9 de setembro de 2012

George Fox


George Fox
Um homem enviado por Deus

Em sua autobiografia, Fox diz que nasceu em Leicestershire, em Julho de 1624. Seu pai, um tecedor de ofício, e sua mãe, que tinha mártires entre os seus antepassados, eram considerados como pessoas retas e cristãs. Desde menino, George mostrou uma seriedade pouco comum. Quando tinha 19 anos foi convidado para uma festa com outros parentes ‘cristãos’, onde viu como alguns bebiam em excesso. Aborrecido ao perceber tanta diferença entre palavras e atos, abandonou o lugar, e a partir dali se entregou a uma longa busca espiritual. Viajou por diversos lugares da Inglaterra e conversou com ministros de todas as tendências de sua época, procurando respostas para as suas profundas inquietações espirituais. Nesse tempo se sentia envolvido por densas e terríveis trevas, mas ninguém conseguiu lhe ajudar. Isto o conduziu a um estado de desespero quase total. Tudo ao seu redor parecia morto e impotente. Os cristãos de seus dias careciam de verdadeira realidade espiritual.

Um dia, enquanto caminhava em direção à cidade de Coventry, sentiu que Deus falava ao seu coração de maneira direta, abrindo o seu entendimento. Então compreendeu subitamente que todos, sejam católicos ou protestantes, se tiverem passado da morte para a vida, são verdadeiros crentes, enquanto que quem não tem passado por essa experiência, não são, embora se denominem a si mesmos crentes. Essa experiência de ‘abertura’, como ele a chamou, aonde a verdade chegava, já formada, ao seu coração, repetir-se-ia nos dias seguintes, e ao longo de toda a sua vida. Da mesma maneira, entendeu claramente que por ter estudado em Oxford ou em Cambridge não qualificava a um homem para ser ministro de Cristo – apesar de que isto ia contra o ponto de vista usualmente aceito, inclusive por ele mesmo até esse momento.

Depois de outra dessas ‘aberturas’, compreendeu que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens, mas no coração das pessoas. Que o seu povo é o seu templo e que ele habita neles. Não obstante, uma experiência ainda mais profunda estava por chegar. Em sua autobiografia nos conta que quando todas as suas esperanças em ministros e pregadores, e ainda em todo homem, esgotaram-se, de modo que não ficava nada exterior em que apoiar-se e nada mais que ele pudesse fazer, escutou uma voz que lhe dizia, «Há um, Cristo Jesus, que pode responder a sua condição». Então –nos diz– o seu coração saltou de gozo. Ninguém mais que Cristo podia responder ao seu coração entrevado, e isto, para que só Cristo tivesse a glória. Todos, tal como ele, estão cegados debaixo do pecado, e só Cristo pode lhes iluminar, concedendo a sua graça e poder. Só ele tem a preeminência.

Isto foi para ele, enfatiza Fox, um conhecimento experimental. A partir desse dia todos os seus sofrimentos, trevas e tentações se dissiparam. Viu que Cristo era poderoso para vencer nele todas essas coisas e ainda mais. Agora tinha a certeza de ser guardado por Cristo do poder do pecado, mediante o Espírito Santo. Todas as suas necessidades estavam satisfeitas em Cristo. Depois deste acontecimento se sentiu compelido a anunciar a todos os homens aquilo que tinha descoberto por experiência própria, e começou um aguerrido ministério itinerante. Este foi o começo das «Sociedades de Amigos», a quem seus caluniadores apelidaram «Quaker».



Seus ensinos e conduta

Os Quaker, a partir de Fox e seus ensinos, rejeitavam todos os aspectos exteriores da religião dos seus dias, considerando-os como um formalismo vazio. Ao contrário, enfatizavam o conhecimento e as realidades espirituais interiores como o único realmente válido. Em dias de ortodoxia fria e exterior, fizeram um ousado chamado para «conhecer a verdade no íntimo». A luz interior, diziam, que mora no coração de cada crente, ensina-nos todas as coisas. Não é que menosprezassem a Bíblia, como pretendiam seus adversários, mas enfatizavam a absoluta necessidade de que o Espírito Santo a revele no íntimo. Além dessa revelação interior, as doutrinas, e ainda a própria Bíblia –diziam– carecem de significado. Tudo deve ser avaliado pela experiência interior.

