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30 de junho de 2015

A INESQUECÍVEL Lottie Moon -

“Se tivesse mil vidas, eu dá-las-ia todas pelas mulheres da China”, disse Lottie Moon. Estas palavras foram um testemunho do quanto Cristo a tinha mudado. Ela não fora sempre tão dedicada. Pelo contrário, quando ela criança que foi chamada de "diabo" por causa da sua atitude desafiadora.







 "Quantos milhões de almas ainda terão de morreu sem ouvir o nome de Jesus"-Lottie Moon




1840 - 24 de dezembro de 1912) foi uma missionária norte-americana baptista do sul na China, que trabalhou sob a Junta de Missões Estrangeiras (Foreign Mission Board), tendo passado quase 40 anos (1873-1912), ajudando os chineses.

 “Não pode haver certamente alegria maior do que salvar almas”.

“O mundo é o campo e onde quer que haja um lar para ser transformado ou uma alma a ser redimida, há trabalho para a mulher que quer servir a Cristo”.

Os tempos passam, mas ainda não se descobriu nada melhor dentre o que tem sido usado por Deus para despertar, inspirar e confirmar vocações missionárias do que o contato com as biografias de grandes missionários. Assim tem sido durante toda a história do movimento missionário protestante. Os Irmãos Morávios inspiraram Wesley e Carey, que inspirou a tantos outros; Livingstone inspirou Mary Slessor, Brainerd inspirou Jim Elliot... a lista é extensa. É verdadeiro o ditado que diz que “a palavra convence, o exemplo arrasta.”

Hoje é comum a gente ver missionárias solteiras. Nem sempre foi assim. E elas tiveram que lutar muito pela igualdade.
Uma das que mais batalharam por este direito foi a norte-americana Lottie Moon.Na faculdade, teve uma marcante experiência religiosa durante uma série de conferências, lembrada por ela com as seguintes palavras:

– Fui ao culto para criticar e voltei ao meu quarto para passar a noite em oração. Pouco tempo depois, em plena guerra civil, ela se formou no grupo das cinco primeiras mulheres do sul dos Estados Unidos a completarem um curso superior. Logo após a morte de sua mãe, a irmã mais nova, Edmonia, foi nomeada como missionária na China. No ano seguinte, Lottie foi atrás.A irmã não aguentou o trabalho e voltou. Lottie continuou na China. Isso a deixou muito deprimida. Nessa época, recebeu uma carta de um antigo namorado, propondo que se casassem e fossem atuar como missionários no Japão. Ela pensou muito e concluiu que era melhor continuar na China.

O trabalho não ia bem. Seu desejo era `andar entre os milhões’ como evangelista. Não foi o que aconteceu. Como era mulher, acharam que só podia ser professora. Ela protestou, bem ao seu estilo:
– Relegar as mulheres a tais papéis é a maior insensatez das missões modernas. Desejo levar o Evangelho ao maior número de pessoas que eu possa alcançar. Não posso fazer, ao mesmo tempo, o trabalho da escola e o do interior. (...) Se posso optar entre escola e evangelização, prefiro as aldeias.

Por fim, depois de 12 anos na China, mudou-se para outra cidade, para um trabalho pioneiro de evangelização. Não foi fácil. Como método e para não escandalizar o povo, tornou sua casa uma espécie de centro de reunião. Deixou de comprar comida estrangeira, acostumou-se com a comida chinesa e passou a se vestir à chinesa também. Essa identificação foi a chave do sucesso. Cinco anos depois, foram batizadas cinco pessoas por um missionário especialmente convidado. Lottie dividia o tempo entre duas cidades. Em Ping-tu evangelizava diretamente e em Tengchou treinava novos missionários.
 Q
" Quantos ainda pensam que se jesus já fez tudo eles não precisam fazer mais nada, se esquecendo de que a razão porque foram salvos é para que seguissem as pegadas de Jesus trazendo de volta o mundo perdido para se reconciliar com Deus"-Lottie Moon
Mas havia uma outra frente missionária: eram as cartas, sempre sinceras e desafiadoras, que mandava para os batistas dos Estados Unidos, especialmente a mulheres. Por meio dessas cartas, sugeriu que as mulheres fizessem uma semana de oração e oferta para as juntas missionárias:

– Será necessário dizer por que deve ser preferida a semana antes do Natal? Não é esta época festiva, quando os membros de uma família e os seus amigos trocam presentes em memória da Dádiva oferecida no altar do mundo para a redenção da raça humana, o tempo mais apropriado para que consagremos uma parte, quer da abundante riqueza, quer da extrema pobreza, às boas novas de grande alegria para todo o mundo.

