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19 de agosto de 2011

Evan Roberts o avivalista do País de Gales


" Jesus é o evangelho "

Evan Roberts, pregando na Capela de Moriah, Dezembro de 1903¹

Testemunhos do avivamento de Gales .“ Depois de participar de três cultos bem intensos em Mardy, uma vila galeza de 5.000 habitantes eu vi a chama da espiritualidade galeza queimar e se incendiar como carvão”. Não havia propaganda alguma, mas centenas de pessoas estavam lá. Não havia posters, nem cartazes, nem bandas, nem grandes tendas. Nenhum comitê organizador, nenhum diretor, mas tudo acontecia com irreal ordem. No domingo a noite, não foi tocado o órgão da igreja e também nenhum instrumento musical, mas a congregação cantava como que um coral de anjos e oravam orações intensas e reverentes. A congregação era absolutamente ordeira e sóbria mas algo de extremo júbilo permeava seus rostos e o entusiamo com que louvavam e adoravam o Senhor era como que contagiante”.
Esse é o reporte de William Stead (1849-1912). Editor da London's Pall Mall Gazette, que ficou famoso por seu interesse em causas sociais e que morreu no naufrágio do navio Titanic em 1912.

Em toda parte de Gales, por esses nove meses de avivamento, havia nos homens e mulheres um solene olhar de felicidade e nos olhos um brilho de uma certeza de um futuro esplendoroso. Pareciam que tinham sido arrebatados ao céu e retornado. Os céticos foram terrivelmente confrontados, pois aqueles aos quais o Espírito de Deus tocou, tiveram uma mudança profunda e radical em suas palavras e ações.
Os trabalhadores das minas iam trabalhar cantando os hinos da igreja ao invés de irem gritando seus palavrões, como era de costume. Até mesmo os pit ponies, pequenos cavalos que carregavam o carvão não eram mais tratados a brados e palavrões.
Em Gales na época do avivamento, era difícil encontrar um alcoolizado, um malandro ou mendigo, um jogador de cartas ou um ladrão, o que era bem comum antes de Deus ter derramado o seu Espírito


A mais extraordinária coisa que acontecia nos encontros era a ausência da condução humana na ordem do culto. “Nós precisamos obedecer o Espírito “ era o que sempre falava Evan Roberts. O encontro começava lendo uma passagem bíblica ou um capítulo dos Salmos, depois ia se desenrolando por duas horas ou mais com testemunhos, pregações, orações de confissão de pecados e arrependimento e muitas canções e o mais incrível, é que apesar de não ter um programa ou uma liturgia, quando parecia que o culto iria perder o controle e descambar para a confusão tudo ia se encaixando, como se fosse altamente planejado e ensaiado. Três quartos do encontro eram preenchidos com cânticos e ninguém usava o hinário.




Acima de tudo, uma sensação da presença e santidade de Deus impregnava cada área da experiência humana, em casa, no trabalho, nas lojas e nas tavernas. A eternidade parecia inevitavelmente próxima e real. – Efion Evans²

Eu não sou a fonte deste avivamento. Eu sou apenas um agente entre o que vai ser uma multidão… Eu não sou aquele que está tocandos os corações de homens e mudando as vidas dos homens. Não sou eu, mas o Deus que opera em mim. – Evan Roberts, Smith’s Weekly¹

O avivamento de Gales foi um dos mais impressionantes moveres de Deus de todos os tempos. Em poucos meses de avivamento, um país inteiro foi transformado, mais de cem mil pessoas aceitaram o Senhor Jesus como seu Senhor e Salvador, e a notícia foi espalhada ao redor do mundo.
O avivamento começou em outubro de 1904 na pequena cidade de Loughor, com Evan Roberts, um jovem de 26 anos. Wesley Duewel conta sobre o início do avivamento no seu livro
“O Fogo do Reavivamento”







Os historiadores geralmente se referem ao reavivamento que começou na aldeia de Loughor no País de Gales como o ponto inicial do reavivamento. Evan Roberts foi o instrumento usado por Deus para inaugurar o reavivamento de 1904. Em 1891, aos treze anos de idade, Roberts começou a ter fome e sede, e orar por duas coisas importantes: (1) para que Deus o enchesse com o Seu Espírito, e (2) para que Deus enviasse o reavivamento ao País de Gales. Roberts fez talvez o maior investimento no banco de oração de Deus a favor do reavivamento que o Senhor desejava enviar. E talvez fosse essa a razão de Deus ter começado a onda internacional de reavivamentos no País de Gales – através de Evan Roberts.²

