Harold Ockenga e o neo –evangelicalismo*
· O NEO EVANGELICALISMO
FOI A TENTATIVA DE CONCILIAR POSIÇÕES FUNDAMENTALISTAS COM CONCEITOS MODERNOS
Harold J. Ockenga foi instruído por um dos maiores presbiterianos
fundamentalistas da história, o Dr. J. Gresham Machen. Ockenga até se separou
com o Dr. Machen da tomada modernista de Princeton para o Seminário de
Westminster. Ele era um amigo íntimo e colega de classe de um dos
fundamentalistas mais combativos daquele tempo, o Dr. Carl McIntire.
Ockenga tornou-se um dos primeiros formandos do Seminário de
Westminster. Posteriormente, Ockenga assumiu o pastorado da Igreja
Congregacional da Rua do Parque, em Boston, estado de Massachusetts. Ele foi um
prestigioso, dignificado e conservador pastor presbiteriano com um ministério
muito bem-sucedido.
A despeito de tudo isso, o Dr. Ockenga tinha algumas questões com sua
herança fundamentalista e partiu para transicionar a igreja para uma nova
posição dentro da era “moderna”. Ockenga foi o fundador da Associação Nacional
dos Evangélicos e, embora essa organização inicialmente incluísse
fundamentalistas da antiga linha, como John R. Rice, Charles Woodbridge, Bob
Jones Sr., e outros.
. Em 1948, ele detalhou os objetivos do neo-evangelicalismo:
- Os neo-evangélicos enfocariam as questões
sociais que os fundamentalistas evitavam.
- Os neo-evangélicos incluiriam com a salvação
uma “filosofia social”.
- Os neo-evangélicos “não investigariam as
personalidades que adotam ou defendem o erro”.
- O cristão não deve ser obscurantista em
questões científicas como a Criação, a idade do homem, a universalidade do
Dilúvio, e outras questões bíblicas discutíveis.
- As questões intelectuais devem ser respondidas dentro da estrutura do aprendizado moderno e deve haver liberdade nas áreas menos importantes.
Além disso, Ockenga designou e promoveu especificamente quatro agências
para o avanço do neo-evangelicalismo:
- A Associação Nacional dos Evangélicos,
- O Seminário Teológico Fuller,
- A revista Christianity Today e
- Evangelismo de massas encabeçado pelos
Ministérios Billy Graham. (4)
Por volta de 1956, a lista de credenciais de Ockenga atingiu proporções
que poderiam facilmente ser descritas como incríveis.
- O “pai” do neo-evangelicalismo.
- Primeiro presidente da Associação Nacional dos
Evangélicos.
- Pastor da Igreja Congregacional da Rua do
Parque.
- Primeiro presidente do Seminário Teológico
Fuller.
- Presidente da junta da revista Christianity
Today.
- Presidente da Escola Teológica Gordon-Conwell.
- Diretor da Associação Evangelística Billy Graham.
(5).
Essencialmente, Ockenga foi um
dos primeiros a propor que os cristãos conservadores e fundamentalmente
ortodoxos adotassem certos aspectos da cultura popular. (Neste caso, esses
aspectos eram aqueles da extremidade mais elevada da cultura popular os atributos intelectuais,
científicos e eclesiásticos da “camada superior” da sociedade).
A base dessa posição originou-se como uma
reação contra o fundamentalismo militante e “atrasado”. Ele e seus cúmplices
sentiam que a militância fundamentalista era ofensiva demais, e os indivíduos
intelectualmente mais astutos afastavam-se do evangelho, em vez de serem
atraídos a Cristo devido à falta de intelectualismo no fundamentalismo. Como
reação a essa questão, a estratégia da infiltração incluía uma visão menos
dogmática das doutrinas “não-essenciais”, como a Criação recente e a inerrância
das Escrituras. Como resultado da influência de Ockenga, os neo-evangélicos
responderam ao sedutor chamado para o intelectualismo e o relativismo cultural.
Em resumo:
- Harold J. Ockenga e seus aliados criaram um
movimento que retinha fundamentos de ortodoxia conservadora e itens do
modernismo teológico que não feriam os fundamentos apostóloicos.
- Ockenga e seus seguidores expressavam uma crítica pelo fundamentalismo e buscavam
uma síntese com a teologia moderna.
- A “estratégia da infiltração” nas camadas
sociais como forma de alcançar os perdidos para o evangelho.
- Os pontos acima formaram os conceitos
fundamentais da Religião Orientada Para Resultados, pois os pastores que
vieram a seguir não beberam das
águas límpidas que Ockenga bebeu e não conseguiram ser como ele foi, modernos
no que é preciso e conservador no que é necessário e continuaram a intelectualizar a igreja
esquecendo de princípios antigos vitais, que fizeram a igreja perseverar
por mais de 2.000 anos.
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