A resposta foi pronta. As mulheres se mobilizaram. A oferta é até hoje muito importante para o sustento da obra missionária dos batistas ao redor do mundo, inclusive no Brasil. A cada natal são levantados mais de dois bilhões de reais; é o que os americanos chamam de `Oferta de Natal Lottie Moon’.

Quase ao final de sua vida, essa missionária teve que enfrentar uma outra batalha. A China e o Japão declararam guerra. A cidade onde Lottie morava estava bem no centro do conflito.Assim, um dia, ao chegar em casa, descobriu um grande buraco na parede de seu quarto. Era a bala de um canhão que passara por cima de sua cama, para cair no quintal. Nem por isto deixou de dormir em sua casa, chamada de `Pequena Encruzilhada’.

A situação foi ficando difícil. Em meio à guerra, os crentes começaram a ser perseguidos. Lottie teve que fugir para o Japão. Seu desejo era voltar. E ela o fez, para enfrentar uma outra e última batalha. A China estava sendo assolada pela varíola, pela seca e pela fome. As escolas tiveram que ser fechadas. Centenas de crentes morreram. Lottie fez tudo o que pôde; deu todo o dinheiro que possuía. Deprimida pelo que via diariamente, ficou sem comer. Logo ficou também doente. Quando o médico chegou, descobriu que Lottie Moon estava morrendo de inanição. Seus colegas providenciaram uma passagem de volta para os Estados Unidos, acompanhada de uma enfermeira. Era tarde demais. Ela morreu no navio, aos 72 anos de idade, já na costa do Japão. Seu martírio foi diferente dos de Policarpo de Smirna e Balthasar Hubmaier. Como estes, no entanto, morreu como conseqüência do seu compromisso de ser fiel até à morte.

O jornal de missões do seu país escreveu: `Lottie Moon era o melhor homem entre os nossos missionários’. Os batistas e a igreja em geral devem muito a essa defensora da igualdade entre homens e mulheres e dessa impulsionadora do espírito missionário.


PRINCIPAIS MOMENTOS

Nome: 
Charlotte (Lottie) Diggs Moon
Nascimento: 1840
Países: Estados Unidos e China
Cidades: Tengchou, Ping-tu
Morte: 1912
Causa da Morte: Inanição (fome)


 
Com 10 anos de idade, Lottie Moon já tinha visto muita coisa ruim na igreja e estava totalmente desanimada com os cristãos. Ela achava que a maior perda de tempo era ser um missionário em terras estranhas. Mas em uma reviravolta, que somente o senhor podia orquestrar, esta jovem virtuosa e cheia de vida cresceu e se tornou a mais qualificada mulher do sul dos estados unidos a aceitar um chamado de missões para a china.
 
ÓH DEUS, EM CRISTO JESUS O SENHOR TROUXE OS QUE ESTAVAM LONGE E OS QUE ESTAVAM PERTO, NÓS TE LOUVAMOS POR O SENHOR TER LEVANTADO SUA SERVA LOTTIE MOON COM ARDENTE ZELO MISSIONÁRIO E POR ELA TER TESTEMUNHADO DE SEU EVANGELHO NA CHINA ATÉ O FINAL DE SUA VIDA. CRIA EM NÓS ESSE MESMO DESEJO PARA TRABALHARMOS EMTODO O MUNDO E NOS DÊ GRAÇA PARA REALIZARMOS TUA OBRA
Ela viu muitos de seus colegas missionaries cairem doentes, exaustos, com depressão mental e emocional e viu até muitos cairem mortos ao seu lado, mas ela sempre permaneceu firme dizendo que qualquer coisa valia a pena se fosse para tornar o nome de jesus conhecido na china.


