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27 de maio de 2015

Thomas Binney o bispo do não conformismo

 
Thomas Binney foi um pregador do século 19 popularmente conhecido como “ o arcebispo do não conformismo “ e o defensor das causas anti-escravocratas”



17” “E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.
18 Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples.
19 Quanto à vossa obediência, é ela conhecida de todos. Comprazo-me, pois, em vós; e quero que sejais sábios no bem, mas simples no mal.
20 E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco.”Rm 16.17-20



Se esta Epístola tinha sido perdida nas ruas de Roma, e  tivesse sido achada por algum filósofo romano, depois de ele ler todas as coisas maravilhosas que estavam ali escritas, certamente sua mente se encheria de espanto, e eu creio que ele teria selecionado estes  versos como um dos principais desta fantástica carta. 

I. AS CARACTERÍSTICAS DA RELIGIÃO VERDADEIRA. 

Quem pratica a verdadeira religião...
1-... Se torna “ SÁBIO PARA AQUILO QUE É BOM. Ser "Sábio para o que é bom" inclui uma compreensão inteligente da natureza do que é bom, que não há moral sem religião nem religião sem moralidade. Essas duas coisas devem ser combinadas; e, em seguida, tem de se entender que o homem que anda com Deus precisa ser influenciado pelos atributos dele. Se Deus é Santo, o homem que anda com ele se tornará cada vez mais santo e assim por diante.

(2) ...Coloca o conhecimento bíblico em prática, pois a sabedoria é a aplicação prática do conhecimento. Para sermos verdadeiramente  sábios temos que por em prática todos os princípios de nossa fé e a palavra de Deus deve ser a fonte de nossa moralidade.
No entanto, muitos conhecem e ensinam sobre as leis de Deus mas não a praticam e por conseguinte se tornam mais tolos do que aqueles que nada conhecem.





(3) ...Está atento para tudo o que for promover o reino de Deus sobre a terra, para apoiar e participar e tomar cuidado com tudo o que for atrapalhar o progresso do evangelho para resistir e não aceitar nenhuma das práticas contrárias ao ensino da bíblia. O homem sábio torna os obstáculos como degraus para subir, pois ele entende que até as circunstâncias desfavoráveis colaboram para o seu bem, por isso ele não teme o mal, pois sabe que não há maldição sem causa e compreende que ele é um miserável pecador e que Deus é sempre justo em permitir as tribulações que vem sobre ele, pois em tudo Deus está visando o seu crescimento. "Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam" (Tiago 1:2-4,12).

 

(4) ...Está sempre disponível para servir. Prontidão e tato em fazer o bem. E o homem que é realmente "sábio para que o que é bom" irá adquirir um talento para dizer e fazer coisas sem ofender os outros, deixando uma boa impressão sobre os homens que deseja levar a servir a  Deus. 

(5) ...É DESAPEGADO DAS COISAS DESTE MUNDO. Demonstrar falta de interesse por tudo o que é mau –
Como diria o filósofo viver " A simplicidade da ignorância feliz” . Muitas vezes o conhecimento do mal é um  mal, e muitos que não abrem mão de caminhar com pessoas malignas acabam se contaminando com elas.




(6) ...Tem sempre uma linguagem fácil, simples e clara que todos entendem. Como nada invejável é a reputação de alguns homens, que parecem estar sempre se escondendo atrás das palavras, nunca sendo claros com o que dizem para depois poderem se desculpar." É doloroso conviver com pessoas que tem uma agenda oculta”. 

(7)... Nunca pensa nenhum tipo de mal de seu irmão. Alguns homens estão sempre a suspeitar de seus amigos e agindo como se cada um deles  pudesse um dia ser um adversário. Vamos ter mais fé uns nos outros. Mesmo que às vezes possamos  ser enganados, não vamos desistir de acreditar naquele que foi feito a imagem de Deus. 

