28 de fevereiro de 2013

O ENGANO DOS HUMANISTAS - Francis Schaeffer










A Fé dos Humanistas*

Autor: Francis Schaeffer**

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Revisão: Walter Andrade Campelo

Duas Colunas
 
 

Duas colunas distinguiam a Igreja cristã primitiva de qualquer outro sistema religioso.

 

A primeira dizia respeito ao fundamental problema da autoridade. Em tal Igreja só existia uma autoridade final: a Bíblia, a Sagrada Escritura. Isto se depreende claramente dos ensinamentos de Jesus, de Paulo e da totalidade do Novo Testamento. Entre os leitores do presente tratado, muitos crerão que a Igreja primitiva estava certa em sustentar este conceito da Escritura; porém, até mesmo aqueles que não o aceitam, deveriam compreender que tal foi o conceito da Igreja, para assim entender intelectualmente a mesma.

 






Os primeiros cristãos criam que a Sagrada Escritura lhes dava uma autoridade externa ao âmbito do relativista, mutável e limitado pensamento humano. Assim, com esta visão da Palavra, tinham o que consideravam uma autoridade não humanista.

 

A outra coluna da Igreja primitiva que a diferenciava de todos os demais sistemas religiosos era sua resposta à pergunta: Como se achegar a Deus?

 

 Se Deus existe e é santo, perfeitamente santo, vivemos num universo moral.

 

Se Deus não existe ou se é amoral ou imperfeito, vivemos, conseqüentemente, num universo relativo com relação à moral.

 

Por outro lado, se Deus é perfeito, e mantém sua total perfeição, então, como é óbvio que nenhum homem é moralmente perfeito, todos eles estarão condenados.

 

A única coisa que poderia resolver este dilema, verdadeiramente básico, acerca de se o universo é moral ou amoral, seria o ensinamento da Bíblia e da Igreja primitiva.

 

Tal ensinamento foi que Deus nunca diminuiu o nível de Suas normas, que Ele exige perfeição e que, portanto, Ele é completamente moral;

 

E que, porém, por causa do amor de Deus, veio Jesus Cristo como Salvador, e realizou uma obra infinita e definitiva na cruz, de maneira que o homem já pode se achegar ao Deus totalmente santo e perfeito, apoiado nesta obra perfeita e consumada, pela fé e sem obras humanas relativas, esta é a segunda coluna.

 
 
 

Uma vez que se ensina a exigência por parte de Deus de perfeição total, se mantém a existência de um universo moral; e ao se ensinar a obra perfeita do Salvador, segue-se que não necessariamente todos os homens sejam condenados. Assim, qualquer elemento humanista e egoísta é destruído; jamais nenhum outro sistema - seja religioso, seja filosófico - deu semelhante resposta.

 
 
Assim, pois, as duas colunas distintivas da Igreja primitiva eram um golpe combinado e completo contra o humanismo. A autoridade ficava fora da mutável jurisdição humana e assim, o acesso pessoal de cada indivíduo ao Deus eternamente santo se baseava, não nos atos morais ou religiosos relativos do homem, mas na absoluta e definitiva obra (e por ser Ele Deus, infinita) de Jesus Cristo.

 

Tudo isto fazia que o homem fosse arrancado do centro do universo, donde havia intentado situar a si mesmo, quando se rebelou contra Deus na histórica queda no Éden, e destruía o humanismo, atacando-lhe no seu próprio coração.
 
 
 
 
 

24 de fevereiro de 2013

Robert Murray Mc Cheiyne


A VIDA DE ROBERT MURRAY MCCHEYNE

 

INTRODUÇÃO

 

“Era inverno. Sentados perto do fogo, dois homens estavam esculpindo pedra numa pedreira vizinha. De repente, um desconhecido aproximou-se deles; desceu do cavalo e imediatamente começou a conversar com eles sobre o estado espiritual das suas almas. Servindo-se das chamas vivas da fogueira como ilustração, o jovem desconhecido pregou verdades alarmantes. Com profunda surpresa, os dois trabalhadores de pedreira exclamaram: «Tu não és um homem como os outros.»”

 

Tratava-se de Robert Murray McCheyne, um dos grandes pregadores  do púlpito escocês, do século XIX. «Indubitavelmente, não era um homem como os outros. Serviu a Deus apenas durante oito anos; sem embargo, nesse curto espaço de tempo marcou uma baliza na história da igreja escocesa. Diz-se que tão somente o seu olhar, ao subir para o púlpito, era suficiente para comover até às lágrimas os membros da sua congregação. O seu semblante indicava que vinha da própria presença de Deus. Quem era este homem, que quando morreu aos 29 anos de idade, uma cidade inteira paralisou as suas atividades, a fim de chorar a morte de um grande servo de Deus? Este é o tema da minha rubrica de hoje de “A grande nuvem de testemunhas”.

 

22 de fevereiro de 2013

ELE ME AJUDA - POEMA DE A J Flint









Annie Johnson Flint

ELE ME AJUDA AGORA:

Ele me ajuda agora - neste momento,
Mesmo que eu não ouça nem veja,
Talvez através de um amigo distante,
Ou talvez um estranho que aqui perto esteja,
Talvez através de uma mensagem falada,
Talvez numa mensagem impressa,
Ou através de algo por alguém falado;
De maneiras que conheço ou não,
Pelo Senhor sou ajudado.

Ele me protege agora - neste momento,
Quando mais preciso me dá Sua mão,
Talvez com um só anjo,
Talvez com toda uma multidão,
Talvez através da corrente que me amedronta,
Ou das paredes ao meu redor;
De maneiras que conheço ou não,
Ele me protege do mal e da dor.

Quando vemos os últimos raios
Do sol que está a se pôr,
Jamais duvidamos que virá novamente
E iluminará o dia com seu esplendor.
Então encaremos o futuro agora
seguros, sabendo que Deus,
Que governa o ocaso e a aurora,
Guarda você e eu. Fonte: www.clubedaluz.com.br/Reflex58.htm



TODAVIA:

Não posso caminhar, todavia posso voar,
Nenhum teto pode das estrelas me privar.
Não há prédios que possam me encarcerar,
Nem com fechaduras e grades me barrar.
Nenhum quarto estreito pode meus pensamentos limitar,
Nem cadeados e correntes a mente segurar;
E por estas paredes que me cercam no lar,
Uma fuga minha alma pode sempre dar. . .
E quando o dia tão prolongado findar,
O Livro mais precioso nas mãos vou segurar,
E no silêncio do anoitecer ouço ecoar
As palavras do meu Pai para me inspirar.
Neste momento, embora presa, livre sou,
E para o além voa meu pensamento,
Acima da noite terrestre sobe o coração.