O sacrifício alegre era a tônica da mensagem da inesquecível  Lottie Moon e a a sua alegria e gozo em servir os outros influenciaram centenas de novos missionários no sul dos estados unidos. Sua palavra era sempre a mesma: como posso dar tão pouco de mim se jesus  entregou toda a vida dele para salvar a minha?



28 de junho de 2015

WILLIAM GRIMSHAL Quando o céu desceu na terra - testemunhos do avivamento de Yorkshire







Em  1742, nosso querido Senhor se agradou em visitar minha paróquia,” escreveu William Grimshaw ao descrever o mover de Deus que se manifestou na pequena vila de  Haworth, uma comunidade rural no norte da Inglaterra. A ação de Deus começou de forma bem suave e somente algumas almas foram despertadas pelo poder da palavra do Senhor. Mas, apesar deste humilde começo, um grande avivamento começou a se levantar em toda aquela região. 

A pregação de Grimshaw porém era extremamente simples e ele era uma pessoa muito carismática. Um comerciante local escreveu sobre ele, “ Ele começou a pregar sobre Cristo e a necessidade da conversão praticamente sem conhecimento acadêmico e absolutamente sem nenhuma técnica ou sabedoria humana.” Henry Venn confirma que as primeiras pregações de  Grimshaw abalava muita a indiferença de seus ouvintes e trazia a muitos, profunda convicção de pecado.
 
O caminho espiritual de Grimshaw foi muito semelhante ao de John Bunyan e como Bunyan, ele costumava a dizer: “ Eu prego o que sinto, mesmo quando minha pobre alma geme e treme” A lei de Deus e a punição divina para o pecado eram seus temas favoritos.



Muitos dos que iam ouvir os sermões de Grimshal se conscientizavam de estado miserável de suas almas, da grande ofensa que o pecado do homem faz ao caráter santo de Deus e choravam abertamente, pois o pregador apresentava as verdades bíblicas de maneira tão vívida e poderosa, que centenas de pessoas vinham para a igreja ouvir este magistral pregador.
A congregação inteira se comovia quase incontrolavelmente temendo a ira do Senhor sobre seus atos de impiedade. Um de seus ouvintes assim o descreveu: “parecia que Deus bradava dos céus como um trovão e de repente a tempestade divina passava e muitos podiam ver pela fé um buraco na negritude da tormenta que dava para um céu azul e tranqüilo, e essa porta era Jesus, que chorou sobre Jerusalém e se comoveu com o seu estado de perdição
 

“Muitos nessa época de avivamento precisavam assistir os cultos do lado de fora, pois dentro do prédio da igreja não cabia mais o povo”. A cada domingo, o templo de  Haworth lotava e os que ouviam a palavra, no outro domingo traziam amigos e familiares.



Durante 18 meses o mover de Deus se manifestou abundantemente em Haworth e outras partes de Yorkshire.
e nesse tempo, Joseph Williams escreveu:


Havia nesse avivamento uma diversidade de mover do Espírito Santo. Raramente as pessoas eram trazidas ao arrependimento da mesma maneira. Uns eram tomados pelo terror de Deus e vinham gemendo e chorando para o altar, outros sentiam ondas de amor e misericórdia. Uns se arrependiam e imediatamente se agregavam a igreja, outros lutavam com Deus por semanas, outros ainda se revoltavam contra a palavra e se tornavam furiosos oponentes
 

Mas uma das marcas deste mover era a intensidade emocional que as pessoas colocavam para fora,enquanto adoravam a Deus, tamanha era a sede e a vontade de se livrar da religião morta.
O próprio  Grimshaw escreveu: “Como era maravilhosos ouvir e ver as pessoa chorarem copiosamente debaixo da unção do Senhor, alguns gemiam e se contorciam de agonia, pois o convencimento gerado pelo Espírito era muito grande e o temor de Deus podia quase ser tocado, de tão densa que estava a glória de Deus no local. Eu tinha certeza que o homem não tinha na da a ver com aquilo, era algo vindo dos céus.
Tais fenômenos que aconteciam no tempo dos primeiros avivamento pareciam ser inesperados e espontâneos e  Grimshaw logo percebeu que poderiam ser perigosos no sentido de tirar a atenção de quem operava as maravilhas, no caso Jesus Cristo para colocar o foco nos sinais e nas manifestações e isso poderia ser danoso para o trabalho cristão.  Como   John e Charles Wesley, ele também entendeu que como Satanás não pode impedir a obra do Espírito Santo, ele tenta confundi-las, tirando o foco de Cristo e de sua palavra e colocando nas emoções e nos sinais visando levar o trabalho do Senhor ao descrédito e a confusão.