Por isso, consideravam à igreja como uma entidade exclusivamente espiritual, conformada por todos aqueles que nasceram de novo; e desprezavam todos seus aspectos exteriores como carentes de significado, inclusive o batismo e a ceia do Senhor, como parte de sua reação contra o formalismo excessivo de seu tempo. Para eles, estes sacramentos eram interiores e espirituais. Além disso, rejeitavam o ministério oficial e profissional, afirmando que o verdadeiro ministério era concedido pelo Espírito, além dos títulos e ordenações exteriores. Rejeitavam, por outro lado, os templos, que em seu tempo eram considerados ‘lugares santos’, intitulando-os de ‘casas campanários’. Para eles, o verdadeiro templo eram os crentes, em quem Deus habitava em Espírito.

Quanto à vida cristã prática negava-se a pronunciar juramentos e detestavam todo tipo de simulação ou hipocrisia social. De fato, consideravam a todos os homens como iguais em dignidade, sem importar a sua origem ou condição social. Negavam-se a prestar ‘honras sociais’ a nobres ou outros títulos sociais, pois sentiam uma aversão profunda a toda forma de servilismo (não obstante, reconheciam os títulos de rei ou juiz). Jamais tiravam o chapéu diante de um poderoso ou nobre em sinal de respeito, o qual levou a muitos deles para a prisão.

Eram, além disso, pacifistas convencidos e militantes, que se negavam a usar as armas e preveniam a todos contra o uso delas, ainda a risco de serem considerados como traidores. Todas as guerras sem exceção, julgavam os irmãos, procediam das paixões humanas, de acordo com o texto de Tiago. Também se opunham ardentemente à escravidão, pois para eles todos os homens eram iguais perante Deus. Em suma, de acordo aos Quaker, todo verdadeiro cristão devia mostrar uma vida consagrada e transformada pela vida interior do Espírito.

Por outro lado, os irmãos criam firmemente na vigência de carismas espirituais. George Fox relata numerosos incidentes de cura, libertações de demônios, profecias e palavras de conhecimento sobrenatural em sua própria experiência. Não obstante, eram normalmente moderados e sérios no emprego dos mesmos, evitando qualquer excesso emocional. É interessante notar que uns cinqüenta anos mais tarde, durante o avivamento metodista, muitos quakeres sentiram saudades ante as manifestações emocionais que observavam nas reuniões de Whitefield e Wesley. Toda essa emotividade resultava alheia aos seus sentimentos, mais acostumados à quietude.



Sua história e sofrimentos

Tratava-se de um verdadeiro protesto contra a religião formal e vazia dos seus dias. Muitos se sentiram atraídos por seus ensinos e por volta de 1652 se reuniram em Preston Patrick, ao norte da Inglaterra, a primeira «Sociedade de Amigos». Logo apareceram muitas mais em todo o país. Embora os Quaker enfatizassem a importância da voz interior do Espírito, as suas reuniões estavam muito longe de parecer-se com os cultos pentecostais posteriores. Congregavam-se quietamente, formando círculo ou dois grupos de fileiras opostas, sem nenhum tipo de ministro ou direção formal, e esperavam em silêncio até que um deles, ou talvez vários, recebesse uma palavra para compartilhar com seus irmãos. Era permitido a todos falar, tanto homens como mulheres, se isso fosse feito sob a direção do Espírito. Os Quaker criam e praticavam o sacerdócio de todos os crentes, apoiados em que todos tinham a Luz interior para os guiar.

