto nas Escrituras.
Reconhecia sempre a possibilidade de perecer nas mãos dos inimigos, mas sempre respondia à insistência dos amigos com esta pergunta: - "Não pode o amor de Cristo constranger o missionário a enfrentar até mesmo os terríveis mercadores de escravos?"
No seu diário, as últimas notas que escreveu dizem: "Cansadíssimo, fico... Recuperando a saúde... Estamos nas margens do Mililamo".
Chegaram à aldeia de Chitambo, em Ilala onde Susi fez uma cabana para ele. Nessa cabana, a 1º de maio de 1873, fiel Susi achou seu bondoso mestre de joelhos, ao lado da cama - morto. Orou enquanto viveu e partiu deste mundo orando!
Os dois fiéis companheiros, Susi e Chuman, enterraram o coração de Livingstone abaixo de uma árvore em Chitambo, secaram e embalsamaram o corpo, e o levaram até a costa - viagem que durou alguns meses, pelo território de várias tribos hostis. O sacrifício desses valentes filhos da África, sem terem qualquer propósito de remuneração, não será esquecido por Deus, nem pelo mundo.
O corpo, depois de chegar em Zanzibar, foi transporta¬do para a Inglaterra, onde foi sepultado na Abadia de Westminster, entre os monumentos dos reis e heróis daquela nação.
Entre os que assistiram
ao enterro, estavam seus filhos e o velho missionário Roberto Moffatt, pai da
sua querida esposa. A multidão consistia de povo humilde, que o amava e dos
grandes, que o honravam e respeitavam.Conta-se que havia, entre as multidões
que permaneciam nas calçadas das ruas de Londres no dia em que o cortejo, com o
corpo de Davi Livingstone, passava, um velho chorando amargamente. Ao lhe
perguntarem por que chorava, respondeu: - "É porque Davizinho e eu
nascemos na mesma aldeia, cursamos o mesmo colégio e assistimos a mesma Escola
Dominical, trabalhávamos na mesma máquina de fiar. Mas Davizinho foi por aquele
caminho, eu por este. Agora ele é honrado pela nação, enquanto eu sou
desprezado, desconhecido e desonrado. O único futuro para mim é o enterro de
beberrão".
Não é somente o ambiente, mas a escolha na mocidade é que determina o destino, não só aqui no mundo, mas para toda a eternidade.
Quando Livingstone falou aos alunos da Universidade de Cambridge, em 1857, disse: "Por minha parte, nunca cesso de me regozijar por Deus ter-me apontado para tal ofício. O povo fala do sacrifício de eu passar tão grande parte da vida na África. - Será sacrifício pagar uma pequena parte da dívida, dessa dívida que nunca poderemos liquidar, do que devemos ao nosso Deus? É sacrifício aquilo que traz a bendita recompensa de saúde, o conhecimento de praticar o bem, a paz de espírito e a viva esperança de um glorioso destino? Longe esteja tal idéia! Digo com ênfase: Não é sacrifício... Nunca fiz sacrifício. Não devemos falar dos nossos sacrifícios, ao nos lembrarmos do grande sacrifício que fez Aquele que desceu do trono de seu Pai, nas alturas, para se entregar por nós"..
Gravadas no seu túmulo podem ser lidas estas palavras: "O coração de Livingstone jaz na África, seu corpo descansa na Inglaterra, mas sua influência continua".
Gravados para sempre na história da Igreja de Cristo estão os grandes êxitos na África durante um período demais de 75 anos depois de sua morte, êxitos inspirados, em grande parte, pelas orações e persistência desse eminente servo de Deus, que foi fiel até a morte.
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