Entre 1774 e 1745 Grimshal começou a pregar fora de sua paróquia, além do que sua licença permitia, prática que caracterizou Wesley e John Cennick no início do movimento metodista, pois a necessidade do povo demandava ir além de onde a fronteira da religião permitia. Naqueles tempos. a Igreja da Inglaterra estava em decadência espiritual e Grimshal não podia esperar as pessoas morrerem sem Cristo, por isso ele agiu depressa, movido pelo zelo e pela vontade de agradar a Deus e mesmo sem autorização começou a pregar fora de sua paróquia.
 
Muitas criticas foram feitas aos métodos de Grimshaw e ao seu discurso agressivo e direto, mas o efeito de sua pregação era inegável, pois as pessoas começaram a ter prazer em servir a Deus , onde antes o serviam por obrigação e costume. Lares  devastados pelo álcool e pela crueldade foram restaurados, famílias que por anos não se visitavam foram reconciliadas debaixo deste poderoso ministério” Sua palavra sempre foi simples e direta, como ele mesmo escreveu: “Eu moro nesta cidade de  Haworth e aqui é a minha casa e tanto aqui como em qualquer outro lugar sempre pregarei a Cristo e este crucificado e trabalharei para levar as pessoas a seus pés, pois todos os pecadores perdidos que eu vi terem um encontro real com  Cristo, saíram de sua presença cheios da graça e da glória de Deus.”



19 de junho de 2015

Johann arndt O pai do pietismo alemão

Johann arndt     
O pietismo:
      A necessidade de nascer de novo
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  Em meados do século XVII, o ímpeto da igreja luterana tinha decaído notavelmente na Alemanha. O fogo inicial da Reforma tinha decaído progressivamente em uma morna religião institucionalizada. O ardor espiritual tinha cedido o seu lugar a uma ortodoxia fria e altamente intelectualizada. A fé se  converteu, por obra de teólogos posteriores a Lutero, em pouco mais que uma série de verdades doutrinários em forma de proposições teológicas, transmitidas de uma geração para outra. E também, na matéria de um debate interminável com outros credos e confissões protestantes.


 O cristianismo autêntico era considerado como mera correção doutrinária e sacramental, sem importar a condição espiritual e moral dos crentes. O papel dos assim chamados «laicos» era meramente passivo, e se reduzia a aceitar os dogmas da igreja e receber os sacramentos. Essa era a «suma» da vida cristã naqueles dias. Claramente, tratava-se de um território muito árido  para o desenvolvimento da vida interior do Espírito. Em conseqüência, o estado espiritual dos crentes era, em geral, muito deplorável.
O pietismo  foi uma reação contra este estado de coisas no interior da igreja luterana. Os pietistas não rejeitavam a reforma nem a teologia de Lutero; mas as consideravam incompletas.  
Costumavam chamar à ortodoxia luterana uma «ortodoxia morta», porque não revelava nenhuma realidade espiritual. De fato, um dos seus lemas favoritos era: « Qualquer coisa é melhor  que uma ortodoxia morta». Por isso, punham uma grandeênfase na necessidade de uma fé viva e real, experimentada no coração, que fizesse diferença visível entre o cristianismo verdadeiro e o falso.
Na verdade, deviam lutar com a pesada herança de Lutero e sua igreja estatal da Alemanha, onde era impossível distinguir entre crentes e não crentes. Os pietistas procuraram zelosamente fazer visível a autêntica igreja de Cristo e distingui-la dos falsos crentes.
Para obter o seu objetivo, seguiram um caminho próprio e original. Negaram em se separar da igreja luterana e tentaram reformá-la por dentro. Tentaram aproximar-se o máximo ao modelo de igreja do Novo Testamento, criando uma espécie de «pequena igreja dentro da igreja» onde se praticava o sacerdócio de todos os crentes – verdade fundamental do luteranismo, carente de expressão real até então.
Assim, o seu lema foi «A Reforma segue em marcha».
Admiravam e aceitavam a teologia de Lutero, mas consideravam que o reformador deixou a sua obra inconclusa. Paradoxalmente, o seu maior êxito foi obtido fora dos muros de sua querida confissão luterana. Outros crentes tomariam o seu estandarte e ensinos para canalizá-las em uma poderosa corrente espiritual cujas conseqüências seguem hoje plenamente vigentes.