As circunstâncias da história inglesa explicam a terrível reação que deveriam suportar. Os dissidentes não conformistas ascenderam momentaneamente ao poder durante a regência de Oliver Cromwell. Os bispos anglicanos foram exilados e por um tempo se gozou da liberdade de culto. Isto foi favorável para Fox e as sociedades de amigos, que se estenderam por toda a Inglaterra. Não obstante, o estilo confrontacional de alguns deles atraiu para eles vários problemas, inclusive com o governo relativamente tolerante de Cromwell. Acostumavam interromper as reuniões nos templos oficiais, normalmente depois do sermão, para expor os seus ensinos, provocando às vezes desordens e ataques violentos da multidão (embora nunca respondessem às agressões de seus atacantes). Em torno de 3.200 deles sofreram a prisão durante esse período, debaixo de terríveis condições e abusos, não só por interromper cultos oficiais, mas também por supostas blasfêmias, não tirar o chapéu diante de pessoas de alta classe social, e negar-se a pegar nas armas. Fox mesmo esteve oito vezes na prisão ao longo de sua vida.

Tanto homens como mulheres enfrentaram com admirável valor a perseguição, os golpes e as humilhações a que eram submetidos pelo povo enfurecido. Não retrocediam, nem se escondiam diante dos seus perseguidores. De fato, não faziam nada para evitar serem capturados e postos na prisão. Apesar de tudo, a Sociedade de Amigos cresceu e inclusive enviou missionários às reservas indígenas na América do Norte, Holanda e Alemanha.

Entretanto, o sofrimento mais intenso iria vir depois da morte de Cromwell. A monarquia foi restaurada sob Tiago II, e isto trouxe certo alívio aos irmãos por um breve tempo. Mas, mais adiante, com a publicação da «Ata de Uniformidade», em que se obrigava a todos os súditos do reino a conformar-se à restaurada «Igreja da Inglaterra», sob ameaça de penas severas, milhares sofreram a prisão e a perda de todos os seus bens materiais, pois se negaram a aceitar o decreto e continuaram reunindo-se abertamente, desafiando a proibição – a diferença dos grupos não conformistas, que continuaram adiante em segredo. Em torno de 400 irmãos morreram na prisão durante aqueles anos.

Por causa dos enormes sofrimentos que deveriam enfrentar, tal como fizeram os Puritanos, alguns começaram a migrar para a América. William Penn, filho de um famoso almirante inglês, tinha abraçado as idéias dos Quaker em 1666, e chegou a converter-se em um dos seus maiores pregadores e defensores. Este decidiu achar na América do Norte um lar livre para os seus, e começou ajudando a enviar uns oitocentos deles para Nova Jersey em 1667. Mais adiante, obteve como pagamento de uma dívida do Rei Carlos II a concessão de um grande território no Novo Mundo, que foi mais tarde conhecido como Pensilvânia, em honra a seu nome. Ali foi fundada Filadélfia, a primeira cidade Quaker da América. Um novo capítulo se abriu assim para a história dos Quaker refugiados.

Finalmente, em 1689, ditou-se na Inglaterra uma ata de tolerância, e as sociedades de amigos puderam ao fim gozar de liberdade de culto. George Fox morreu pouco tempo depois, em 1691, depois de um incansável e sofrido ministério itinerante.



Legado espiritual

Embora os Quaker fossem muito longe em sua rejeição a todas as formas exteriores da igreja, inclusive aquelas ensinadas no Novo Testamento (com o qual se torna difícil concordar), o seu valor radica em que por seu intermédio foi restaurada a importância da morada interior do Espírito Santo, como divino Condutor e Mestre de todos os crentes.

Sua convicção de que a Escritura, as doutrinas corretas e as práticas eclesiásticas não significam muito além da vida que ministra o Espírito, continuam vigentes até hoje. Porque o conhecimento da verdade no íntimo, por revelação do Espírito, é vital para a vida dos crentes, tão individual como corporativamente. As coisas exteriores devem sempre ser a expressão das realidades exteriores e espirituais. De outra maneira, tornam-se vazias e mortas. Na Inglaterra de seus dias esse era o caso e por isso reagiram com tanta ousadia.

