Os dois lados da CRUZ E DA RESSURREIÇÃO DE JESUS -
Jessie
Penn-Lewis
Jessie foi uma fiel serva do Senhor que participou do avivamento de Gales
PAÍS DE GALES
“Na
Escritura, a morte e ressurreição são partes inseparáveis de uma unidade real”,
mas na experiência e no ensinamento, o perigo encontra-se em não dar às “partes
gêmeas” equilíbrio. Isso afeta os resultados da vida, pois você não pode ter o
“positivo” vida-poder sem a “negativa” morte-aplicação.
Se
você super-enfatiza o “positivo”, a vida da ressurreição, então você não tem
“negativo” suficiente, da morte-aplicação, para tratar com a vida do velho
Adão, que está no caminho da nova criação, e tem de ser tratado pela morte
dando lugar ao Cristo-Vida.
País de Gales
Por
isso, os dois devem receber igual ênfase e correr juntos na vida cristã. Morte
e vida, Calvário e ressurreição: “artes gêmeas de um fato”. É pela falta de
ver-se isso que há tantos cristãos unilaterais. Ou eles são tão “negativos”,
por habitar muito no lado “morte” que não têm atividade de vida, ou eles estão
tão ansiosos por evitar o “negativo” que habitam muito sobre o lado “positivo”
da vida, e na experiência estão sob o perigo de chamar o lado velho da natureza
de vida de ressurreição.
Temos a necessidade do equilíbrio para obter uma real participação da vida de Deus. Mas é tão humano ir aos extremos! É somente quando conhecemos o perigo e confiamos em Deus para nos guardar, é que podemos ser mantido espiritualmente sóbrios e equilibrados na verdade.
Temos a necessidade do equilíbrio para obter uma real participação da vida de Deus. Mas é tão humano ir aos extremos! É somente quando conhecemos o perigo e confiamos em Deus para nos guardar, é que podemos ser mantido espiritualmente sóbrios e equilibrados na verdade.
Agora vamos para Romanos 6 ver nos
versículos 10 e 11 como eles dão, não somente o que podemos chamar de
“lado-morte” da Cruz, mas a chave para o “lado-vida” de nossa união com Cristo
em Sua ressurreição. “Quanto a ter morrido, de
uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também
vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo
Jesus nosso Senhor.” Nessas três palavras, em
Cristo Jesus, temos a chave para a vida de união com o Senhor ressurreto. Morremos com Cristo na cruz para
que possamos “viver para Deus”, completamente em
outra esfera, “em Cristo Jesus”. Lemos no verso 13: “Oferecei-vos a Deus,
como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como
instrumentos de justiça.”
Agora, o que significa estar em
“Cristo Jesus” no lado de ressurreição da cruz? Vamos para Romanos 7.4: “Vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para
pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos.” Numa nota de rodapé da bíblia de Scofield, a
palavra “unidos” é indicada em lugar de “por meio”.
Partes gêmeas de um fato. Por isso,
não há dispensar de Sua vida ressurreta à parte Dele mesmo. Além do mais, a
“união” é uma união de espírito. “Aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele” (1Co 6.17),
não uma alma.
Por isso, o lado “negativo” da morte com Cristo
significa de modo prático, uma fuga, ou rompimento ou corte, daquilo que impede
a união de seu espírito ao Cristo ressurreto.
O resultado
experimental da cruz é realmente um liberar do espírito. Ele estava
aprisionado, por assim dizer, sob o poder da alma e da carne. O espírito estava
tão envolvido na vida de natureza que não poderia estar plenamente unido a
Cristo, que é Espírito despertador.
Castelo no País de Gales
Mas como é feito o “cortar fora”? Como o Espírito de Deus aplica a cruz e efetua a morte-separação por meio da qual o espírito é libertado para estar unido a Cristo? Encontramos a resposta em Hebreus 4.12: “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito.” Aqui temos a divisão de algo que é imaterial e intangível. A Palavra, por essa razão, é uma arma espiritual, agindo com uma espada na esfera espiritual, na verdade, “dividindo” coisas imateriais. A parte da Palavra que faz isso é a Palavra da cruz, dividindo a alma do espírito, primeiro por dar ao crente as distinções entre os dois, e segundo, separando os dois quando o crente rende-se às operações da Palavra da cruz, falando da morte com Cristo.
Mas como é feito o “cortar fora”? Como o Espírito de Deus aplica a cruz e efetua a morte-separação por meio da qual o espírito é libertado para estar unido a Cristo? Encontramos a resposta em Hebreus 4.12: “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito.” Aqui temos a divisão de algo que é imaterial e intangível. A Palavra, por essa razão, é uma arma espiritual, agindo com uma espada na esfera espiritual, na verdade, “dividindo” coisas imateriais. A parte da Palavra que faz isso é a Palavra da cruz, dividindo a alma do espírito, primeiro por dar ao crente as distinções entre os dois, e segundo, separando os dois quando o crente rende-se às operações da Palavra da cruz, falando da morte com Cristo.
O versículo também diz que a
Palavra discerne e revela os pensamentos, pois “todas as coisas estão
descobertas e patentes aos olhos Daquele a Quem temos de prestar contas.”
note que é o próprio Senhor usando a espada para cortar fora a velha vida.
Somente Ele sabe como manejar a “espada do Espírito”, que cortará como uma
faca, e, assim, o espírito é separado ou desemaranhado do enlace da alma.
Isso é psicológica e
experimentalmente verdadeiro. No livro do Dr. Andrew Murray, “Espírito de
Cristo”, ele dá no apêndice uma explanação muito clara da divisão da alma e do
espírito que precisa ser feita no crente. Ele explica como o homem caiu do
domínio do espírito sobre todo o seu ser, para a
alma, e depois como a alma mergulhou na carne, até que finalmente Deus disse do
homem: “Ele se tornou carne” (Gn 6.3). O
espírito do homem, diz o Dr. Murray, pé que, dento de nós, é capaz de conhecer
a Deus. a alma é o assento da auto-consciência, e o corpo o assento da
consciência sensorial.