(8)... Tem capacidade para entender que o inimigo sempre tem do que nos acusar. O homem não pode dizer como o seu Mestre, "O Maligno vem e nada tem em mim"; mas pela graça de Deus, deve haver perfeita clareza do caráter contaminado e mundano de nossa carne e da nossa total e irrestrita dependência do favor do Senhor.


II. OS CAMINHOS PARA ALCANÇAR A VERDADEIRA RELIGIÃO. 

1. FREQUENTE, PROFUNDA E DEVOTADA MEDITAÇÃO SOBRE QUAL É O PROPÓSITO DE MINHA VIDA AOS OLHOS DE DEUS. Preciso constantemente avaliar os frutos do Espírito em minha vida e observar se realmente Cristo está sendo formado em mim. Este ano preciso estar mais parecido co mo Senhor do que o ano passado, caso contrário terei retrocedido e Deus não tem prazer naqueles que retrocedem.



2. Uso constante, consciente e zeloso dos meios de graça, como leitura diária da palavra, prática constante de oração, participação nos cultos, desejo de servir e de levar outros ao conhecimento de Cristo.



3. PRATIQUE O QUE VOCÊ APRENDER NA BÍBILA. Comece de manhã a por em prática os mandamentos do Senhor, vá e perdoe aquele que te feriu, visite um doente e ore por ele, ajude alguém que está necessitado, leve a ele uma roupa ou um prato de comida e depois no final do dia leia a tua bíblia e observe que maravilhoso prazer vai invadir o teu coração, pois a tua vida parece ser uma continuação dos evangelhos. Ma se você passar o dia inteiro apenas se divertindo com coisas banais, ou discutir com alguém e guardar a mágoa em teu coração e no final do dia for ler a palavra de Deus sem desejar nenhuma mudança, você somente vai endurecer ainda mais o teu coração, e a hipocrisia começará a governar a tua vida e as trevas vão impedir você de ver a glória de Deus.

COM TUDO ISSO CHEGAMOS A UMA CONCLUSÃO:

1.  O EVANGELHO É UMA COISA PRÁTICA. Tão prática, que mesmo que não fosse divina, somente seu ensino moral seria capaz de mudar o mundo.


2. UM GRANDE NÚMERO DE  CRISTÃOS  são muito inferiores às exigências do Livro de Deus, mas uma vasta maioria  deles são superiores ao mundo. "Os frutos do Espírito" sempre  aparecem em algum grau entre eles; e, afinal, o que seria do mundo se não houvesse uma igreja cristã ensinando a Bíblia para eles? 

(T. Binney.) 





24 de maio de 2015

“Stonewall Jackson O GENERAL DE DEUS

Stonewall Jackson
  Foi um dos maiores Generais do exército confederado na guerra da secessão dos EUA juntamente com Robert E Lee. Ele foi o comandante do Exército da Virgínia do Norte e foi  acidentalmente atingido por fogo amigo em uma  batalha em 1863,  depois disso ele morreu por complicações em uma pneumonia. Sua morte foi um golpe duro para a Confederação afetando o moral do exército e o povo sulista.
Foi considerado um dos mais brilhantes generais táticos da história dos Estados Unidos. Seu apelido veio de uma grande vitória na batalha de Bull Run onde se manteve firme como uma parede de pedras lhe rendeu o famoso apelido stonewall.








E busquei dentre eles um homem, que tapasse os muros, e se pusesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei - Ez 22:30... 

O futuro de uma nação depende diretamente as escolhas de seus homens. É aqui que os homens da América, como um todo, falharam. Como as ligações individuais de uma cadeia, as opções imorais de nossos homens têm realmente trazido a esta nação à escravidão espiritual. Muitos homens estão agora desperdiçar o zelo e a força de sua juventude em  atividades particulares e correndo atrás de seus próprios interesses. Nossas igrejas estão cheias de homens que gritam  elogios a atletas profissionais e admiram celebridades mas são covardes para louvar o Rei dos Reis. Endurecidos e passivos, esses homens são nulos em ousadia do Espírito Santo.Ainda assim, Deus, em sua misericórdia,  está determinado a usar homens para ficar na brecha. 

