"A FÉ É A VISÃO DO
OLHO INTERIOR"
Alexandre McLarem
o “Príncipe dos Pregadores Expositivos”
Alexander MacLaren, ministro batista
escocês, de orientação calvinista, foi um dos mais famosos expositores das
Sagradas Escrituras no seu tempo. Se o seu colega de denominação, Charles
Haddon Spurgeon era denominado o “Príncipe dos Pregadores”, ele, por sua vez
era denominado o “Príncipe dos Pregadores Expositivos.” Isto era porque diziam
que ele tinha um martelhinho dourado com o qual batia no texto da Bíblia até
dele obter as divisões para os seus sermões.
Alexander MacLaren nasceu em Glasgow, neste dia, 11
de fevereiro de 1826, e morreu em Manchester, em 5 de maio de 1910. Convertido
aos 14 anos, durante uma reunião de avivamento, foi batizado em 1840. Estudou
na Universidade de Glasgow e no Seminário Batista de Stepney (hoje Regents Park
College)
Foi pastor da Igreja Batista em Portland, em
Souhthampton, na Inglaterra, de 1846 a 1858, onde exerceu um ministério
sobressalente e viu crescer em grande número os crentes da sua igreja. O mesmo
aconteceu quando trabalhou na Igreja Union Chapel de Manchester durante os anos
de 1858 a 1903.
Os seus cultos não tinham nada de litúrgicos. As bases do seu
ministério residiam na devoção da congregação e na direção do pastor. Foi Presidente da União Batista Mundial no ano de 1905. Viajou extensamente
pela Grã-Bretanha, Austrália e pela América do Norte.
Casou-se em 1856 com a sua sobrinha Mariam McLaren
e foi um casamento muito feliz. Singelo, humilde, estudioso, profundo, os seus
sermões expositivos alcançaram tanta fama como os de C. H. Spurgeon. Alexander
MacLaren é conhecido como o “Príncipe dos pregadores expositivos.” Cristocêntrico,
conservador em teologia não interveio muito nas controvérsias que afetavam
naquele tempo a sua denominação a respeito do modernismo teológico e das
correntes liberais vindas da Alemanha. Esforçou-se por conseguir a união da
denominação Batista com a Congregacional. Aprendeu a confiar em Deus e a esperar nEle em
todas as circunstâncias.
A sua espiritualidade era a velha espiritualidade
reformada evangélica expressa numa honesta interioridade: “A verdadeira adoração de um homem
não é aquela que ele oferece no templo, mas a que ele oferece no profundo dessa
pequena capela privada, onde ninguém mais assiste que ele próprio perante o seu
Deus.”
Alexander MacLaren foi durante sessenta e cinco
anos um ministro, inteiramente dedicado à sua vocação. Viveu certamente mais do
que quase todos os grandes pregadores do seu tempo entre o seu estudo, o seu
púlpito, e a sua escrita. Ele sujeitou a ação ao pensamento, o pensamento à
elocução e esta ao Evangelho. A sua vida foi o seu ministério, o seu ministério
era a sua vida.
Alexander MacLaren era alto, tímido, calado. Mas a
sua vocação, “um consistente calvinista” como ele mesmo poderia ter dito, foi
divinamente decretada. “Eu jamais tive qualquer dúvida quanto a ser um
ministro”, disse ele. “Só tinha de o ser.” Na faculdade, foi exaustivamente
ensinado no grego e no hebraico. Ele foi ensinado a estudar a Bíblia no
original e é esta a razão fundamental do seu trabalho como distinto expositor
bíblico e para o conteúdo bíblico da sua pregação. Antes de Maclaren ter
acabado o seu curso de estudo, ele foi convidado para Portland Chapel em
Southampton por três meses, e esses três meses tornaram-se doze anos. Ele
começou lá o seu ministério em 28 de junho de 1846. O seu nome e a sua fama
cresceram. O seu ministério caiu numa rotina calma, para a qual ele sempre foi
grato: dois sermões ao domingo, na segunda-feira uma reunião de oração e um
serviço religioso à quinta-feira com preleções. Os seus paroquianos pensavam
dos seus sermões que ele lhes pregava como os melhores jamais pregados. Em
abril de 1858, ele foi chamado para ser ministro na Union Chapel, em
Manchester. Nenhum ministério poderia ter sido mais feliz. A igreja prosperou e
um novo edifício teve de ser erguido para 1500 lugares, e cada lugar estava
ocupado nos cultos. A sua fama como pregador espalhou-se por todo o mundo de
fala Inglesa. O seu púlpito tornou-se o seu trono. Ele renunciou ao cargo de
pastor, em 1905, depois de um ministério de quarenta e cinco anos. Ele amava
Jesus Cristo com reverência, amor santo e viveu para torná-Lo conhecido. No seu
sermão de despedida na União, ele disse: “Apagar-se a si mesmo é uma das primeiras tarefas
do pregador.”