Era necessária uma restauração, e para isso deveriam começar com o essencial. Tornou-se fundamental redescobrir a Cristo de uma maneira experimental. Só assim o pecado, a religiosidade e a morte que imperavam em seu tempo podiam ser revertidos. Por isso, os Quaker levantaram o estandarte do testemunho para recordar que Cristo não habita nas doutrinas corretas, nos templos e nos ritos exteriores, mas no coração dos crentes, ministrando-lhes a sua vida, poder e direção para vencer em todas as coisas. E, se inclinaram demasiadamente para um extremo da verdade, se deve, sobretudo, a que o Cristianismo de seus dias se inclinou mortalmente para o extremo contrário.

George Fox, an Autobiography, por George Fox.

Do inglês, Quaker. Segundo Fox, em sua autobiografia, este nome se deve a um juiz chamado Bennet, que zombou das suas palavras, quando Fox lhe aconselhou «a tremer diante da palavra de Deus». Pois «quaker» significa «tremedor» em inglês. Não obstante, outros dizem que se refere ao contínuo tremor das mãos e braços que os Quakers experimentavam ao orar.

George Campbell Morgan


George Campbell Morgan

“ O Jesus que o homen quer ver não é o Jesus que ele realmente precisa ver “

George Campbell Morgan nasceu na Inglaterra em 1863. Seu pai foi pastor batista, mas deixou a denominação após conhecer George Mueller e os Irmãos de Plymouth. Seu pai continuou a pregar e o jovem George frequentava uma igreja metodista perto de sua casa. Um dia, em uma cruzada evangelistica, George foi ouvir D. L. Moody e Ira Sankey e foi muito impactado. Morgan nasceu para ser um pregador. Quando criança, pregava para a irmã e suas bonecas e aos treze anos pregou seu primeiro sermão na igreja Metodista de Monmouth. Sessenta anos depois, Morgan, depois de se aposentar voltou a sua velha igreja e pregou o mesmo sermão que havia pregado aos treze anos.
Aos quinze anos ele já era bem requisitado para pregar nos arredores de sua cidade e ganhou o apelido de . “boy preacher.” Ficou então dois anos longe do Senhor e no fim deste deserto ele escreveu: “Por dois anos minha bíblia foi fechada.
Dois anos de tristeza e amargura. Estranhas e incompatíveis teorias materialistas estavam no ar e para elas eu me tornei. Aprendi muito de filosofia, que estava em voga na Inglaterra naqueles tempos, mas apesar de tudo isso eu não tinha paz. Em meu desespero, peguei todos os livros que tinha, coloquei em um baú e os tranquei com chave e ali eles permaneceram por sete anos. Comprei uma bíblia nova e comecei a meditar em cada palavra com a mente e coração abertos. Aquela bíblia me encontrou, aquele livro esquentou o meu gelado coração como nenhuma outra vez tinha me tocado”
Morgan voltou a ser um pregador, mas logo, por questões financeiras deixou o púlpito para dar aulas e a partir de então, uma grande guerra instalou-se em seu coração e depois de orar decidiu que buscaria ser ordenado ministro metodista. Estudou muito para seu sermão de prova, mas foi reprovado. Este fato abalou muito o jovem George e el até chegou a escrever em seu diário; “Fui rejeitado. Tudo está muito escuro em minha vida, mas Deus sabe todas as coisas” e escreveu isso e mandou a seu pai. Logo veio a resposta: “Rejeitado pelos homens, mas aprovado por Deus”. Anos mais tarde ele escreveu: “Louvado seja Deus por aquele dia em que rejeitaram meu sermão, pois daquele dia em dainte busquei o Senhor em oração e me humilhei debaixo de sua poderosa mão e ele me acolheu e me pôs um novo cântico em meus lábios’