 " Capitão, minha religiáo me ensinou que devo me sentir segura no meio da batalha igual me sinto em minha cama. Deus já determinou o tempo de minha morte, portanto eu não tenho preocupação com isso, mas estar sempre preparado, não importa onde estou ou o que estou fazendo, isso sim deveria ser a preocupação de todo homem, pois agindo assim todos nós podemos ser honrados." Stonewall Jackson


Na pessoa de  "Stonewall Jackson", Deus encontrou um verdadeiro homem que iria ficar na brecha. Ele era forte e suave, o lema de sua vida era: "Senhor, que queres que eu faça?" Agia com determinação e fervor no campo de batalha e da mesma maneira ao lado de sua cama ajoelhado também lutava as guerras lá de cima.  "Ele era um homem de oração, acostumado em tudo o que ele fazia,  pedir a bênção e a orientação divina. Seus amigos diziam que quando  uma batalha estava próximo, ele se levantava o tempo todo de madrugada para orar e orar fervorosamente

Sobre ele,  o Rev. William Brown falou: "O velho Jack" (Jackson) parece de outro mundo. Ora, eu freqüentemente me encontrava com ele na floresta para orar e ele  andava de um lado para o outro murmurando para si mesmo frases que eu não compreendia e gesticulando descontroladamente, e Nesses momentos ele parece totalmente alheio a minha presença e de tudo o mais. " 
"Deixe- nos cruzar  o rio e descansar debaixo da sombra das árvores"



"Um amigo uma vez foi conversar com Jackson sobre a dificuldade de obedecer a sobre o " orar sem cessar ", e Jackson insistiu que esta palavra poderia ser facilmente obedecida. Quando tomo minhas, dou graças, quando eu tomar um gole de água, eu sempre faço uma pausa para lembrar do favor do Senhor, quando eu tomo um refresco,  levanto o meu coração a Deus em agradecimento e oração pela a água da vida. Sempre que eu levo uma carta ao correio, peço a Deus para abençoar o que está na carta, a  missão e a pessoa que é enviada para cumprir a missão. Quando eu abro  o selo de uma carta que  recebo eu paro para orar a Deus para que Ele possa me preparar para o seu conteúdo. Quando eu vou para a minha sala de aula e aguardo o arranjo dos cadetes em seus lugares, aproveito o tempo para interceder junto a Deus por eles. E assim de qualquer outro ato familiar do dia. "Apesar de ser um homem de habilidades superiores, Jackson humildemente reconheceu a sua necessidade de Jesus em tudo o que fazia. 
 "nunca tome conselhos com seus medos" Stonewall Jackson
Como um general no exército confederado, ele teve uma profunda influência sobre os homens. Era seu exemplo santo e orante que contribuiu para o grande avivamento entre as tropas do sul. Por meio do verão de 1863, avivamento se espalhou para todos os exércitos confederados. Um capelão do 26ª regimento do Alabama  disse que sua unidade sozinha tinha em média 100 converções por semana durante várias semanas. Durante este mesmo tempo, outro capelão declarou que, 'A história moderna não apresenta nenhum exemplo de um exército tão crente como esse exército confederado. Um terço de todos os soldados no campo eram homens de oração e membros de alguma igreja. JW Jones sugeriu que 150 mil conversões ocorreram no exército de Lee sozinho. Foi esse avivamento que sem dúvida preparou o Sul para a humilhação que estava a seguir a sua eventual derrota, mas o melhor de tudo o renascimento preparado milhares de jovens e adultos para encontrar Cristo na eternidade.Verdadeiramente, o general Jackson impactado nossa história através do poder da oração. O exército confederado, apesar de perder a guerra, foi milagrosamente muito longe em suas campanhas do que se podia imaginas, pois o exército do norte era muito mais rico, mais treinado e mais numeroso.