Alexander Maclaren começou o seu ministério num
pequeno lugar, tranquilo e obscuro, onde podia passar muito tempo com a sua
Bíblia. Levantava-se ao amanhecer e estudava nove a dez horas por dia.
Passava muito do seu tempo de estudo meditando
pacientemente numa passagem da Escritura enquanto se mantinha em comunhão com o
seu Autor. Chamava a isto a sua incubação do texto. A sua vida de oração
acendia o combustível gasto nas suas horas de estudo. Diz-se que acostumava
dizer: “Encontrei sempre que a minha própria
eficácia na pregação esteve em direta proporção à frequência e à profundidade
da minha comunhão diária com Deus.”
Num tempo quando muitos dos seus contemporâneos
estavam aceitando as novas ideias céticas e da alta crítica quanto à Bíblia,
ele continuou crendo firmemente na sua inspiração divina e que ela era o seu
próprio e melhor expositor. Advertiu: “Estas opiniões não crescem, não são elaboradas por
meio de um trabalho paciente, mas sim são incorporadas à mente do novo
possuidor; são feitas à medida na Alemanha, ou em qualquer outro lugar, mas não
na sua própria oficina. Precisamos recordar… os ais pronunciados sobre duas
classes de profetas: Os “que furtam as minhas palavras, cada um ao seu
companheiro”, e aqueles que profetizam nos seus corações, sem nunca terem visto
ou ouvido voz alguma do alto. Temos de estar seguros de que estamos sobre os
nossos pés e vemos com os nossos próprios olhos; e por outro lado temos de ver
que a Palavra, nesse sentido mais profundo, não é a nossa mas de DEUS. Temos de
tratar diretamente com Ele e suprimir o eu, para que Ele possa falar.”
“Às vezes somos céticos de quem se levanta cedo e
trabalha até tarde.” Maclaren confessava francamente que uma hora de sonho em
cada tarde era uma parte importante da sua rotina diária. Também dedicava um
par de horas de cada dia a visitar os doentes e a fazer outras visitas
especiais. Durante o seu ministério de 45 anos na “União Chapel” em Manchester,
Inglaterra, punha de lado os eventos sociais e os repetidos convites para
outros compromissos de pregação. Nada o podia desviar de preparar as suas
exposições bíblicas para os 2 000 ouvintes sedentos que se amontoavam para
escutar o Evangelho.
Como “o pregador dos pregadores” da Inglaterra,
Maclaren é conhecido pela sua obra “Expositions of the Holy Scritptures” (Exposição
das Sagradas Escrituras.)
Resumindo a sua vida, dela disse Alexander
Maclaren: “A minha obra foi… pregar a Jesus Cristo como o Rei da Inglaterra e o
Senhor de todas nossas comunidades, e o Salvador e Amigo da alma
individual.”
Carlos António da Rocha
“Tudo o sabemos sobre a
vida se resume em ajudar e repartir. Aquele que retém certamente perderá. A
verdadeira amizade só cresce quando é usada."
Alexander MacLaren
Ele também era conhecido por tirar seu chinelo de manhã e calçar suas botas de trabalho enquanto preparava o sermão para noite, somente para lembrar o trabalho duro que iria ter no púlpito.
Alexander MacLaren
Ele também era conhecido por tirar seu chinelo de manhã e calçar suas botas de trabalho enquanto preparava o sermão para noite, somente para lembrar o trabalho duro que iria ter no púlpito.
Também ele
falou: “Ó irmãos, se realmente crêssemos, nào como um
artigo de nosso credo, o qual se torna tão familiar que já nào nos impressiona
mais; porém como uma convicção vital e sempre presente em nossas almas - que
conosco sempre houve a presença real de Cristo - como seriam aliviados os nossos
fardos e acalmadas todas ao nossas preocupaçòes.! Um Cristo presente é a força,
a justiça, a paz, a alegria e a vida de cada alma cristà. “
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