John Wesley aconselhava muitos
pastores a seguir o exemplo de Samuel Meggot, que por meio do jejum, conseguira
dinamizar um circuito capenga. Com base em Mateus 6, 16 – 18, explica como deve
ser o jejum: Em primeiro lugar, é fundamental que se volte exclusivamente ao
Senhor e que os nossos olhos estejam sempre fixos Nele. Que nossa intenção seja
glorificar nosso Pai que está nos céus, expressar nossa vergonha e dor pelas
transgressões cometidas contra Sua santa Lei, aguardar o aumento da graça
purificadora, fixar nossos afetos nas coisas do alto, acrescentar seriedade e
honestidade às nossas orações, apartar a ira de Deus e obter as grandes e
preciosas promessas que Ele nos fez por meio de Jesus
Cristo.
É preciso tomar cuidado e evitar que o jejum se converta em prática para alcançar o reconhecimento das pessoas. Contra isso há a admoestação do Senhor: “Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, que desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam (Mt 6,16).
Outro risco freqüente é
transformar o jejum em obra meritória. Muitos imaginam que, jejuando, se tornam
merecedores d alguma coisa. O desejo de estabelecer nossa própria justiça, de
procurar a salvação por mérito, e não por graça, é algo profundamente arraigado
nos corações humanos. Não devemos imaginar que o mero e formal cumprimento do
jejum atrairá inevitavelmente a benção divina. O jejum não é uma armadilha com
vista a alcançar algum fruto, por mais honroso e necessário que seja. Também não
é uma prova de resistência. A saúde, dom de Deus, deve ser preservada. Qualquer
esforço extraordinário, comprometedor da saúde, transforma o jejum em
sacrifício, em obra humana.
O jejum é um precioso meio de
graça, devendo ser realizado em todas as oportunidades possíveis, acompanhado de
ardente oração, do derramamento da alma diante de Deus e da confissão, ao
Senhor, dos pecados, necessidades, culpabilidades e desamparos. Que sejam feitas
orações por nós mesmos, por nossos irmãos, pelo povo de Deus e por toda
humanidade.
Para que o jejum seja
completo, é necessário estar associado a obras de misericórdia, como disse o
anjo do Senhor a Cornélio, em seu jejum e oração: “Suas orações e suas esmolas
elevaram-se para memória diante de Deus” (At 10,4).
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