Qual é a nossa maior necessidade hoje em nossa nação moralmente caída? Precisamos mais uma vez que Deus levante homens como o General   “Stonewall  Jackson", alguém que possa tapar os muros que estão caindo e que ficasse na brecha em oração perante Deus por esta terra, para que o Senhor possa levantar mais homens santos e  corajosos!      Oh Deus, faça-nos HOMENS SEGUNDO O SEU CORAÇÃO!

21 de maio de 2015

William S. Plumer A CHAVE QUE ABRE AS PORTAS DO CÉU


 William S. Plumer (1802-1880) foi um ministro presbiteriano norte americano, graduado pela Universidade de Princeton. Foi um escritor prolífico e, em seus dias, era conhecido como um vigoroso pregador do Evangelho. Acerca de Plummer, foi dito que "...era, acima de todos os demais de sua época, são na doutrina, perscrutador na experiência e realista na prática".


 
 O arrependimento pertence exclusivamente à religião dos pecadores. Não tem lugar na vida de criaturas caídas. Aqueles que nunca cometem pecados nem possuem uma natureza pecaminosa não precisam de perdão, conversão ou arrependimento. Os anjos santos nunca se arrependem. Não têm do que se arrepender. Isso é tão claro que é desnecessário argumentar o assunto. Mas os pecadores precisam de todas essas bênçãos, que lhes são indispensáveis. A impiedade do coração humano torna-as necessárias.











Em todas as épocas, desde que nossos primeiros pais foram expulsos do Jardim do Éden, Deus tem insistido no arrependimento. Entre os patriarcas, Jó disse: "Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza" (Jó 42.6). Sob a vigência da Lei, Davi escreveu os salmos 32 e 51. João Batista clamou: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 3.2). Cristo declarou a respeito de Si mesmo que viera "chamar... pecadores ao arrependimento" (Mt 9.13). Pouco antes de sua ascensão, Cristo ordenou "que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém" (Lc 24.47). E os apóstolos ensinaram a mesma doutrina, "testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus" (At 20.21).
Portanto, qualquer sistema de religião entre os homens que não inclua o arrependimento é falso. Matthew Henry disse: "Se o coração do homem tivesse permanecido reto e puro, as consolações divinas seriam recebidas sem essa dolorosa operação precedente. Mas, visto que o coração do homem é pecador, tem de ser primeiramente quebrantado, antes de receber paz; tem de labutar, antes de obter descanso. Para haver a cura, a ferida precisa ser examinada. A doutrina do arrependimento é uma doutrina correta do evangelho. Não somente o austero João Batista, que foi considerado um homem melancólico e pessimista, mas também o amável e gracioso Jesus, cujos lábios transbordavam doçura, pregou o arrependimento".



Embora o arrependimento seja um dever óbvio e freqüentemente ordenado, só pode ser realizado de modo verdadeiro e eficaz pela graça de Deus. É um dom do céu. Paulo orientou Timóteo a instruir, com mansidão, aqueles que se opunham, na expectativa de que Deus lhes concedesse "o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade" (2 Tm 2.25). Cristo foi exaltado como Príncipe e Salvador, "a fim de conceder... o arrependimento" (At 5.31). Assim, quando os gentios foram introduzidos na igreja, esta glorificou a Deus, dizendo: "Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida" (At 11.18).











Tudo isso está de acordo com o tom das promessas do Antigo Testamento. Ali, Deus afirmou que faria essa obra em e por nós. Ouça esta graciosa promessa: "Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis" (Ez 36.26-27)... O verdadeiro arrependimento é uma misericórdia especial da parte de Deus. DEUS nos dá o arrependimento, pois este não procede de nenhum outro. É impossível para a natureza caída recuperar-se a si mesma, por suas próprias forças, assim como é impossível arrepender-se verdadeiramente. O coração está preso aos seus próprios caminhos e justifica sua vida pecaminosa com obstinação incurável, até que a graça opera a mudança. Motivos para fazer o bem não são suficientemente fortes para vencer a corrupção no coração natural do homem. Se devemos alcançar esta bênção, isso deve ocorrer pela ação do grande amor de Deus por homens perdidos.