  Os começos
     Muitos historiadores coincidem em assinalar a Johann Arndt como o precursor do pietismo. Em 1610 publicou um livro que seria considerado ‘a Bíblia’ do movimento, chamado «Quatro   livros sobre o cristianismo verdadeiro». Nele enfatizava a necessidade de que todo cristão passe pela experiência do novo nascimento.  A vida cristã devia ser vivida, de acordo com ele, em uma união  viva e vital com Cristo. Argumentava, além disso, que a pureza doutrinária seria mantida melhor por uma vida santa que pelas  disputas teológicas.
Arndt não fez, no estrito sentido, parte do movimento pietista, mas contribuiu profundamente para modelar o seu espírito e vocação característicos. O seu livro circulou amplamente por toda a Alemanha e alcançou uma fama superada apenas pela própria Bíblia.

A fama de Arndt repousa em seus escritos. Estes eram principalmente de um tipo místico, devocional, e inspirados por São Bernardo, Johannes Tauler e Thomas à Kempis. Sua principal obra, Wahres Christentum (livro 1: 1605; livros 1-4: 1606-1610), isto é, "Verdadeiro Cristianismo", que foi traduzida na maioria das línguas europeias, tem servido de base para muitos livros de devoção, católicos e protestantes. Nelas, Arndt se preocupa com a união mística entre o crente e Cristo, e esforça-se, chamando a atenção para a vida de Cristo em Seu povo, para corrigir o lado puramente legal da teologia da Reforma, que prestou atenção quase exclusiva à morte de Cristo por Seu povo.


Assim como Martinho Lutero, Arndt gostava muito do pequeno livro anônimo, Theologia Germanica. Publicou uma edição dele e chamou a atenção para os seus méritos em um prefácio especial. Depois de Wahres Christentum, a obra mais conhecida de Arndt é Paradiesgärtlein aller christlichen Tugenden, que foi publicada em 1612. Os dois livros foram traduzidos para o inglês: Paradiesgärtlein com o título the Garden of Paradise, e Wahres Christentum como True Christianity. Vários de seus sermões foram publicados no Buch der Predigten (1858), de R. Nesselmann. Uma edição de coleção de suas obras foi publicada em Leipzig e Görlitz em 1734.




Arndt foi tido sempre em grande consideração pelos pietistas alemães. O fundador do Pietismo, Philipp Jakob Spener, repetidamente, chamou a atenção para ele e seus escritos, e chegou mesmo ao ponto de compará-lo com Platão.





15 de junho de 2015

THOMAS GUTHRIE Grande pregador Escocês

 
THOMAS GUTHRIE

 Foi um dos grandes pregadores da Escócia, que além de fabuloso orador amava as crianças carentes e foi um dos primeiros evangélicos a levantar um ministério de ajuda para crianças pobres.