Morgan teve 7 filhos, 4 meninos e três meninas. Glewdoline, sua primeira filha, morreu de repente na infância e sobre isso Morgan escreveu mais tarde: “ Já se passaram 40 anos e eu não posso falar sobre isso sem ficar um tanto abalado. Lembro de minha filha a beira da morte e de como clamei ao Senhor para que Ele a curasse. Lembro-me de como ouvi o Senhor me falar: Não temas, creia somente. Deus a levou para Ele e eu lembro-me dela cada dia de minha vida; mas aquelas Suas palavras ‘somente creia “serviram de alimaento para minha alma todos esses anos

G. Campbell Morgan era pastor de pastores. Ele também cuidava de sua forma física, era um ótimo jogador de tênis. Também cultivava muitas profundas e sinceras amizades dos dois lados do atlântico. Eel foi pastor na capela de Westmisnter em Londres. Apesar de aparentemente em primeira instância parecer ser um homem frio, em sua casa era muito descontraido e no fim de sua vida se tornou muito rico por causa de seus livros e sempre ajudou os amigos financeiramente, sendo generoso e misericordioso com os problemas dos outros. Ele morreu em 16 de Maio de 1945 depois de 67 anos de ministério.

D. Martyn Lloyd-Jones, se tornou pastor em seu lugar.

Sua mensagem
Sua mensagem era poderosa e o seu segredo era uma clara,límpida e penetrante exposicão do texto sagrado, que cativava a todos os ouvintes. Ele foi chamado o príncipe dos expositores. Apesar de nunca ter ido a um seminário, ele ultapassou seus colegas por tremenda dedicação em horas diárias de estudo da palavra.

“Duas coisas considero vitais para um sermão: Primeiro a interpretação pessoal que Deus vai colocar no coração daquele que o busca. Depois vou buscar confirmação em comentários e sermões paralelos para poder autenticar se a minha isnpiração veio dos céus”

Dr Morgan nos ensina seus métodos de interpretação
Interpreto o texto em quatro estágios
1- Pesquisa do tema
Procuro descobrir o tema ou o assunto do texto que vou pregar lendo o texto repetidas vezes até a minha mente ficar familiarizada com a passagem. Depois leio o contexto e se for possível o livro todo para entender a mente do autor e o que ele estava querendo dizer ( Conta-se que quando o doutor Morgan foi fazer a exegese de Exodo, leu o livro mais de 40 vezes )
2- Apresentação do tema com uma frase de efeito
Depois que escolho o tema, procuro apresentá-lo com uma frase marcante par que aos ouvidos da congregação gravem a idéia central do texto e do sermão. Nesse ponto . Procuro descobrir as principais doutrinas, conselhos, avisos ou mandamentos que se encontram na passagem e condensá-los em poucas palavras
3- Divisões e desenvolvimento do tema
Nesta fase, começo a explorar as divisões que fiz e desenvolvê-las sempre procurando ficar perto do texto e as vezes usando textos paralelos com a mesma idéia e a mesma mensagem
4- Dissecar o texto
Agora eu ajo como um médico legista, que vou abrindo cada parte do tecido textual para identificar todas as mensagens que eu possa extrair, olhando os termos, o contexto e para então aplicar a conclusão, que deve sempre desafiar o ouvinte em responder para si mesmo as questões do texto e aplicar em sua própria vida o que o Senhor requerer.