Evan Roberts tinha acabado de começar a cursar o seminário quando teve uma visão na qual Deus o chamava para voltar à sua pequena cidade e pregar para os jovens da sua igreja. Roberts já tivera outras experiências com Deus e estava convencido que Ele estava prestes a derramar um poderoso avivamento sobre o país de Gales. Mesmo assim, podemos imaginar que não foi fácil para ele voltar para casa depois de apenas quinze dias no seminário. Mas, na noite de domingo, 30 de outubro de 1904, durante o culto, Roberts teve uma visão dos seus amigos de infância e entendia que Deus estava falando para ele voltar para casa e evangelizar-los.²

No dia seguinte Evan Roberts reuniu os jovens da igreja e começou a passar a sua visão para o avivamento. Ele ensinou que o povo orasse uma oração simples: “Envia o Espírito Santo agora, em nome de Jesus Cristo”. Roberts também enfatizou quatro pontos fundamentais para o avivamento:

•A confessão aberta de qualquer pecado não confessado
•O abandono de qualquer ato duvidoso
•A necessidade de obedecer prontamente tudo que o Espirito Santo ordenasse
•A confissão de Cristo abertamente²

Os cultos continuavam todos os dias e o fogo do avivamento começou a espalhar-se pela região.
Na primeira manhã daquela semana milagrosa, as pessoas se juntavam em grupos na rua principal de Gorseinon e a pergunta principal nos seus lábios foi, “Como você se sente agora? Você não se sente esquisito?” Nas suas mentes estavam gravadas as cenas dos cultos do Domingo quando, em cada capela, muitas pessoas pareciam ser subjugadas. As cenas se repetiam a cada dia e a alegria de Evan aumentou. O Reverendo Mathry Morgan de Llanon visitou uma noite e viu o avivalista “que quase dançava com alegria por causa de um que estava orando fervorosamente e que estava rindo enquanto orava, por ter ficado consciente que suas súplicas estavam prevalecendo. Mr Roberts mostrou sinais animados de uma alegria triunfante, em concordância com ele. Glórias a Deus por uma religião alegre.”¹



Infelizmente, Evan, o “catalisador principal” do avivamento, não cuidou da sua própria saúde, tirando o tempo necessário para descansar. Ele começou a se sentir fisicamente exausto, vindo finalmente a ter um colapso, e em abril de 1906 retirou-se para a casa do Sr. e Sra. Penn-Lewis na Inglaterra. Evan nunca mais exerceu seu ministério de avivalista, e sem sua liderança, o avivamento logo se apagou.
Rick Joyner, no seu livro “O Mundo em Chamas”, fala sobre o papel da Sra Jessie Penn-Lewis na vida do avivalista:
Parece provável que Jessie Penn-lewis tenha exercido uma parte significativa em levar o grande Avivamento do País de Gales a um fim prematuro, embora ela parecesse ter a melhor das intenções. Os relatos foram de que ela convenceu Evan Roberts a retirar-se do avivamento, porque achava que ele estava recebendo muita atenção, a qual deveria ir apenas para o Senhor…
Seria desonesto incriminar Jessie Penn-Lewis como a única mão que interrompeu o Avivamento Galês, embora muitos amigos e colaboradores de Evan Roberts tenham feito exatamente essa acusação. Evan Roberts deixou a obra e foi viver na casa de Penn-Lewis, onde ele se tornou efetivamente um eremita espiritual, nunca mais usado no ministério…

Depois de sair da liderança do avivamento, com sua saude bastante enfraquecida, Evan Roberts viveu uma vida de intercessão, escrevendo matérias para revistas evangélicas, e recebendo visitas. Alguns anos depois, junto com a Jesse Penn-Lewis, ele escreveu o livro “War on the Saints” (Guerra contra os Santos), em qual ele criticou o avivamento. Menos que um ano depois do lancamento do livro, Roberts o descreveu como sendo uma “arma falhada que tinha confundido e dividido o povo do Senhor.”
O avivamento no país de Gales durou apenas nove meses, porém neste tempo marcou o mundo. Os frutos, os resultados do avivamento, foram bons: uma pesquisa feita seis anos depois do avivamento descobriu que 80% dos convertidos continuavam sendo membros das mesmas igrejas onde tiveram se convertido. Porém, isso não significa que os outro 20% tivessem se desviado, porque muitos se mudaram para missões independentes ou novas denominações.2
Temos mais informações sobre o avivamento de Gales, incluíndo citações do Evan Roberts, em nossa comunidade online. Na área de download deste site, temos uma pequena gravação do Evan Roberts.

Bibliografia:

1. An Instrument of Revival: The Complete Life of Evan Roberts, 1878-1951, por Brynmor Pierce Jones.
2. O Fogo do Reavivamento, por Wesley L. Duewel.
3. O Mundo em Chamas, por Rick Joyner.
4. ”God’s Generals’, por Roberts Liardon

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