Dia das mães 2015
Embora possamos discordar em algum ponto ou outro
com esta pregação, seu conteúdo em geral precisa ser ouvido. Peter Marshall, o
autor original, foi capelão do Senado nos EUA nos anos ’40 durante a
presidência de Harry Truman. Ele faleceu em 1949, quase sessenta anos atrás.
Embora a mensagem seja de uma geração passada, seu ponto principal, o de
valorizar o papel das mulheres no lar e de alertar sobre o perigo que um país
corre quando ignorar esse papel, é mais preciso hoje do que nunca.
Era uma vez um certo povoado que
cresceu no pé de uma cordilheira. A aldeia foi protegida pelas alturas dos
montes, de modo que o vento que tremia as portas e arremessava punhados de
granizo contra as janelas era um vento cuja fúria já foi gasta. Alto nas
colinas, um misterioso e calmo morador da floresta tomou sobre si a incumbência
de ser Guarda das Fontes. Ele patrulhava as colinas e onde quer que ele achasse
uma fonte, ele limpava sua piscina barrenta de lodo, e tirava toda matéria
estranha. Desta forma, a água que borbulhava da fonte corria para baixo limpa,
fria e pura. A água pulava cintilante sobre pedras e derramava alegremente em
cascatas de cristal até que, fortalecido por outros córregos, tornou-se um rio
de vida para o movimentado povoado. As rodas de azenha giravam por sua força.
Os jardins foram refrescados por suas águas. As fontes a jogavam como diamantes
no ar. Os cisnes navegaram em sua superfície límpida, e crianças riam brincando
nos seus bancos na luz do sol.
Mas o Conselho de Cidade era um grupo
de homens de negócios, pães duros e práticos. Esquadrinharam o orçamento cívico
e acharam o salário do Guarda das Fontes. Disse o Guarda da Bolsa: "Por
que nós devemos pagar esse sujeito? Nós nunca o vemos; ele não é necessário à
nossa vida de negócios no povoado. Se construirmos um reservatório perto da
cidade, nós poderemos dispensar seus serviços e poupar seu salário". Com
isso, o Conselho de Cidade votou para dispensar o gasto desnecessário com um
Guarda das Fontes, e construir um reservatório de cimento.
Então o Guarda das Fontes deixou de
visitar as piscinas barrentas, mas observou das alturas enquanto construíram o
reservatório. Quando foi terminado, logo encheu com água, mas a água não
parecia ser a mesma. Não era mais limpa, e uma espuma verde logo contaminou sua
superfície estagnada. Havia problemas constantes com a maquinaria delicada dos
moinhos, freqüentemente entupido com o lodo, e os cisnes acharam outro lar
distante do povoado. Finalmente, uma epidemia se alastrou, e os dedos amarelos
da doença alcançaram cada lar em cada rua e alameda.
O Conselho de Cidade se reuniu outra
vez. Tristemente, encarou como a cidade estava em apuros, e francamente
reconheceu o erro em demitir o Guarda das Fontes. Procuraram-no na sua barraca
alta nas colinas, e imploraram-lhe que retornasse a seu abençoado trabalho.
Felizmente, ele concordou e começou mais uma vez a fazer suas rondas. Não
demorou até que água pura viesse cantarolando felizmente para baixo sob túneis
de samambaias e musgos e a cintilar no reservatório limpo. As rodas de azenha
rodaram como antigamente. Os odores desapareceram. A doença diminuiu, e
crianças em recuperação da suas doenças se alegraram outra vez, porque os
cisnes haviam voltado.
Eu penso que nossas mães, são como o Guardas das Fontes. Nós sentimos seu calor…
sua influência que abranda… e não importa quão esquecidos nos tornemos… o quão
presumidos sobre as dádivas preciosas da vida, ficamos cientes de memórias
afáveis do passado – as doces, tenras e comoventes fragrâncias do amor. Nada
que foi dito, nada que poderia ser dito, nem que jamais será dito, seria
suficientemente eloqüente, suficientemente expressivo, nem adequado para fazer
loquaz essa emoção peculiar que nós sentimos para com as nossas mães. Então
farei meu tributo um apelo para as Guardas das Fontes, que sejam fiéis à sua
tarefa.