JOHN VASSAR




UNCLE JOHN VASSAR
Alguns de vocês pouco sabem sobre este poderoso homem de Deus chamado de Tio John Vassar. Ele era realmente um santo homem de Deus. Não era um ministro ordenado, nem um bispo ou capelão. Nunca pregou em púlpitos de igrejas, mas ele tinha a chama do evangelho a queimar em seu coração e desse homem podemos dizer “que rios de água viva fluiam de seu interior”. Sua vida inteira depois de sua conversão foi a convencer pecadores a se entregar a Cristo.
Nosso herói da fé se converteu aos vinte e cinco anos e trabalhava na cervejaria de seu tio em
Poughkeepsie, NY. Muitos não aceitavam o tio John convertido trabalhando em uma fábrica de cerveja, mas lá estava ele, fazendo cerveja e nas horas vagas lendo a bíblia em um cantinho que havia feito para meditação. Não demorou muito para acontecer uma explosão. Sempre haverá um grande choque quando você compara o livro de Deus com hábitos de bebedices. John então percebeu que não poderia mais ficar ali e entregou seu posto ao seu tio. Em vão tentaram aumentar o seu salário e até mesmo lhe foi oferecido sociedade nos negócios, mas tio John estava decidido a obedecer a palavra do Senhor e ele chegou a dizer” Agora que meus olhos se abriram eu nada mais tenho com este negócio amadiçoado”.

Ele então foi trabalhar como compoltor, vendendo bíblias e literatura religiosa e ele se auto-proclamava o “o cão farejador dos pastores “. Onde ele percebia alguém com dificuldade espiritual, ele imediatamente providenciava a visita de um pastor àquela pessoa. Ele também tinha o hábito de visitar pessoas pela manhã para orar com elas e se ele percebesse alguma resistência, convocava toda a vizinhança para orar até que a família o recebesse. Conta-se que encontrava garotos brincando na rua e os interrompia para conversar. - Já entregou seu coração para Jesus, meu jovem? Alguns riam dele, mas muitos ficavam grandemente abalados, pois a presença de Deus na vida dele não poderia deixar de ser notada. Assim caminhava tio John Vassar. Falava de jesus para quem quer que encontrasse na rua e nunca porém recebeu a alcunha de fanático, pois sua maneira e de se portar e o seu carisma faziam o povo amá-lo e respeitá-lo e até mesmo os que não aceitavam a sua palavra não se retiravam com queixas.

Como compoltor ele ganhava U$ 25,00 por mês enquanto um capelão e um ministro ganhava U$150,00 por mês. Quando morreu o capelào do exército, os soldados queriam a todo custo colocar tio John Vassar como capelão, mas para ser capelão ele teria que ser ordenado ministro do evangelho. A comunidade se reuniu e começaram a trabalhar por sua ordenação. Depois de estar tudo certo, algumas pessoas começaram a falar que ele estava apenas interessado no salário e isto entristeceu nosso amado irmão.
E quando foi para ser entrevistado pela junta batista ele lhes falou: “irmãos, vocês terão de me perdoar. Peço desculpas por ter feito vocês ter vindo aqui, mas pelo que ouvi de algumas pessoas , achando que quero ser ordenado por causa do dinheiro, eu desisto de minha ordenaçào e continuarei a trabalhar como leigo, pois de maneira alguma deixarei alguém, ainda que seja por um mexerico, por em descrédito a mensagem de jesus’

John Vassar foi vender bíblias no sul quando estourou a guerra da cesseção, e por ser yanke foi preso no quartel do exército confederado. Já no caminho para a prisão, tio john começou a pregar a eles sobre Jesus. Eles o levaram ao Coronel e ao outros oficiais e ele foi em direção ao Coronel e falou:_ “Coronel, eu vejo em seu uniforme de lado da guerra o Senhor está, mas na verdadeira guerra o Senhor está do lado do Senhor dos Exércitos ou contra Ele?” O Coronel então falou: - Não estamos aqui para discutir religião. Então nosso irmão se dirigiu ao Major e fez a mesma pergunta e assim foi indagando a todos os oficiais se eles já haviam entregado suas vidas a Jesus, até que um dos oficiais falou:
- Coronel, é melhor libertarmos este homem, caso contrário, ao invés de um interrogatório aqui, teremos uma reunião de oração daqui até Richmont. Então, de comum acordo e espantados com sua ousadia e intrepidez, libertaram nosso querido irmão, pois viram que o Espírito de Deus estava sobre ele..

