John Bevere - OFENSA, O MAIOR INIMIGO DO CRISTÃO
Qualquer
pessoa que já tenha feito uma armadilha para animais sabe que precisa de duas
coisas para obter sucesso: ela deve estar bem escondida, e deve haver uma isca para atrair o animal. O
inimigo de nossa alma, incorpora essas duas estratégias para montar suas mais
mortais e enganadoras armadilhas. Elas estão sempre bem escondidas e com iscas.
Satanás, É sutil e seu maior deleite está no engano. É astuto e ardiloso quando
opera , e ele pode disfarçar-se como anjo de luz. Se não formos treinados pela
Palavra de Deus para separar corretamente o que é bom do que é mau, não
reconheceremos suas armadilhas como realmente são.
Uma de suas iscas
mais enganosas e traiçoeiras é a ofensa.
Na realidade, a ofensa não é a armadilha,
ela é a isca na armadilha. Mas, se a
pegarmos, a consumirmos e alimentamos
nossos corações com ela, ficaremos escandalizados e vamos ter dor, raiva, ciúme, ressentimento, amargura, ódio e inveja. Algumas das conseqüências de permitirmos ser escandalizados são insultos, ataques, divisão, separação, relacionamentos quebrados, traição e tropeço e são estas coisas que nos levam a pecar.
mais enganosas e traiçoeiras é a ofensa.
Na realidade, a ofensa não é a armadilha,
ela é a isca na armadilha. Mas, se a
pegarmos, a consumirmos e alimentamos
nossos corações com ela, ficaremos escandalizados e vamos ter dor, raiva, ciúme, ressentimento, amargura, ódio e inveja. Algumas das conseqüências de permitirmos ser escandalizados são insultos, ataques, divisão, separação, relacionamentos quebrados, traição e tropeço e são estas coisas que nos levam a pecar.
Os
escândalos são inevitáveis( Lc 17.1 ), mas estar livre da ofensa é a chave para
não se escandalizar.
O
conhecimento aumentou assustadoramente, em nossas igrejas. Mas, mesmo com esse
aumento, passamos por mais divisões entre crentes, lideres e congregações. A
razão: a ofensa é violenta quando vem da falta de amor genuíno. "O saber
ensoberbece, mas o amor edifica" (1 Co 8:1). Muitos não conseguem
responder ao chamado por causa das feridas e da mágoa que as ofensas causaram à
vida deles.
Eles estão
incapacitados e impedidos de usar todo o seu potencial. Muito freqüentemente,
foi um outro crente que causou a ferida. Isso faz com que a ofensa pareça uma
traição. No Salmo 55:12-14 Davi lamenta-se: Com efeito, não é inimigo que me
afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem é o que me odeia quem se exalta
contra mim, pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu
companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e
íamos com a multidão à Casa de Deus.
Quanto mais
estreita a relação, maior a ofensa! Os maiores sentimentos de ódio estão entre
aqueles que um dia foram próximos “ ferrolhos de um castelo ... “
Os casos
mais terríveis estão nas audiências de divórcio e partilha de herança.
Verdade
seja dita: apenas aqueles com quem você se importa são capazes de feri-lo. Você
tem uma expectativa maior em relação a eles - afinal, você deu mais de você a
eles. Quanto maior a expectativa, maior a queda. O egoísmo impera em nossa
sociedade. Os homens e as mulheres estão preparando-se
para a rejeição e a dor que os outros lhes podem causar. Isso não
deveria ser uma surpresa para nós. A Bíblia é bem clara que nos últimos dias os
homens serão "egoístas" (2 Tm 3:2). Muitos estão feridos, amargurados
e machucados. Estão ofendidos, mas não conseguem perceber que caíram na
armadilha de Satanás. É nossa culpa? Jesus deixou claro que é inevitável que
sejamos escandalizados. Mesmo assim, muitos crentes ficam chocados, confusos e,
até mesmo, surpresos quando isso acontece. Acreditamos que somos os únicos a
sofrer uma ofensa. Isso nos deixa vulneráveis à raiz de amargura. Assim, devemos estar preparados e armados contra a ofensa e
contra o escândalo, porque nossa reação determina nosso futuro.
