AS
6 REGRAS DE GEORGE MUELLER, o Apóstolo da fé
“Pela fé, Abel… Pela fé, Noé… Pela fé,
Abraão…” Assim é que o Espírito Santo conta as incríveis proezas que Deus fez
por intermédio dos homens que ousavam confiar unicamente nEle. Foi no século
XIX que Deus acrescentou o seguinte a essa lista: “Pela fé, George Müller
levantou orfanatos, alimentou milhares de órfãos, pregou a milhões de ouvintes
ao redor do globo e ganhou multidões de almas para Cristo”.
George
Müller nasceu en Bristol, Inglaterra, em 1805, de pais que não conheciam a Deus.
Aos vinte
anos de idade, contudo, houve uma completa transformação na vida desse moço.
Assistiu a um culto onde os cristãos, de joelhos, pediam que Deus fizesse cair
a Sua bênção sobre a reunião. Ficou profundamente comovido com o ambiente
espiritual a ponto de buscar também a presença de Deus.
Foi nesses dias, depois de sentir-se chamado para ser missionário, que
passou dois meses hospedado no orfanato do famoso A. H. Frank. Mais ou menos no
mesmo tempo em que George Müller hospedou-se no orfanato, um certo dentista, o
senhor Graves, abandonou as suas atividades que davam um salário de 7.500
dólares por ano, a fim de ser missionário na Pérsia, confiando só nas promessas
de Deus para suprir todo o seu sustento.
Logo depois chegou a reconhecer o erro, mais ou menos universal, de ler
muito acerca da Bíblia e quase nada da Bíblia. Esse livro tornou-se a fonte de
toda a sua inspiração e o segredo do seu maravilhoso crescimento espiritual. “O
Senhor me ajudou a abandonar os comentários e a usar a simples leitura da
Palavra de Deus como meditação. O resultado foi que, quando, a primeira noite,
fechei a porta do meu quarto para orar e meditar sobre as Escrituras, aprendi
mais em poucas horas do que antes durante alguns meses”. E acrescentou: “A
maior diferença, porém, foi que recebi, assim, força verdadeira para a minha
alma”.
George Müller achava quase impossível ajuntar e guardar dinheiro para
qualquer imprevisto, e não ir direto a Deus. “Sem me aperceber, tenho sido
levado a confiar no braço da carne, mas o melhor é ir diretamente ao Senhor”.
Certo dia, quando só restavam oito xelins, Müller pediu ao Senhor que
lhe desse dinheiro. Esperou muitas horas sem qualquer resposta. Então chegou
uma senhora e perguntou: – “O irmão precisa de dinheiro?” Foi uma grande prova
de sua fé, porém, o pastor respondeu: – “Minha irmã, eu disse aos irmãos,
quando abandonei meu salário, que só informaria o Senhor a respeito de minhas
necessidades”. – “Mas”, respondeu a senhora, “Ele me disse que lhe desse isto”,
e colocou 42 xelins na mão do pregador.
Nessa ocasião, George Müller fez para si a seguinte regra, da qual nunca
mais se desviou: “Não nos endividaremos, porque achamos que tal coisa não é
bíblica (Rm. 13:8). Assim sempre saberemos quanto realmente possuímos e quanto
temos o direito de gastar”.
Um outro segredo que o levou a alcançar tão grande bênção de confiar em
Deus, foi a sua resolução de usar o dinheiro que recebia somente para o fim a
que era destinado.
“Sentindo grande necessidade ontem de manhã, fui dirigido a pedir com
insistência a Deus e, em resposta, à tarde, um irmão me deu dez libras”. Muitos
anos antes de sua morte, afirmou que, até aquela data, tinha recebido da mesma
forma 5.000 vezes a resposta, sempre no mesmo dia em que fazia o pedido.
Era seu costume, e recomendava também aos fiéis, guardar um livro. Numa
página assentava seu pedido com a data e no lado oposto a data em que recebera
a resposta. Desse modo, foi levado a desejar respostas concretas aos seus
pedidos e não havia dúvida acerca dessas respostas.
“Ao orar, estava lembrado de que pedia a Deus o que parecia impossível
receber dos fiéis, mas que não era demasiado para o Senhor conceder”. Ele orava
com noventa pessoas sentadas às mesas: “Senhor, olha para as necessidades de
teu servo”. Essa foi uma oração que Deus abundantemente respondeu. Antes de
morrer, testificou que, pela fé, alimentava 2.000 órfãos, e nenhuma refeição se
fez com atraso de mais de 30 minutos.
Muitas pessoas perguntavam a George Müller como conseguia ele saber a
vontade de Deus, pois nada fazia sem antes ter a certeza da vontade do Senhor.
Ele respondia:
1)
“Procuro manter o coração em tal estado que ele não tenha qualquer vontade
própria no caso. De dez problemas, já temos a solução de nove, quando
conseguimos ter um coração entregue para fazer a vontade do Senhor, seja essa
qual for. Qaundo chegamos verdadeiramente a tal ponto, estamos, quase sempre,
perto de saber qual é a Sua vontade.
2) “Tenho
o coração entregue para fazer a vontade do Senhor, não deixo o resultado ao
mero sentimento ou a uma simples impressão. Se o faço, fico sujeito a grandes
enganos”.
3) “Procuro a vontade do Espírito de Deus por meio de Sua Palavra. É
essencial que o Espírito e a Palavra acompanhem um ao outro. Se eu olhar para o
Espírito, sem a Palavra, fico sujeito, também, a grandes ilusões”.
4) “Depois
considero as circunstâncias providenciais. Essas, ao lado da Palavra de Deus e
do Seu Espírito, indicam claramente a Sua vontade”.
5) “Peço a
Deus em oração para que me revele a Sua própria vontade”.
6) “Assim,
depois de orar a Deus, estudar a Palavra e refletir, chego à melhor resolução
deliberada que posso com a minha capacidade e conhecimento; se eu continuar a
sentir paz, no caso, depois de duas ou três petições mais, sigo conforme essa
direção. Nos casos mínimos e nas transações de maior responsabilidade, sempre
acho esse método eficiente”.
George Müller, três anos antes de sua
morte, escreveu: “Não me lembro, em toda a minha vida de cristão, num período
de 69 anos, de que eu jamais buscasse, SINCERAMENTE E COM PACIÊNCIA, saber a vontade
de Deus pelo ENSINAMENTO DO ESPÍRITO SANTO POR INTERMÉDIO DA PALAVRA DE DEUS, e
que não fosse guiado certo. Se me faltava, porém, SINCERIDADE DE CORAÇÃO E
PUREZA PERANTE DEUS, ou se eu não olhava para Deus, com PACIÊNCIA, ou se eu
preferia o CONSELHO DO PRÓXIMO AO DA PALAVRA DO DEUS VIVO, então errava
gravemente”.
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