Ilustrando as intensas atividades deste memorável servo do Senhor, destacamos uma de suas declarações a respeito de como passava seus dias :
" Eu visito em média quarenta famílias por dia, tenho um encontro toda noite na casa de alguém para falar-lhes sobre o Senhor Jesus e falo pelo menos em três classes de escola dominical todo domingo. Falei com mais de três mil pessoas pessaolmente a respeito de sua fé em Cristo nos últimos três meses e sinto que nesta cidade uma grande bênção do Senhor está para chegar' Tio John Vassar

7 de setembro de 2012

ELISABETH FEDDE O anjo de New York


Elizabeth Fedde
O anjo de New York


Senhorita Feede nasceu na Noruega e veio aos EUA para trabalhar com noruegueses que trabalhavam no porto de Nova York a convite de seu cunhado. Ela era enfermeira e diaconiza e fazia tanto o trabalho de visita clinica como aconselhamento e principalmente
Ajuda prática.
Logo que chegou a América, Elizabeth não perdeu tempo, se aliou com o pastor Mortensen e estabeleceu a Sociedade Norueguesa de Apoio ao imigrante apena nove dias depois de chegar no país. Ela imediatamente começou a visitar os enfermos e abatidos e auxilia-los em tudo o que precisavam. Eal mesmo escreveu em seu diário “Comecei a trabalhar com algumas mulheres que estavam com muitas saudades de suas famílias e dar a elas uma palavra de consolo e a orar com elas para que o amor do Pai pudesse descer como o orvalho até seus corações”.
Durante seus primeiros dois anos ela cuidou de uma casa abrigo para marinheiros noruegueses e abriu um pequeno hospital com nove leitos, que mais tarde veio a se transformar no Hospital Luterano de nova York

O zelo e dedicação desta heroína da fé não passou desapercebido e ela foi chamada para abrir um centro de diaconato e um Hospital em Minneapolis, Minnesota
E planejar um Hospital para Chicago. Depois de treze anos trabalhando na América do Norte ela retornou para a Noruega, onde se casou com Ola Sletebb, que a aguardou pacientemente por longos treze anos.
Seu diário nos revela que ela era uma mulher que ia as últimas consequências para salvar uma alma. Sua vida era cheia de oração. Mas apesar disso ela escreveu em seu diário em outubro de 1884: “ Hoje encontrei uma pessoa muito doente a qual o Espírito de Deus havia trabalhado muito no coração dela e eu acreditava que a vitória pela salvação dela estava próxima…” E depois outra anotação no final do ano de 1884: “ Tenho lutado a meses em oração e cuidados por aquela pobre mulher enferma mas muito pouco progresso tenho encontrado. Realmente este ano tem sido difícil. Muito sofrimento e tribulações e poucos frutos para o Reino de Deus. Pecado e vergonha, dor e culpa, cobrem minha alma”. Estas linhas de seu diário nos confortam, pois percebemos que mesmo as mais nobres almas passam por dificuldades.
Mais tarde Elsie Smith, diretor da pastoral de saúde Luterana en Nova York falou sobre Elizabeth Fedde: “ Ela veio antes da Senhora liberdade. Eu gosto de dizer que ela era a primeira dama da baia de hudson. Ela era uma mensageira da esperança’.