O arrependimento é bastante lógico... Quando somos chamados ao exercício de deveres que relutamos em cumprir, nos convencemos facilmente de que tais deveres são cobrados de nós insensatamente. Portanto, sempre é proveitoso que tenhamos um mandamento de Deus compelindo nossa consciência, em qualquer dos casos. É verdadeiramente benéfico que Deus fale conosco de modo autoritário quanto a este assunto. Deus "notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam" (At 17.30). A base da ordem é o fato de que todos os homens, onde quer que estejam, são pecadores. Nosso bendito Salvador não tinha pecado. Ele não podia se arrepender. Com essa única exceção, desde a Queda, nunca existiu qualquer pessoa justa que não necessitasse de arrependimento. E ninguém é mais digno de compaixão do que os homens infelizes e iludidos que não vêem em seu coração nada do que se arrependerem.

O que é o verdadeiro arrependimento? Essa é uma pergunta da mais elevada importância. Merece a nossa melhor atenção. Esta talvez seja a melhor definição já apresentada: "O arrependimento para a vida é uma graça salvadora, que o Espírito Santo e a Palavra de Deus operam no coração de um pecador; é uma graça por meio da qual o pecador, motivado por senso e percepção, e não somente pelo perigo, bem como por causa da impiedade e do ódio para com seu pecados, com base na apreensão da misericórdia de Deus, em Cristo, para com aqueles que se arrependem, sente tanta tristeza e odeia tanto o seu pecado, que se volta deles para Deus, intencionando e se esforçando continuamente para andar com Ele em todos os caminhos de uma nova obediência". Quando examinamos mais completamente essa definição, torna-se evidente que ela é correta e bíblica. O verdadeiro arrependimento é uma tristeza pelo pecado, um tristeza que leva a transformação. O simples remorso não é arrependimento, assim como não o é a reforma exterior. O arrependimento não é uma imitação da virtude; é a própria virtude...

Aquele que se arrepende verdadeiramente sente tristeza por seus pecados; aquele cujo arrependimento é espúrio se preocupa principalmente com suas conseqüências. O primeiro se entristece principalmente por haver praticado o mal; o segundo, por ter incorrido no mal. Um lamenta e admite que merece punição, o outro lamenta que tenha de sofrer punição. Um aprova a Lei que o condena; o outro acha que é tratado com severidade e que a Lei é rigorosa. Para aquele que se arrepende com sinceridade, o pecado parece bastante pecaminoso. Para aquele que se entristece segundo o mundo, o pecado parece agradável, de algum modo; ele lamenta que o pecado lhe seja proibido. Um diz que pecar contra Deus é algo perverso e terrível, ainda que não lhe sobrevenha punição. O outro veria pouco mal na transgressão, se não houvesse as dolorosas punições que certamente a acompanham. Um desejaria ser libertado do pecado, ainda que não existisse o inferno. O outro pecaria com avidez crescente, se não houvesse retribuição.




O verdadeiro arrependimento é adverso ao pecado, pois este é uma ofensa contra Deus. E isso se refere a todos os tipos de pecados. Contudo, pode-se observar que há duas classes de pecado que permanecem com grande vigor na consciência daqueles cujo arrependimento é verdadeiro. São os pecados de omissão e os pecados secretos. Por outro lado, em um arrependimento espúrio, a mente inclina-se a permanecer em pecados notórios e pecados de comissão. A pessoa verdadeiramente arrependida conhece a praga de um coração mau e de uma vida infrutífera; a pessoa de arrependimento falso não se inquieta a respeito do estado genuíno de seu coração, mas se entristece com o fato de que as aparências lhe são bastante contrárias.