Nunca houve um tempo quando havia uma necessidade
maior para Guardas das Fontes,. Se o lar fracassar, o país estará perdido. Se
as Guardas das Fontes desertarem seus
postos ou forem infiéis às suas responsabilidades, a perspectiva futura deste
país é bastante sombria. Esta geração necessita de mães que sejam corajosas o
suficiente para limpar as fontes que forem poluídas. Não é uma tarefa fácil –
nem é popular, mas deve ser feito por causa das crianças, e as mulheres jovens
de hoje devem fazê-lo.
A emancipação do sexo feminino começou com o
cristianismo, e termina com o cristianismo. Quando Jesus cresceu e começou a ensinar o caminho
da vida, Ele conduziu a mulher a um novo lugar nas relações humanas. Concedeu-lhe
uma nova dignidade e a coroou com uma nova glória, de modo que, onde quer que o
evangelho cristão foi durante dezenove séculos, as mulheres foram respeitadas,
honradas, lembradas, e amadas, pois os homens reconheceram que a feminilidade é
algo sagrado e nobre, que as mulheres são de um barro mais fino ...mais ligadas
aos anjos de Deus e têm a função mais nobre que a vida possui. Onde quer que o
cristianismo se espalhou, por mil e novecentos anos, homens se curvaram e
honraram.
Ficou
para o vigésimo século, em nome do progresso, em nome da tolerância, em nome da
sofisticação, em nome da liberdade, arrastá-la do seu trono e tentar torná-la
como um homem.
· Ela quis igualdade. Por mil e novecentos anos ela
não havia sido igual – ela havia sido única. Mas agora, disseram, ela quis
igualdade, e para obtê-la, ela teve que se rebaixar. E então é que, em nome da
tolerância sofisticada, os vícios do homem agora tornaram-se da mulher.
Hoje chamam de “progresso”, de avanço
social, mas amanhã, ó mulheres modernas, eles terão que reconhecer que isso não
é progresso. Não é progresso quando o tom moral é abaixado. É nada de progresso
quando a pureza não é mais doce. Não é progresso quando o sexo feminino perde
sua fragrância. Seja o que for, não é progresso!
Nossa nação necessita hoje de mulheres que nos levarão de volta a uma
antiga moralidade, a uma antiga decência, a uma antiga forma de pureza e
doçura, se para nenhuma outra razão, então para o bem da próxima geração.
Esta geração viu um novo tipo de feminilidade
emergir da confusão atordoada dos nossos dias. Mães modernas querem que seus
filhos gozem das vantagens desta nova era. Querem que, se possível, eles
consigam um diploma de universidade para colocar na parede de seu quarto, e o
que muitos delas consideram como igualmente importante – um convite para um
clube social. Estão desesperadamente ansiosas para que suas filhas sejam
populares, embora o preço desta popularidade talvez não seja calculado até que
seja tarde demais. Em resumo, elas querem que seus filhos prosperem, mas a
definição comum de sucesso, de acordo com os padrões do nosso dia, é sobretudo
materialista.
O
resultado de tudo isso é que a criança moderna é criada num lar que é decente,
educado, confortável, mas, totalmente sem fé. Ao nosso redor, vivendo na
própria sombra das nossas grandes igrejas e belas catedrais, crianças crescem
sem um pingo de treinamento ou influência Cristã. Os pais de tais crianças
normalmente abandonaram completamente a procura por qualquer âncora espiritual.
A princípio, eles provavelmente tiveram algum tipo de idealismo vago quanto
àquilo que seus filhos deveriam ser ensinados. Podem lembrar algo da instrução
religiosa recebida quando eram crianças, e sentir que algo semelhante deveria
ser passado às crianças de hoje. Mas não podem fazer, porque a verdade simples
é que não têm nada a dar. Nossa tolerância moderna tirou a educação religiosa
das escolas públicas. Nossa vida moderna e nossa irreligião moderna a tirou dos
lares.