O escândalo
e a ofensa são ferramentas do diabo para levar as pessoas cativas. Paulo
instruiu o jovem Timóteo: “Ora, é necessário que o servo do
Senhor não viva a contender, e sim
deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com
mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o
arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à
sensatez, livrando-se eles dos laços do
diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade (2 Tm
2:24-26 - Destaque
acrescido)
Aqueles que vivem a contender, e que se opõem, caem na armadilha e são feitos
prisioneiros para fazer a vontade do diabo. E o que é mais alarmante
é que não sabem que foram cativos! Como o filho pródigo, precisam acordar para
sua verdadeira condição. Precisam perceber que estão vomitando água amarga em vez
de água pura. Quando a pessoa é enganada, acredita que está certa, mesmo quando
não está. Independentemente da situação,
Podemos
dividir os ofendidos em duas, grandes categorias: a) aqueles que foram
injustiçados ou b) aqueles que acreditam que foram injustiçados. As pessoas
da segunda categoria acreditam de todo o coração que foram traídas. Geralmente,
a conclusão a que chegam provém de informações incorretas; ou a informação está
correta, mas a conclusão está distorcida. De qualquer forma, elas estão feridas
e seu entendimento obscurecido. Julgam por dedução, aparência e rumor. A
verdadeira condição do coração Uma forma de o inimigo usar a pessoa escandalizada é
mantendo a ofensa escondida, num manto de orgulho. O orgulho nos
impedirá de admitir nossa verdadeira condição. Certa vez fui severamente
magoado por alguns ministros. As pessoas diziam “Não acredito que eles fizeram
isso com você. Você está magoado?” Eu respondia rapidamente: "Não, estou
bem. Não estou magoado”. Sabia que estava errado em sentir-me escandalizado e
ofendido, mas o que fiz, então, foi negar e reprimir esse sentimento.
Convenci-me de que não estava ressentido, mas na realidade estava, e muito. O
orgulho mascarou a verdadeira condição do meu coração. O orgulho nos impede de
lidar com a verdade. Ele distorce nossa visão. Nunca mudaremos se acreditarmos
que estamos bem. O orgulho endurece o coração e obscurece os olhos do
entendimento. Impede a mudança - o arrependimento - que nos vai libertar (veja
2 Tm 2:24-26).
O orgulho faz com que nos vejamos
como vítimas. A nossa atitude, então, é: "Fui maltratado e mal-entendido;
então, tenho justificativa para meu comportamento". Porque achamos que somos inocentes e
que fomos falsamente acusados, retemos o perdão. Embora a verdadeira condição
do coração esteja escondida aos nossos olhos, não está escondida de Deus. Só
porque fomos maltratados não podemos nos agarrar à ofensa. A Cura No livro de
Apocalipse, Jesus se dirige à igreja de Laodicéia dizendo, inicialmente, como
eles se vêem como pessoas ricas, abastadas, sem precisar de coisa alguma e
depois expõe a verdadeira condição - eles eram infelizes, miseráveis, pobres,
cegos e nus (Ap 3:14-20). Eles confundiram sua força financeira com a
espiritual. O orgulho escondeu sua verdadeira condição. Muitos são assim em
nossos dias. Não enxergam a verdadeira condição de seu coração da mesma forma
como fui incapaz de enxergar meu ressentimento contra aqueles ministros.
Havia-me convencido de que não estava magoado. Jesus diz ao povo de Laodicéia como sair do engano: comprando o
ouro de Deus e vendo sua verdadeira condição. Comprar o Ouro De DEUS A primeira instrução
de Jesus para nos livrar do engano é comprando ouro refinado pelo fogo (Ap
3:18). O ouro refinado é maleável e não pode ser corroído. Só
quando é misturado a outros metais (cobre, ferro, níquel e assim por diante) é
que se torna duro, menos maleável e mais corrosivo. A mistura é chamada liga.
Quanto mais alta a porcentagem de metais estranhos, mais duro ouro fica.
Inversamente, quanto mais baixa a porcentagem de liga, mais maleável e
flexível. Imediatamente vemos o paralelo: o coração puro é como o ouro - maleável e flexível.