17 de maio de 2015

O guarda das fontes de Peter Marshall dia das mães 2015

Dia das mães 2015




 O guarda das fontes
de Peter Marshall
Embora possamos discordar em algum ponto ou outro com esta pregação, seu conteúdo em geral precisa ser ouvido. Peter Marshall, o autor original, foi capelão do Senado nos EUA nos anos ’40 durante a presidência de Harry Truman. Ele faleceu em 1949, quase sessenta anos atrás. Embora a mensagem seja de uma geração passada, seu ponto principal, o de valorizar o papel das mulheres no lar e de alertar sobre o perigo que um país corre quando ignorar esse papel, é mais preciso hoje do que nunca.
Era uma vez um certo povoado que cresceu no pé de uma cordilheira. A aldeia foi protegida pelas alturas dos montes, de modo que o vento que tremia as portas e arremessava punhados de granizo contra as janelas era um vento cuja fúria já foi gasta. Alto nas colinas, um misterioso e calmo morador da floresta tomou sobre si a incumbência de ser Guarda das Fontes. Ele patrulhava as colinas e onde quer que ele achasse uma fonte, ele limpava sua piscina barrenta de lodo, e tirava toda matéria estranha. Desta forma, a água que borbulhava da fonte corria para baixo limpa, fria e pura. A água pulava cintilante sobre pedras e derramava alegremente em cascatas de cristal até que, fortalecido por outros córregos, tornou-se um rio de vida para o movimentado povoado. As rodas de azenha giravam por sua força. Os jardins foram refrescados por suas águas. As fontes a jogavam como diamantes no ar. Os cisnes navegaram em sua superfície límpida, e crianças riam brincando nos seus bancos na luz do sol.
Mas o Conselho de Cidade era um grupo de homens de negócios, pães duros e práticos. Esquadrinharam o orçamento cívico e acharam o salário do Guarda das Fontes. Disse o Guarda da Bolsa: "Por que nós devemos pagar esse sujeito? Nós nunca o vemos; ele não é necessário à nossa vida de negócios no povoado. Se construirmos um reservatório perto da cidade, nós poderemos dispensar seus serviços e poupar seu salário". Com isso, o Conselho de Cidade votou para dispensar o gasto desnecessário com um Guarda das Fontes, e construir um reservatório de cimento.
Então o Guarda das Fontes deixou de visitar as piscinas barrentas, mas observou das alturas enquanto construíram o reservatório. Quando foi terminado, logo encheu com água, mas a água não parecia ser a mesma. Não era mais limpa, e uma espuma verde logo contaminou sua superfície estagnada. Havia problemas constantes com a maquinaria delicada dos moinhos, freqüentemente entupido com o lodo, e os cisnes acharam outro lar distante do povoado. Finalmente, uma epidemia se alastrou, e os dedos amarelos da doença alcançaram cada lar em cada rua e alameda.
O Conselho de Cidade se reuniu outra vez. Tristemente, encarou como a cidade estava em apuros, e francamente reconheceu o erro em demitir o Guarda das Fontes. Procuraram-no na sua barraca alta nas colinas, e imploraram-lhe que retornasse a seu abençoado trabalho. Felizmente, ele concordou e começou mais uma vez a fazer suas rondas. Não demorou até que água pura viesse cantarolando felizmente para baixo sob túneis de samambaias e musgos e a cintilar no reservatório limpo. As rodas de azenha rodaram como antigamente. Os odores desapareceram. A doença diminuiu, e crianças em recuperação da suas doenças se alegraram outra vez, porque os cisnes haviam voltado.

Eu penso que nossas mães, são como o  Guardas das Fontes. Nós sentimos seu calor… sua influência que abranda… e não importa quão esquecidos nos tornemos… o quão presumidos sobre as dádivas preciosas da vida, ficamos cientes de memórias afáveis do passado – as doces, tenras e comoventes fragrâncias do amor. Nada que foi dito, nada que poderia ser dito, nem que jamais será dito, seria suficientemente eloqüente, suficientemente expressivo, nem adequado para fazer loquaz essa emoção peculiar que nós sentimos para com as nossas mães. Então farei meu tributo um apelo para as Guardas das Fontes, que sejam fiéis à sua tarefa.
Nunca houve um tempo quando havia uma necessidade maior para Guardas das Fontes,. Se o lar fracassar, o país estará perdido. Se as Guardas das Fontes desertarem seus postos ou forem infiéis às suas responsabilidades, a perspectiva futura deste país é bastante sombria. Esta geração necessita de mães que sejam corajosas o suficiente para limpar as fontes que forem poluídas. Não é uma tarefa fácil – nem é popular, mas deve ser feito por causa das crianças, e as mulheres jovens de hoje devem fazê-lo.