Dicionário de ardentes Palavras
Se o mundo tem de ser cada vez mais conquistado por nosso Senhor, não é por ministros, nem por detentores de um cargo, nem pelo grande e nobre e poderoso, mas por todos os membros do corpo de Cristo que diariamente seguem fazendo o seu trabalho; enchendo sua própria esfera; segurando seu próprio posto; e dizendo a Jesus: "Senhor, que queres que eu faça?"
·        JESUS
·        São aqueles que o glorificam, que gozam de seus favores; São os que não o negam que também não serão negados por Ele; São os que  trabalham por Ele na terra, que devem descansar com Ele no céu; São os que carregam a  sua cruz, que devem vestir a coroa; São os que buscam abençoar os outros, que serão abençoados.
·         
·        A fé é a espinha dorsal da sociedade e a fundação da família; remover a fé entre eles, fará os três caírem em pedaços. Não há um lar feliz na terra, que não esteja alicerçado na fé; nossas cabeças estão apoiada sobre a fé, dormimos à noite em seus braços  e andamos com uma maior segurança por causa de nossa fé. A nossa fé em Deus nos trás uma vida de segurança, paz e prosperidade.
·         .
·        O que é Deus? 
·        O telescópio que nos faz conversar as estrelas, o microscópio que desvenda os segredos da natureza, o cadinho do químico, a faca do anatomista, as faculdades de reflexão do filósofo, todos os instrumentos comuns da ciência, de nada adiantam quando falamos sobre Deus. No limiar do mistério impenetrável , uma voz prende nossos passos. De fora das nuvens e escuridão que estão ao redor do trono de Deus, vem a pergunta: "Podes tu, ó mortal compreender a largura, o comprimento e a profundidade do Todo-Poderoso? Podes entender o mover do seu pavilhão?" Quem primeiro deu a Ele e depois recebeu?
·        É o tempo que enfraquece todas as outras coisas, mas tem fortalecido a posição inexpugnável da fé do crente, bem como a sua esperança e confiança. E como, ano após ano, a árvore acrescenta outro anel em sua circunferência, cada idade tem acrescentado o testemunho de seus eventos para esta grande verdade.  "Secou-se a erva, e cai a flor a, mas a palavra do Senhor, durará para sempre."
·        Com o sangue de Cristo para lavar a culpa mais horrenda, e com o Espírito de Deus para santificar o mais vil pecador, e reforçar o caráter mais fraco, eu não desisto de ninguém. Tarde demais! Nunca é tarde demais. Mesmo na velhice, cambaleando perto da  sepultura sob o peso de 90 anos e uma grande carga de culpa, ainda é possível refazer seus passos e começar uma nova vida. Esperando a infinita graça cair como um raio de sol na cabeça grisalha. Mesmo a mais terrível tempestade um dia terá de ir embora para dar lugar a mais uma manhã dourada pelos raios do sol. Nunca é tarde para buscar o Senhor!
·        Pecado! Ò pecado! Você é uma coisa odiosa e horrível, uma coisa abominável que Deus odeia. E que espanto? Você tem insultado a santa majestade do Senhor; Você tem roubado  dele muitos filhos amados. Você já crucificou o Filho do seu amor infinito; Você desafiou o seu poder; desprezou Sua graça; e o corpo e o sangue de Jesus, você requereu por pagamento, como se isso fosse uma coisa comum, você ainda tem pisado em Sua misericórdia incomparável. Certamente, porém, irmãos, a maravilha das maravilhas é, que o pecado não é aquela coisa abominável que eu também odeio.
·        Não é com pressa ou com um trampolim mágico que vamos atingir o caráter de Cristo e conseguir a Santidade perfeita; mas passo a passo, pé por pé, mão sobre mão, vamos lentamente e muitas vezes dolorosamente para subir a escada que repousa na terra, e sobe para o céu.
·          
·         Espalhe dinheiro em uma multidão, como eles lutam por ele; oferte pão com o faminto, como avidamente eles vão comer até o fim; jogue uma corda para o afogamento, como ele rapidamente vai agarrá-la! Com entusiasmo e fervor como pode o Espírito de Deus não conseguir convencer você a se entregar totalmente a Cristo?

·        Meu pequeno companheiro, cerca de quatro anos de idade, filho de um amigo meu, a quem eu trouxe comigo, não teve problemas nenhum com nossa viajem. A viajem foi difícil, o carro quebrou, os ladrões levaram nossas coisas, tivemos que pegar um trem, o trem descarrilhou, passamos por grandes apuros, mas a pequena criança permaneceu tranqüila, pois seu pai estava com ela. O cuidado, o medo, a dúvida ou a ansiedade não se encontraram no coração dela, pois o seu pai estava ao seu lado. Que possamos ter a graça de ser levados pela mão, e a confiança no cuidado e na bondade de um Deus que é verdadeiramente Pai.