Hebreus 3:13 nos diz que o coração pode ser
endurecido através do engano do pecado! Se não conseguimos lidar com uma ofensa,
ela vai produzir mais fruto de pecado, como amargura, ódio e ressentimento. Essas substâncias misturadas
endurecem o coração, assim como as ligas fazem com o ouro. Elas reduzem ou tiram a ternura, causando
uma grande insensibilidade. Somos, dessa forma, impedidos de ouvir a voz de
Deus. Nossa capacidade visual é obscurecida. Cria-se um ambiente perfeito para
o engano. O primeiro passo no refino do ouro é pulverizá-lo e
misturá-lo a uma substância chamada solvente. Essa mistura é levada ao forno em
alta temperatura, as ligas e impurezas são atraídas ao solvente e levadas a
superfície. O ouro (que é mais pesado) permanece no fundo. As Impurezas ou
escória (como cobre, ferro e zinco, combinados com o solvente, são removidas,
rendendo um metal mais puro. Note o que Deus nos diz: "Eis que te acrisolei, mas
disso não resultou prata; provei-te na fornalha da aflição" (Is 48:10).
E também:
Nisto exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais
contristados por várias provações, para que, unta vez confirmado o valor da
vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo,
redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:6, 7)
. Deus refina com aflição, tribulação e provação e separa as impurezas com
falta de perdão, amargura, ódio e inveja e imprime o seu caráter em nós.
O pecado facilmente se esconde onde
não há o calor das provações e aflições. Em épocas de prosperidade e sucesso,
até mesmo o ímpio parece generoso e gentil. Sob o calor das provações, as
impurezas vêem a tona. Houve uma fase em minha vida que passei por uma provação
que nunca havia experimentado. Tornei-me grosseiro e áspero para com os que me
eram mais queridos. Minha família e meus amigos começaram a me evitar. Eu
clamei ao Senhor: "De onde vem todo este ódio? Ele não estava aqui
antes!" O Senhor me respondeu: "Filho, quando o ouro é liquefeito, as
impurezas aparecem". Então, Ele me fez uma pergunta que mudou minha vida:
"Você consegue ver as impurezas do ouro antes de que seja levado ao fogo?
"Não", respondi. "Mas não significa que não estejam lá. Quando o
fogo das provações o atinge, essas impurezas vêm à tona. Embora lhe pareçam
escondidas, elas são sempre visíveis para mim. Agora você tem uma escolha que
poderá mudar seu futuro: pode permanecer com raiva, culpando sua esposa, seus
amigos, o pastor e até mesmo as pessoas com quem trabalha ou você pode ver a
escória como ela verdadeiramente é e se arrepender, receber perdão, e Eu
pegarei minha pá e removerei as impurezas de sua vida."
1. Veja sua condição Jesus disse que
nossa habilidade de enxergar corretamente é outra chave para nos livrarmos do
engano. Geralmente, quando somos ofendidos nos vemos como vítimas e culpamos
aqueles que nos magoaram. Justificamos a amargura, a falta de perdão, a raiva,
a inveja e ressentimento quando eles vêm à tona. Algumas vezes, até mesmo nos
ressentimos com aqueles que nos fazem lembrar dos que nos magoaram. Por essa razão, Jesus
nos aconselha a ungir nossos olhos com colírio, para que vejamos (Ap.3.18)
Vejamos o quê? Nossa verdadeira condição! Este é o único modo de conseguirmos
"ser zelosos e nos arrependermos" conforme Jesus nos manda fazer. Só
nos arrependemos quando paramos de culpar os outros. Quando culpamos outras
pessoas e defendemos nossa posição, estamos cegos. Lutamos para remover o
argueiro do olho de nosso irmão enquanto temos uma trave em nosso próprio olho.
É a revelação da verdade que nos traz liberdade. Quando o Espírito de Deus nos
revela o pecado sempre o faz de tal forma que é separado de nós. Somos, então,
convencidos, e não condenados. Minha oração é que, à medida que você for lendo
este livro, a Palavra de Deus ilumine seus olhos do entendimento para que veja
sua verdadeira condição e livre-se da ofensa que guarda. Não permita que o
orgulho o impeça de enxergar e arrepender-se. Construímos muros, quando somos
feridos, para salvaguardar nosso coração e prevenir futuras feridas. °