A emancipação do sexo feminino começou com o cristianismo, e termina com o cristianismo. Quando Jesus cresceu e começou a ensinar o caminho da vida, Ele conduziu a mulher a um novo lugar nas relações humanas. Concedeu-lhe uma nova dignidade e a coroou com uma nova glória, de modo que, onde quer que o evangelho cristão foi durante dezenove séculos, as mulheres foram respeitadas, honradas, lembradas, e amadas, pois os homens reconheceram que a feminilidade é algo sagrado e nobre, que as mulheres são de um barro mais fino ...mais ligadas aos anjos de Deus e têm a função mais nobre que a vida possui. Onde quer que o cristianismo se espalhou, por mil e novecentos anos, homens se curvaram e honraram.
Ficou para o vigésimo século, em nome do progresso, em nome da tolerância, em nome da sofisticação, em nome da liberdade, arrastá-la do seu trono e tentar torná-la como um homem.
·      Ela quis igualdade. Por mil e novecentos anos ela não havia sido igual – ela havia sido única. Mas agora, disseram, ela quis igualdade, e para obtê-la, ela teve que se rebaixar. E então é que, em nome da tolerância sofisticada, os vícios do homem agora tornaram-se da mulher.
 Hoje chamam de “progresso”, de avanço social, mas amanhã, ó mulheres modernas, eles terão que reconhecer que isso não é progresso. Não é progresso quando o tom moral é abaixado. É nada de progresso quando a pureza não é mais doce. Não é progresso quando o sexo feminino perde sua fragrância. Seja o que for, não é progresso!
Nossa nação necessita hoje de mulheres que nos levarão de volta a uma antiga moralidade, a uma antiga decência, a uma antiga forma de pureza e doçura, se para nenhuma outra razão, então para o bem da próxima geração.

Esta geração viu um novo tipo de feminilidade emergir da confusão atordoada dos nossos dias. Mães modernas querem que seus filhos gozem das vantagens desta nova era. Querem que, se possível, eles consigam um diploma de universidade para colocar na parede de seu quarto, e o que muitos delas consideram como igualmente importante – um convite para um clube social. Estão desesperadamente ansiosas para que suas filhas sejam populares, embora o preço desta popularidade talvez não seja calculado até que seja tarde demais. Em resumo, elas querem que seus filhos prosperem, mas a definição comum de sucesso, de acordo com os padrões do nosso dia, é sobretudo materialista.
O resultado de tudo isso é que a criança moderna é criada num lar que é decente, educado, confortável, mas, totalmente sem fé. Ao nosso redor, vivendo na própria sombra das nossas grandes igrejas e belas catedrais, crianças crescem sem um pingo de treinamento ou influência Cristã. Os pais de tais crianças normalmente abandonaram completamente a procura por qualquer âncora espiritual. A princípio, eles provavelmente tiveram algum tipo de idealismo vago quanto àquilo que seus filhos deveriam ser ensinados. Podem lembrar algo da instrução religiosa recebida quando eram crianças, e sentir que algo semelhante deveria ser passado às crianças de hoje. Mas não podem fazer, porque a verdade simples é que não têm nada a dar. Nossa tolerância moderna tirou a educação religiosa das escolas públicas. Nossa vida moderna e nossa irreligião moderna a tirou dos lares.
Quando pensa na sua própria mãe, lembrando-se dela com amor e gratidão – em tenro amor ou saudade solitária, estou plenamente seguro que as memórias que aquecem e amolecem o seu coração não são em nada parecidas com as memórias que as crianças de hoje terão... Porque você, sem dúvida, está lembrando-se do aroma de goma fresca no avental da sua mãe ou o aroma de uma blusa recentemente passada, o aroma de pão fresco, a fragrância das violetas que ela tinha na blusa.