10 de junho de 2015

OSWALD SMITH - PAIXÃO PELAS ALMAS

OSWALD SMITH
PAIXÃO PELAS ALMAS
RESUMO DO CAPITULO 1
O Derramamento do Espírito
 



No reavivamento espiritual moderno. Se todos tivéssemos fé para esperar que Deus, em oração intensamente confiante, haveria um genuíno reavivamento criado pelo Espírito Santo, e o Deus vivo receberia toda a glória. Na Mandchúria e na China, quando nada mais fazíamos além de pregar o Evangelho e dirigir o povo em oração, mantendo-nos sempre fora do foco das atenções, vimos as mais extraordinárias manifestações de poder divino.
Fosse eu milionário, poria nas mãos de cada lar cristão, em nosso continente e no exterior, um exemplar do livro “Paixão por Almas”. Depois ficaria esperando, com plena confiança, um reavivamento que sacudiria finalmente o mundo todo. (Prefácio de Billy Graham)
 
Aconteceu em 1904. O País de Gales estava em chamas. A nação se afastara muito de Deus. As condições espirituais eram realmente ruins. A freqüência às igrejas atingira um nível baixíssimo. E o pecado se alastrava por todos os lados.
 
De súbito, como um furacão inesperado, o Espírito de Deus
soprou vigorosamente sobre a terra. As igrejas tornaram-se apinhadas de novo, de tal modo que multidões ficavam impossibilitadas de entrar. As reuniões perduravam das dez da manhã até à meia noite. Três cultos completos eram realizados todos os dias. Evan
Roberts foi o instrumento humano usado, mas havia pouquíssima pregação. Os cânticos, os testemunhos e a oração eram as características preeminentes. Não havia hinários; os
hinos haviam sido aprendidos na infância. Tampouco havia corais, pois todos participavam dos cânticos. Nem havia coletas, avisos, anúncios, e nenhum tipo de propaganda.

Nunca antes acontecera algo semelhante no País de Gales, com resultados tão extensos e duradouros. Os incrédulos se convertiam, os beberrões, gatunos e jogadores profissionais eram salvos, e milhares voltavam a ser cidadãos respeitáveis. Confissões de pecados horrendos se faziam ouvir por toda parte, dívidas antigas eram saldadas. Os teatros foram obrigados a fechar as portas, por falta de espectadores. As mulas das minas de carvão se recusavam a trabalhar, tão desacostumadas estavam com o tratamento humano delicado. Em cinco semanas, vinte mil pessoas se uniram às igrejas.
 
Havia tremor, choro, soluços e clamor em alta voz, pedindo misericórdia. Às vezes o barulho do povo era tal que nem se conseguia ouvir o pregador. Centenas de ouvintes caíam desfalecidos. Algumas pessoas clamavam: “A espada de dois gumes está me cortando em pedaços”. Um ímpio zombador, que viera divertir-se, caiu ao solo como um cão danado, e bradou: “Deus me feriu!”.
Contendas foram solucionadas, bêbados foram recuperados, adúlteros se arrependeram, e homicidas
confessaram seus crimes e se converteram, tendo sido perdoados. Ladrões devolveram os bens que haviam furtado. Muitas pessoas abandonaram seus pecados de uma vida inteira.

Será que precisamos de um reavivamento assim? Ouça!
Quantas das nossas congregações estão semivazias, com metade
de seus bancos desocupados, domingo após domingo?
Quão numerosa é a multidão de pessoas que jamais entrou na casa de Deus?
Quantas igrejas têm culto de oração, no meio da semana, frutíferos e prósperos, cheios de crentes? Onde está a fome das coisas espirituais?

 –Agora, pensemos em nossas universidades e seminários,
tanto em nosso país como nos campos missionários, onde se ensina a “alta crítica”, ou o modernismo teológico. O ensino nesses lugares é que Jesus nunca realizou um único milagre,
nunca ressuscitou dentre os mortos, não nasceu de uma virgem, não morreu em nosso lugar e não voltará para arrebatar sua Igreja.
 
Quantos crentes professos estão vivendo a vida de Cristo diante dos homens?
Quão parecidos com o mundo os crentes estão se tornando!
Quão pouca oposição sofre o crente!