Quando pensa na sua própria mãe, lembrando-se dela
com amor e gratidão – em tenro amor ou saudade solitária, estou plenamente
seguro que as memórias que aquecem e amolecem o seu coração não são em nada
parecidas com as memórias que as crianças de hoje terão... Porque você, sem
dúvida, está lembrando-se do aroma de goma fresca no avental da sua mãe ou o
aroma de uma blusa recentemente passada, o aroma de pão fresco, a fragrância
das violetas que ela tinha na blusa.
O
desafio da maternidade do vigésimo-século é tão antigo quanto a própria
maternidade. Embora a típica mãe americana tenha vantagens que as mulheres dos
pioneiros nunca experimentaram – vantagens materiais: educação, cultura,
avanços da ciência e medicina; embora a mãe moderna saiba muito mais sobre
esterilização, dietas, saúde, calorias, germes, drogas, remédios e vitaminas,
que a mãe dela sabia, há um assunto sobre o qual ela sabe muito menos – e este
é Deus.
O desafio moderno à maternidade é o desafio eterno
– o de ser uma mulher temente a Deus. Até a frase soa estranho nos nossos
ouvidos. Nós não a ouvimos hoje em dia. Ouvimos sobre cada outro tipo de mulher
– mulheres belas, mulheres inteligentes, mulheres sofisticadas, mulheres de
carreira, mulheres com talento, mulheres divorciadas, mas tão raramente ouvimos
de uma mulher temente a Deus – como nem tampouco de um homem temente a Deus.
Acredito que mulheres chegam
mais perto de cumprir seu papel dado por Deus no lar do que em qualquer outro
lugar. É uma coisa muito mais nobre ser uma boa esposa, do que ser a Miss
América.
mulheres suficientes que são populares. Necessita
mais daquelas que são puras. Necessitamos tanto de mulheres como de homens, que
preferiam ser moralmente certos do que politicamente corretos.
Não
nos enganemos – sem o cristianismo, sem educação cristã, sem os princípios de
Cristo ensinados aos jovens, estamos simplesmente criando pagãos. Fisicamente,
estarão perfeitos. Intelectualmente, serão brilhantes. Mas espiritualmente,
serão pagãos, condenados, sem Deus e sem Cristo. Que não nos enganemos. A
escola não faz nenhum esforço para tentar ensinar os princípios de Cristo. A
Igreja só não o pode fazer. Eles nunca podem ser ensinados o suficiente a uma
criança, a menos que a mãe os conheça e os pratique todos os dias.
Se você mesmo não tem nenhuma vida de oração, é um
gesto inútil obrigar seu filhos a fazer suas orações toda noite. Se você não
entra numa igreja, é bastante vão enviar seu filho à Escola Dominical. Se você
tiver o hábito de contar “mentirinhas”, será difícil ensinar seu filho a dizer
a verdade. Se você contar coisas maliciosas sobre seus vizinhos e sobre outros
membros da igreja, será difícil seu filho aprender o significado de bondade.
O
desafio à maternidade do vigésimo-século – no final das contas – é para que as
mães tenham uma experiência de Deus... uma realidade que elas possam passar
adiante para seus filhos.
Acredito que esta geração de jovens tem coragem o
suficiente para encarar o futuro desafiador. Acredito que seu idealismo não
está morto. Acredito que elas têm a mesma coragem e a mesma devoção às coisas
valiosas que suas avós tiveram. Tenho plena confiança que elas estão ansiosas
para conservarem o melhor da nossa herança, e Deus sabe que, se perdemo-lo aqui
neste país, será perdido para sempre. Acredito que as mulheres de hoje não
descuidarão de suas responsabilidades. Eis a razão pela qual eu ousei falar tão
francamente. Guardas das Fontes, nós queremos cumprimentá-las!
Pai,
retire de nós a sofisticação de nossa idade e o ceticismo que veio, como geada,
para congelar e enfraquecer a nossa fé. Oramos para um retorno daquela fé
simples, aquela antiga confiança em Deus, que fortaleceu e engrandeceu os lares
de nossos antepassados, que construíram esta terra boa e que, ao edificá-la,
nos deixaram nossa herança. No nome forte de Jesus, nosso Senhor, nós fazemos
esta oração, Amém.
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