O desafio da maternidade do vigésimo-século é tão antigo quanto a própria maternidade. Embora a típica mãe americana tenha vantagens que as mulheres dos pioneiros nunca experimentaram – vantagens materiais: educação, cultura, avanços da ciência e medicina; embora a mãe moderna saiba muito mais sobre esterilização, dietas, saúde, calorias, germes, drogas, remédios e vitaminas, que a mãe dela sabia, há um assunto sobre o qual ela sabe muito menos – e este é Deus.
O desafio moderno à maternidade é o desafio eterno – o de ser uma mulher temente a Deus. Até a frase soa estranho nos nossos ouvidos. Nós não a ouvimos hoje em dia. Ouvimos sobre cada outro tipo de mulher – mulheres belas, mulheres inteligentes, mulheres sofisticadas, mulheres de carreira, mulheres com talento, mulheres divorciadas, mas tão raramente ouvimos de uma mulher temente a Deus – como nem tampouco de um homem temente a Deus.
Acredito que mulheres chegam mais perto de cumprir seu papel dado por Deus no lar do que em qualquer outro lugar. É uma coisa muito mais nobre ser uma boa esposa, do que ser a Miss América.
mulheres suficientes que são populares. Necessita mais daquelas que são puras. Necessitamos tanto de mulheres como de homens, que preferiam ser moralmente certos do que politicamente corretos.
Não nos enganemos – sem o cristianismo, sem educação cristã, sem os princípios de Cristo ensinados aos jovens, estamos simplesmente criando pagãos. Fisicamente, estarão perfeitos. Intelectualmente, serão brilhantes. Mas espiritualmente, serão pagãos, condenados, sem Deus e sem Cristo. Que não nos enganemos. A escola não faz nenhum esforço para tentar ensinar os princípios de Cristo. A Igreja só não o pode fazer. Eles nunca podem ser ensinados o suficiente a uma criança, a menos que a mãe os conheça e os pratique todos os dias.
Se você mesmo não tem nenhuma vida de oração, é um gesto inútil obrigar seu filhos a fazer suas orações toda noite. Se você não entra numa igreja, é bastante vão enviar seu filho à Escola Dominical. Se você tiver o hábito de contar “mentirinhas”, será difícil ensinar seu filho a dizer a verdade. Se você contar coisas maliciosas sobre seus vizinhos e sobre outros membros da igreja, será difícil seu filho aprender o significado de bondade.
O desafio à maternidade do vigésimo-século – no final das contas – é para que as mães tenham uma experiência de Deus... uma realidade que elas possam passar adiante para seus filhos.

Acredito que esta geração de jovens tem coragem o suficiente para encarar o futuro desafiador. Acredito que seu idealismo não está morto. Acredito que elas têm a mesma coragem e a mesma devoção às coisas valiosas que suas avós tiveram. Tenho plena confiança que elas estão ansiosas para conservarem o melhor da nossa herança, e Deus sabe que, se perdemo-lo aqui neste país, será perdido para sempre. Acredito que as mulheres de hoje não descuidarão de suas responsabilidades. Eis a razão pela qual eu ousei falar tão francamente. Guardas das Fontes, nós queremos cumprimentá-las!
Pai, retire de nós a sofisticação de nossa idade e o ceticismo que veio, como geada, para congelar e enfraquecer a nossa fé. Oramos para um retorno daquela fé simples, aquela antiga confiança em Deus, que fortaleceu e engrandeceu os lares de nossos antepassados, que construíram esta terra boa e que, ao edificá-la, nos deixaram nossa herança. No nome forte de Jesus, nosso Senhor, nós fazemos esta oração, Amém.

[Traduzido por Dennis Downing para o site www.hermeneutica.com]