Onde estão as perseguições lançadas contra a Igreja Primitiva?

Como é fácil ser cristão hoje!

E que diremos do ministério evangélico? Os ministros
procuram persuadir, converter e salvar por intermédio de sua mensagem? Quantas almas são conquistadas pela pregação da Palavra?

Ah, meu amigo, estamos sobrecarregados com incontáveis atividades eclesiásticas, enquanto o verdadeiro trabalho da igreja, que é evangelizar o mundo e ganhar os
perdidos para Cristo, está quase inteiramente negligenciado.
Onde está a convicção de pecado que antes percebíamos?

Sim, é verdade que os homens se têm esquecido de Deus.
O pecado aumenta por todas as partes. O pregador já não consegue mais chamar a atenção do povo. Nada existe, além de um derramamento do Espírito de Deus, que seja capaz de resolver esse problema. Reavivamentos assim têm transformado centenas e centenas de comunidades, e também podem
transformar a sua.

Então, como podemos provocar o derramamento abundante
do Espírito Santo?

Talvez você responda: “Pela oração”. É
verdade, você acertou. Mas é preciso incluir algo antes da oração. Temos de resolver, antes de mais nada, o problema do pecado. Ao menos que nossas vidas sejam retas aos olhos de
Deus, a menos que o pecado haja sido abandonado, podemos orar até o dia do juízo, que o reavivamento espiritual nunca ocorrerá. “Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós,para que não vos ouça” (Isaías 59:2).
 
Em Joel 2.14 o Senhor diz: “Voltai para mim de todo o vosso coração, com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes. Voltai para o Senhor vosso Deus, porque ele é misericordioso e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em amor, e se arrepende do mal”.

Muito bem, meu prezado amigo, não sei qual é o seu pecado. Só você e Deus o conhecem bem. Mas quero que você
pense nisto: seria melhor que você interrompesse a sua oração e
se levantasse, que você não mais continuasse ajoelhado, e se
prontificasse a resolver esse problema, arrependendo-se de seu pecado. “Se eu no coração contemplara o pecado, o Senhor não me teria ouvido” (Salmos 66:18).
Permita que Deus perscrute o seu coração e lhe revele todo o empecilho. O pecado tem de ser confessado e abandonado. É possível que você tenha que fazer restituição.
 
Escute bem! Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, proclamai um dia de assembléia solene. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos, e os que mamam. Saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu tálamo. Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa o teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?”
 
Ah! Meu irmão, você está orando? Você implora a Deus em favor de sua cidade? Você o procura noite e dia, visando o derramamento do seu espírito? Pois esta é de fato a hora de orar.
Somos informados acerca de uma época, no trabalho de Finney, em que o avivamento esfriou. Então ele fez um pacto com os jovens a fim de que orassem ao alvorecer, ao meio dia e ao crepúsculo, em seus aposentos, durante uma semana. O espírito
começou a ser derramado novamente, e antes do fim daquela semana as concentrações aumentaram.
 
É claro que nossa oração deve ser confiante, deve ser a oração que aguarda a resposta. Se Deus despertar corações para que orem em favor de um reavivamento, é sinal certo de que o Senhor quer derramar seu espírito. E Deus é sempre fiel à sua Palavra. “Farei descer a chuva a seu tempo; chuvas de benção
serão” (Ezequiel 34:26).
As suas promessas nunca falham.
Tenhamos fé! Esperemos um despertamento espiritual!
Então é isso, meu irmão, a dificuldade não está no lado de Deus. Mas está aqui mesmo, conosco. Deus está disposto a socorrer-nos, esperando por muito tempo.
 
FIM DO CAP 1

CONTEÚDO DO LIVRO
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
O Derramamento do Espírito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
A Responsabilidade pelo Reavivamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Parto de Alma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Poder do Alto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Convicção de Pecado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Obstáculos ao Reavivamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Fé para o Reavivamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Fome de Reavivamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Está morto o Evangelismo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
A Necessidade do Momento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Evangelismo: Resposta de Deus a um Mundo que Sofre . . . . . . . . 104

Deus manifesta Seu Poder nos Reavivamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118