Somente que, saindo, não vades muito longe.
Êxodo 8.28
Este foi um pedido astuto do malicioso tirano Faraó. Se os pobres e
servis israelitas têm de sair do Egito, então, Faraó barganha com eles para que
não se afastem muito — pelo menos não muito longe para escaparem do terror das
mãos de Faraó
e da observação de seus espias.
De modo semelhante, o mundo não ama a falta
de conformidade dos não-conformistas ou a dissidência dos dissidentes. O mundo
deseja que sejamos mais delicados e não realizemos nossas tarefas com mão
árdua. A morte para o mundo e o sepultamento com Cristo são experiências que
mentes carnais tratam com escárnio. A sabedoria mundana recomenda a
transigência e fala em moderação.

Se desejamos seguir completamente o Senhor,
temos de sair ao deserto de separação e deixar para trás o Egito do mundo
carnal. Temos de abandonar as máximas, os prazeres e a religiosidade do mundo,
indo para muito longe, ao lugar para o qual o Senhor chama os seus
santificados. Quando a cidade está pegando fogo, a nossa casa nunca está longe
demais das chamas. Quando uma praga circula por perto, um homem nunca está
longe demais de seus temores. Quanto mais longe estivermos de uma víbora,
melhor; e quanto mais longe da conformidade com o mundo, melhor. Para todos os
verdadeiros crentes, a voz da trombeta deve ser ressoada: “Por isso,
retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas
impuras; e eu vos receberei” (2 Coríntios 6.17).
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