Um entendimento da psicologia da
Bíblia é necessária para qualquer apreensão da vida plena de vitória por meio
do trabalho ungido de nosso Senhor Jesus Cristo. Há
mais a ser tratado dentro de nós do que o que chamados de pecado, e é mais do
que pecado o que impede nosso pleno conhecimento de Deus.
Para conhecer na experiência
real o lado vida da cruz, temos de conhecer não apenas a morte para o pecado,
mas a Palavra da cruz separando a alma do espírito, e,
deste modo o espírito é liberado para estar unido ao Senhor ressurreto. a alma
não é destruída nem o é a individualidade do crente. Não nos tornamos
autômatos, mas a alma, a personalidade, deve ser avivada a partir do espírito,
em vez de estar sob o domínio baixo da vida da natureza. Quando o espírito é,
desse modo, um espírito com o Senhor ressurreto, é via espírito, dentro da
mente, que experimentamos o guiar do Espírito e o íntimo conhecimento do Cristo
pessoal. É por meio de nosso espírito unido a Ele pelo Espírito Santo que O
conhecemos pessoalmente, pois o propósito toda da verdade é que O conheçamos tão bem como o poder de Sua
ressurreição.
Agora, voltemos a Colossenses 2.6,7
para mais luz sobre o significado das palavras “em cristo Jesus. “Ora, como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor,
assim andai nele”. Quando nós recebemos Cristo, por um simples ato de
fé, fomos colocados dentro Dele pela operação do Espírito de Deus. Cristo está
em nós, e nosso espírito está unido a Ele como O Ressurreto, mas também devemos
habitar “Nele” como uma esfera na qual andamos dia a dia.
Assim como começamos, devemos continuar simplesmente confiando Nele e contando
com Ele, e habitando Nele. O lado vida da cruz significa estar vivo para Deus
“em Cristo Jesus”.
“Nele radicados”, continua o apóstolo. Você
não pode estar enraizado em um lugar hoje, e em outro amanhã. Isso mostra
claramente a necessidade de nosso entendimento da cruz como a posição básica da
qual não devemos nunca sair. É na Sua morte que devemos estar enraizados. Não
podemos continuar numa vida na qual tomamos no passado a cruz ou avançamos para
qualquer alvo deixando a cruz para trás.
Fazer isso é como uma árvore rejeitando a própria raiz na terra. Temos de nos
considerar “mortos de fato para o pecado” e viver para Deus, mas isso é “em
Cristo Jesus”. “Nele temos de estar enraizados, e “Nele” ter nosso fundamento,
onde estamos continuamente edificados. Temos de estar continuamente firmando
nossas raízes profundamente em Sua morte.
Vamos ler João 3.16 e ver como o
estar “em Cristo Jesus” começou no estágio inicial de nossa nova vida. Lemos: “Deus
amou ao mundo de tal maneira, para que todo aquele que Nele crer” tenha
vida. Somos colocados “dentro” Dele em Sua morte, e depois “dentro” Dele em
Sua vida, no lado da ressurreição da cruz,
“radicados Nele”. Por isso, “persevere firmemente em sua fé”. Quando você
recebeu Cristo Jesus, o Senhor, você creu para dentro Dele, agora permaneça
Nele, enraíze-se Nele, tenha sua fundação Nele, tenha sua vida espiritual
edificada Nele.
Agora, vamos para Colossenses
2.9-11: “Nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade”. Quando habitamos Nele, temos a “plenitude” do
Espírito. Você morreu com Ele; agora, unido em espírito a Ele, habite Nele e
você estará num oceano de vida. Nele habita toda a plenitude da divindade na
forma humana, e Nele você tem sua plenitude, pois Ele é a Cabeça de todo
principado e potestade. “Se alguém está em Cristo, é nova criação: as coisas antigas já
passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17). Pois, em Cristo Jesus, “nem a circuncisão é coisa
alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura” (Gl 6.15). “Em Cristo Jesus” nada é feito para depender de
qualquer coisa externa. “Em Cristo Jesus” nada tem proveito, nada serve para
qualquer uso, nada é de valor algum, a não ser ser uma nova criação.
Agora vamos para Efésios
2.4-6: “Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que
nos amou, e estando nós mortos em nosso delitos, nos deu vida juntamente com
Cristo (…) e juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares
celestiais em Cristo Jesus.”
Em Cristo está nossa raiz e nosso fundamento, dos quais não devemos nos mover,
e aqui vemos o resultado daquela posição de morte. Unidos a Ele em espírito,
estamos assentados com Ele em espírito “nos céus”. “Crucificados com Ele”, somos chamados para
partilhar de Sua vida, “porque morrestes e a vossa vida está oculta
juntamente com Cristo em Deus” (Cl 3.3).
Poder de ressurreição é poder de exaltação. Unir-se ao Ressurreto pode exaltar
seu espírito e mantê-lo “acima de tudo” em Cristo; por mais profundamente que o
espírito possa ter estado sob a escravidão da carne, ou mesclado com a vida de
natureza da alma; estamos “assentados com Ele nos Céus” pela
união com Ele que, em Sua ascensão, “assentou”. Unidos a Ele, Ele
nos sustenta quando habitamos e descansamos Nele
Fonte: Extraído da extinta
revista O Chamamento Celestial – Ano 2 – Nº 5 – Julho de 2000.
Revisado por Francisco Nunes. Colunista do
Blog Campos de Boás
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