Muitos vieram da Noruega em busca de um mundo melhor, mas a cidade grande é cheia de surpresas e armadilhas e milhares de imigrantes se depararam com a complexidade cultural e social de uma metrópole como Nova York, com subúrbios sujos, cheios de doenças, sofrimenteo e degradação. Neste sombrio cenário o Senhor Deus plantou uma flor. Irmã Elizabeth, com seu incondicional amor cristão, muita coragem e fé para se tornar a verdadeira dama de Manhattan



Fedde, Elizabeth. "Elizabeth Fedde's Diary, 1888." Translated and Edited by Beulah Folkedahl. www.naha.stolaf.edu/publications/volume20/ vol20_9.htm
Richmond, J.F. New York and its Institutions. E. B. Treat, 1872, source of picture.
Sevig, Julie B. "Brooklyn, a Good Place to Do God's Work." http://www.thelutheran.org/0201/page38a.html

DANIEL ROWLAND


DANIEL ROWLAND
Biblioteca reformada ARPAV biografia de Daniel Rowlands J C Ryle

O ano de 1795 viu muitas coisas acontecerem no cenário espiritual do mundo da época. Jonathan Edwards estava no centro do grande despertamento da América do norte. George Whitefield começava a pregar na Inglaterra e no mesmo anod um amigo de nosso amado pregador também veio a conhecer a Cristo : Howel harris, que juntamente com Daniel Rowland e Philip Pugh foi um dos pilares do avivamento de Gales. Pugh foi muito influente na pregação de Rowland, pois era um pregador muito profundo e equilibrado na doutrina do evangelho, sem entretando perder o ardor e o zelo. Pugh influenciou Rowland a se aprofundar na mensagen calvinista.
Por causa de seu estilo agressivo Rowland recebeu o apelido de pregador irado. Ele pregava os terrores da lei e a ira de Deus contra os pecadores que não se arrependiam com tal poder e carisma que os ouvintes ficavam apavorados e até mesmo aqueles que não se convertiam ficavam profundamente angustiados, pois Rowland golpeava-lhes a consciência com avassaladora autoridade e senso de urgência. Até mesmo os mais céticos, arrogantes e orgulhosos homens ficavam perplexos diante da mensagem dura e convincente pregada por Daniel Rowland, sua fúria contra o pecado nào conhecia limites e os ouvintes que não se convertiam raramente voltavam para ouví-lo, pois o julgavam duro demais.
Sua veemência contra o pecado porém não era acompanhada de compaixão e conforto como deveria ser e na maioria das vezes muitos eram feridos e poucos curados

Sabiamente, Philip Pugh chamou Rowland para um particular e lhe falou: “Pregue o evangelho para as pessoas, meu caro amigo e depois aplique o bálsamo de Gileade, o sangue de Cristo em suas feridas espirituais”
Rowland não conseguia entender direito o que seu amigo queria dizer, então ele foi mais direto: Pregue a fé em Cristo, meu caro, pois se você continuar pregando a a lei, da maneira que você está acostumado fazer, irá matar metade das pessoas da Inglaterra, pois você prega sobre a maldicão da lei de maneira terrível e ninguém pode permanecer em pé ouvindo o que você fala“.

Depois disso, Rowland mudou sua maneira de pregar. Continuou alertando o povo da ira que haveria de vir, mas também a anunciar que havia um esconderijo, debaixo das asas do Senhor dos Exércitos. Daí então as multidões começaram a descer até a cidade de langueitho para ouvir esse poderoso homem de Deus pregar o evangelho. Um portentoso avivamento nasceu no país de Gales. Pessoas vinham de longe para ouvir as inefáveis palavras de salvação. Cultos que duravam tardes inteiras e as vezes dias inteiros, onde com a chegada da noite as multidões se recusavam a partir de volta para suas casas. Queriam ali armar uma tenda e se deixarem embriagar pela glória de Deus.

Howell Harris escreveu em uma de suas cartas um pouco do que aconteceu no avivamento de Gales; “ Eu estava no último domingo em dos cultos onde Rowling pregava, onde eu ví, ouvi e senti coisas que nào se podem descrever com canetas e papéis. Um tal nível de poder e amor de Deus que jamais sonhara em presenciar. Gemidos ao invés de orações, júbilo e alegria por toda a igreja, pessoas prostradas agonizando por seus pecados e a beleza de Cristo estampada nas faces daqueles que nasciam de novo. Realmente neste lugar, o céu desceu na terra“.